Este documento é parte do nosso Acervo Histórico

Noticiário Lowndes – Nº 20

1 de dezembro de 1948
É fundamental destacar que as informações contidas em nosso arquivo histórico são uma expressão do contexto da época em que foram produzidas. Elas não necessariamente refletem as opiniões ou valores atuais da nossa empresa. À medida que progredimos e nos ajustamos às mudanças em nosso entorno, nossas visões e princípios também podem evoluir.

MATÉRIA

Jesus Bate À Porta…

DEZEMBRO DE 1948

A última badalada da meia-noite de Natal caiu no silêncio das constelações
e ressoa agora no fundo dos abismos! “Das profundezas do abismo clamei a vós, Senhor!
Senhor, escutai minha voz!”

Ouviremos hoje leves e doces passos na soleira de nossa porta. Ele que chega. É o caminho que a luz percorre, é o condão que toca e transforma a natureza humana, é uma cintilante claridade que penetra num vestíbulo da Alma chamado Consciência! Deixemos
pois que Ele entre em nossos corações e, enternecidamente, corramos ao encontro da chave de ouro que abre as portas do mundo!


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Vento Divino

Pelo Comte. LUIS CLOVIS DE OLIVEIRA

O título era sugestivo; tinha-se a impressão de um leve sopro, vindo lá das bandas da morada dos deuses, que impregnava o ambiente de calma e bem-estar, algo que nos fazia recordar momentos felizes, que a marcha do tempo levara para muito distantes paragens. Não nos esqueçamos, porém, que vivíamos então o ano agitado de 1944, que o deus que dominava era Marte e que estávamos num Centro de Preparação de pilotos, no Japão.

Após os exercícios do dia, reuniam-se algumas dezenas de jovens de pouco mais de 20 anos. Seus físicos demonstravam, logo à primeira vista, uma pura descendência mongólica, remontando a muitos séculos. Era o que havia de mais apurado da raça amarela. Saúde, vivacidade não lhes faltava, enfim, tinham tudo para vencer neste mundo. Apenas um pequenino detalhe: ausência de alegria e outro detalhe mais chamava a atenção — todos os olhavam com respeito e admiração, ambas as coisas contrastando com o resto. Podia-se tomá-los por sacerdotes de qualquer seita budista, porém, o respeito a esses jovens excedia ainda em muito ao que normalmente dispensamos aos representantes do clero. Quem os acompanhasse de perto veria que regalias especiais lhes eram concedidas. Quando nos perdíamos num mundo de hipóteses, eis que ouço da boca de uma jovem, quase num sussurro, a palavra “Kamikaze”, e fiquei ainda mais intrigado quando vi duas lágrimas rolarem pelas suas faces e ela dizer: “Como era belo e forte meu noivo”. 

Fiquei com aquela palavra “Kamikase” na cabeça e procurava ligá-la aos fatos que me foram dados a observar naquela tarde. “Kamikase” significa vento divino, e embora familiarizado com a maneira de se expressar dos orientais, era essa a primeira vez que ouvia chamar os pilotos de vento divino.

Recrudescia a campanha americana no Pacífico. Aos poucos, as ilhas metropolitanas japonesas iam sendo encerradas dentro de um anel, que os nipões em vão tentavam romper com a Força Aero-Naval Americana. Estávamos naquela tarde diante de mais uma tentativa infrutífera dos japoneses para alcançar tal fim. Breve, centenas de jovens eleitos iriam se lançar das nuvens, com seus aviões carregados de carga explosiva, nos convés dos navios inimigos.

Chegado o dia de cada grupo de jovens “Kamikases”, suspendiam eles o voo, sozinhos em seus aviões e, ganhando muita altitude, dirigiam-se para seus objetivos, os navios de guerra do inimigo, de preferência encouraçados e navios aeródromos. Apesar de divinos, e de serem os eleitos que em breve se iriam transformar nas mais belas cerejeiras, poderiam no momento supremo ser dominados pelo instinto de conservação de pobres mortais, que realmente eram… Para evitar tais fraquezas, os pobres “Kamikases” eram escoltados, e quando tentavam sair do “piqué” suicida com vida, eram abatidos pelas balas de seus irmãos de armas.

Como exemplo de coragem e desprendimento, são dignos de nota e só igualados pelos “Kaitens”, ou torpedos suicidas, ou pelos seus ancestrais da guerra Russo-Japonesa, que se atiravam sobre lanças afiadas para que seus corpos servissem de ponte para o restante da tropa passar… De nada valeu, porém, tanta bravura diante dos aperfeiçoamentos das baterias antiaéreas.

“A brevidade é a melhor recomendação do discurso, seja para um senador, seja para um orador”
— CICERO. 


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Moinho da Saudade

Arnaldo Nunes – 1948

Não existe água passada
para o engenho-coração…
(Do folklore).

TUDO quanto se foi – águas passadas
dizem que são,
coisas descoloridas, meros nadas
sem expressão.

Moinho não há que môa com essas águas
que lá se vão,
cheias de mágoas
sem deixar uma só recordação…

Porque não sois assim – águas passadas
do coração,
águas que nunca passam – conservadas
pela ilusão!

Grandes águas correntes, ora calmas,
na solidão,
ora voltando a triturar as almas,
em borbotão;

Águas do bem-querer, que sempre belas
e puras são;
águas nunca vencidas, como aquelas
do tal rifão;

Águas que, a remoer, não têm idade,
pois sempre estão
rodando esse Moinho da Saudade,
o Coração!…


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Curiosidades De Ontem e De Hoje

Paciência Incrível

Há nos Estados Unidos um cidadão com a habilidade e a paciência de escrever sobre um grão de arroz. Em 1929, naturalmente a título de ensaio, ele escreveu, num selo do correio, a brincadeira de 24.000 letras. Em 1935, mereceu as honras de campeão mundial do gênero, traçando 9.007 caracteres num grão de arroz, para satisfazer o famoso Robert L. Ripley do “Creia-se ou não”. Pois bem, não satisfeito com isso, o sr. James W. Zaharee, que é este o nome do herói, copiou sobre um só lado de um grão de arroz toda a Declaração da Independência, o nome das 13 colônias e as 56 assinaturas, um total de 7.576 letras com o auxílio de um microscópio.

Eis aí um homem com a paciência precisa para resolver a questão do bloqueio de Berlim… 

Aposentadoria Ativa

Aposentadoria provém do italiano “lança spezzata”, isto é, lança quebrada, de que os franceses fizeram “lanspessade”. Esse posto tomou tal nome porque era dado aos velhos soldados de cavalaria (cuja principal arma era então a lança) que já não podiam servir a contento. Eram agregados, por uma espécie de aposentadoria, aos regimentos de infantaria, onde só eram empregados em postar e retirar sentinelas, cuidar dos soldados novos, conservando o seu antigo soldo, que era mais alto do que o da infantaria.

Erros De Revisão Sacrílegos

Os erros de revisão tipográfica causam às vezes dores de cabeça a muita gente boa… e divertem o público não poucas vezes. Eis alguns exemplos históricos.

O Papa Sixto V mandou publicar, em 1590, uma edição da Bíblia, exigindo que saísse trabalho limpo, isento de erros, pois o texto era a versão oficial da igreja. Ele próprio acompanhou a revisão das provas e, considerando a edição como exemplar, mandou estampar-lhe uma bula excomungando todo aquele que se atrevesse a fazer qualquer alteração. Qual não foi, porém, o espanto e o júbilo do público ao verificar que a edição estava cheia de erros de revisão. Resultado: Sixto V viu-se obrigado a mandar destruí-la, sendo os raros exemplares que escaparam vendidos por alto preço.

Numa outra edição da Bíblia, esta saída em Halle, em 1710, apareceu este incrível erro de revisão, no referente aos 10 Mandamentos: “Cometerás adultério”! Noutra, saída em Londres, em 1653, apareceu este deslize edificante: “Afim de que todos conheçam o meio de chegar à riqueza mundana”, em vez de divina. 

Como se vê, o mal é velho, e nem respeita os livros sagrados.

Acende Com O Chôro

Um curioso aparelho que certamente será muito útil às mães, é o “Electronic Babylight”, inventado por um engenheiro da General Electric. Trata-se de um dispositivo eletrônico que, por meio de um microfone, que recolhe o som, faz acender uma lâmpada quando o bebê chora. O aparelho opera com a corrente comum, podendo ser adaptado a outros fins, bem como apagar, em vez de acender, a lâmpada, ou emitir um sinal sonoro, de modo a avisar alguém distante.


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Veja Se Sabe…

Veja se pode responder corretamente às 20 perguntas abaixo, experimentando assim sua cultura e sua memória. Cada pergunta certa vale 5 pontos. De 80 a 100 pontos, é um resultado ótimo; de 60 a 80, bom; de 50 a 60, regular. Confira os resultados com as respostas certas no fim da revista. 

  1. A célebre tela chamada “A primeira missa” é de autoria de Victor Meirelles, Baptista da Costa ou Rodolfo Amoedo?
  2. Joana d’Arc tomou parte nas Cruzadas, na Invasão dos Bárbaros ou na Guerra dos 100 anos?
  3. A povoação, hoje cidade de Santos, foi fundada por Martim Afonso, Braz Cubas ou Tomé de Souza?
  4. O Marquês de Tamandaré chamava-se Francisco Manoel Barroso, Joaquim Marques Lisboa ou Joaquim José Ignácio?
  5. Qual destas repúblicas americanas teve maior número de Constituições em 10 anos: Brasil, Argentina ou Haiti?
  6. O rio Amazonas tem, no Brasil, um curso de 2.500, 3.000 ou 4.500 kms?
  7. Que vem a ser pororoca: um peixe, um fenômeno que ocorre no rio Amazonas ou uma dança do Norte?
  8. O fundador da Ordem dos Frades Menores foi S. Thomaz de Aquino, S. Francisco de Assis ou S. Bento?
  9. Flébil que dizer que tem febre, delicado ou lacrimoso?
  10. Deliquescente significa delinquente, a faculdade de se dissolver com a umidade da atmosfera ou o que é eloquente?
  11. Macróbio quer dizer: pessoa má, pessoa muito velha ou é o mesmo que micróbio?
  12. A batata inglesa é originária da Inglaterra, do Peru ou de Portugal?
  13. Qual foi o escritor brasileiro que aprendeu francês com um padeiro: Coelho Neto, Humberto de Campos ou Jorge Amado?
  14. Julio Diniz, o conhecido escritor nas letras portuguesas, estreou nas letras com “As pupilas do Sr. Reitor”, “Uma família Inglesa” ou “Justiça de Sua Majestade”?
  15. O padre Manoel Bernardes foi um grande catequizador de índios, um famoso clássico da língua ou um inspirado poeta?
  16. Orizófago é aquele que se alimenta de raízes, de arroz ou que ri à toa?
  17. Qual é o mais forte dos ossos do corpo humano: o fêmur, o externo ou o perônio?
  18. Qual destes grandes músicos russos morreu de delirium tremens: Borodin, Musorgsky ou Tchaikovsky?
  19. Qual a ópera de Verdi estreada no Cairo quando das festas de inauguração do Canal de Suez: “Aida”, “Trovador” ou “Otelo”?
  20. Chopin compôs “O lago dos cisnes”, o “Bailado das Sílfides” ou a “Dança das Horas”?

Respostas

  1. De Victor Meirelles.
  2. Na Guerra dos 100 anos.
  3. Por Braz Cubas.
  4. Joaquim Marques Lisboa.
  5. O Haiti.
  6. Tem 3.000 quilômetros.
  7. Fenômeno do Amazonas encontro das águas do rio com as do mar, que levanta ondas de 7 metros.
  8. Foi S. Francisco de Assis.
  9. Quer dizer lacrimoso.
  10. Diz-se das substâncias que absorvem umidade da atmosfera e se dissolvem.
  11. Pessoa muito velha.
  12. Do Peru, de onde foi levada para a Europa no século XVI.
  13. Humberto de Campos.
  14. Com a “Justiça de sua Majestade”, pequeno romance.
  15. Famoso clássico da língua.
  16. Que se alimenta de arroz.
  17. O perônio, osso da perna.
  18. Mussorgsky.
  19. “Aida”, feita especialmente para esse fim.
  20. Bailado das Sílfides.


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Viagem Interplanetária

C. Chagas Diniz

Que nunca se saberia do que são constituídos os demais corpos celestes foi uma firme convicção de Augusto Comte. Mesmo a análise espectral não modificou este conceito entre seus adeptos.

Após esta guerra, em que as mais espantosas realizações surgiram no campo da ciência, as viagens interplanetárias adquiriram um cunho de possibilidade fora do domínio da ficção. A libertação da energia nuclear e a construção de bombas voadoras, arrastaram a imaginação para fora do campo terrestre e reforçaram a certeza de sua realização prática.

Na realidade, das mais arrojadas e fantásticas criações da imaginação de Júlio Verne quase tudo já foi assistido pela geração passada, muita coisa já se tornou trivial ou mesmo já não mais se usa. “A volta ao mundo em oitenta dias” só seria feita hoje por quem dispusesse de muito tempo a perder e muita paciência para viajar vagarosamente… Uma façanha “julioverniana” porém, ainda não se tornou realidade: a viagem “da terra à lua”…

Que isto será para breve, ainda para a atual geração, acreditam muitos homens que não são romancistas.

Há na Inglaterra uma Sociedade Interplanetária (British Interplanetary Society), respeitada organização constituída por especialistas em “robots”, físicos, matemáticos e filósofos, entre os quais George Bernard Shaw. Convenha-se que a imaginação de alguns dos membros desta sociedade caminha mais rapidamente que as bombas voadoras e cogitam não apenas de reservar passagens para a Lua, mas de prever as migrações interplanetárias… Um dos seus conferencistas, o físico William Olav Stapledon, já está preocupado com o progresso espiritual do “Sistema Solar Unido”. Muita coisa já existe, porém, de positivo. A bomba alemã V-2 já tem energia suficiente para vencer um décimo do campo gravitacional da Terra. Já se tem recebido o “eco” de sinais radar enviados à lua. O “Proceedings”, a mais autorizada revista técnica da Marinha Americana, nos dá notícia de um aparelho para direção de bombas voadoras, baseado na observação dos corpos celestes.

A energia nuclear, quando suficientemente dominada, será capaz de prover velocidade e raio de ação para viagens não apenas à Lua, mas a outros planetas do sistema solar.

Professores americanos e técnicos industriais que colaboraram na conceção das bombas atómicas, em um livro de divulgação “The Atomic Power”, prevêem que os futuros “robôs, propulsionados por energia nuclear, poderão alcançar uma velocidade Ge 7 vezes superior à velocidade da V-2 alemã, que é de 1 milha por segundo. Isto quer dizer que os futuros veículos interplanetários poderão viajar à razão de 7 milhas por segundo.

A distância da Terra ao seu satélite (230.000 milhas) poderá ser coberta em pouco mais de 9 horas. Com um giro em torno da Lua para contemplação e fotografia dos 40% da paisagem selênica que nunca se voltou para a Terra, toda a viagem científica ou turística poderá ser realizada dentro do mesmo dia!

Os técnicos que escreveram “The Atomic Power” predizem esta realização dentro de três ou quatro décadas, em todo o caso para a atual geração.

Não seria, porém, impossível que antes da metade deste vertiginoso século XX tudo se realizasse. O “mar tenebroso” parecia indomável aos homens da escola de Sagres. As maiores maravilhas se podem esperar de um novo ano que começa. “Oh bright king tomorrow!”

“Parecem-se as palavras com as folhas das árvores; quando há muitas, raro é que ocultem muitos frutos”.
 — POPE.

“A brevidade é a alma do espírito”
— LUTERO.

“Quanto menos palavras, mais valor têm as orações”
— LUTERO.


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As Novas Instalações Da Organização Lowndes

Fachada do Edifício Lowndes, na Av. Presidente Vargas, em frente à Candelária.

Durante a primeira quinzena de novembro, verificou-se a mudança das companhias e sociedades que formam a Organização Lowndes, da antiga sede, à rua México 90, para as suas novas instalações, no Edifício Lowndes, sito à Av. Presidente Vargas 290, na Praça da Candelária.

Embora algumas dessas companhias não tenham terminado ainda integralmente seus trabalhos de instalação, já todas elas se encontram funcionando normalmente e atendendo, como de costume, aos seus inúmeros amigos e clientes. Nesse sentido, é mesmo digno de nota o fato de não ter havido a mínima interrupção das atividades nesse período, demonstrando a Organização Lowndes, assim, o seu respeito ao lema que adotou, “Por bem fazer, bem haver”, pois dessa forma evitou causar o menor transtorno a todos os que a honram com sua preferência.

É justo salientarmos que a decisão de ampliar as instalações e tê-las num ambiente moderno, confortável e mais adequado às suas finalidades, em plena Wall Street carioca, foi tomada pelos chefes da Organização Lowndes, tendo em vista proporcionar aos seus clientes serviços mais eficientes, em face da expansão crescente de seus negócios, uma vez que o edifício antigo, pela exiguidade do espaço, não permitia tal coisa.

Funcionando atualmente em um edifício espaçoso, em instalações planejadas de acordo com as reais necessidades do serviço, as companhias e sociedades da Organização Lowndes estão agora em condições de atender melhor aos seus numerosos clientes, garantindo-lhes maior eficiência e rapidez, sem quebra alguma da tradicional cortesia com que sempre receberam e recebem todos aqueles que as procuram.

As fotografias que ilustram estas páginas dão uma ideia do que são as novas instalações da Organização Lowndes, a qual convida cordialmente todos os seus amigos, clientes e interessados para uma visita às mesmas.

A sólida e moderna casa-forte do Banco Lowndes (instalação “MOSLER”)

Duas das magníficas salas da sobreloja onde estão os vários serviços de direção e coordenação geral.

Banco Lowndes

O Banco Lowndes acha-se situado na loja, subsolo e 1o pavimento, estando suas diversas secções assim distribuídas:

Diretoria :

Vivian Lowndes – Sobreloja – Fones: 43-6922 – Ramal 11.
Donald Lowndes – Sobreloja – Fones: 43-9856 – Ramal 123
Roberto Vayssière – Loja – Ramal 8.
Roberto Cardoso, Raul Gomes de Mattos, William Mcgregor – Sobreloja – Ramal 2.

Gerente :

Carlos Augusto Niemeyer Soares – Loja – Ramal 11.
Seção de Cadastro – Ramal 10.
Secretaria da Diretoria – 43-6912 – Ramal 25
Estes ramais correspondem às linhas tronco 43-3517 e 43-3430.
LOWNDES & SONS, LTDA.

Administração de Bens Compra e venda de Imóveis. Encontra-se no 20 pavimento como se segue:

1) Gerência e administração – Sala n° 204 – Fone 43-9084 (direto) 43-6326 – Ramal 13.
2) Assistente da Gerência – Sala no 203 – Ramal 14.
3) Gerência de Condomínios – Sala no 203 – Fone 43-9084 (direto) – Ramal 14.
4) Caixa de Condomínios – Salão 2º pav. – Ramal 17.
5) Gerência de compra e venda – Sala nº 201 – Ramal 16.
6) Tesouraria e Caixas – Salão 2º pav. – Ramal 17.
7) Secção de contratos – Salão 2º pav – Ramal 18.
8) Secção de Despachante Salão 2º pav. – Ramal 8.
9) Secção de Inspeção – Sala nº 217 – Ramal 20.
10) Contabilidade (Contas correntes) Sala no 213 – Ramal 28.

Seguros Em Geral

1) Diretor Gerente – Sala nº 304 – Ramal 3.
2) Gerência – Sala nº 303 – Ramal 2.
3) Tesouraria – Salão 3º pav. – Ramal 4.
4) Contabilidade Geral – Sala nº 315 – Ramal 29.
5) Contabilidade das Cia.: Sagres – Cruzeiro do Sul – Imperial – Sala nº 313 – Ramal 30.
6) Contabilidades das Cias. : The London & Lancashire The London Assurance – Sala n° 315 – Ramal 29.
7) Controle – Salão 3º pav. – Ramal 5.
8) Seguros-Incêndio – Salão 3º pav. – Ramal 37.
9) Resseguros-Incêndio – Salão nº 310 – Ramal 6.
10) Seguros-Transportes – Sala nº 302 – Ramal 38.
11) Resseguros-Transportes – Sala n° 302 – Ramal 1.
12) Sinistros-Transportes – Sala nº 302 – Ramal 38.
13) Acidentes Pessoais e automóveis – Sala nº 311 – Ramal 7.
14) Seguros-Roubo – Sala nº 311 – Ramal 4.
15) Agências – Sala nº 211 – Ramal 33.
16) Inspetor Geral – Sala nº 210 – Ramal 12.

Organização Lowndes

Serviços atinentes à direção e coordenação geral das diversas companhias e sociedades:

1) Sócios de Lowndes & Sons Ltda. e Diretores-Presidentes – Vivian Lowndes. Donald Lowndes e John H. Lowndes – Sobreloja – Fone 43-9608 (direto)
2) Diretor Interessado de Lowndes & Sons Ltda. e Procurador Geral – Nestor Ribas Carneiro – Sobre-loja – Ramal 27.
3) Cia. Geral de Administração e Incorporações – Serviços de Engenharia – Noticiário Lowndes – Engenheiro L. C. Oliveira – Sobre-loja – Ramal 10.
4) Diretor-Gerente – Jorge Santos Lima – Sala nº 304 – Ramal 3.
5) Diretor — Walter B. Niemeyer – Sala nº 303 – Ramal 2.
6) Procurador — Orlando Graça – Sala nº 303 – Ramal 2.
7) Procurador — Leocadio Vieira – Sala nº 303 – Ramal 2.
8) Secretaria Geral — Sala nº 316 – Ramal 35.
9) Almoxarifado — Sala nº 216 – Ramal 32.
10) Departamento do Pessoal – Sala n° 218 – Ramal 31.
11) Correspondência – Sala no 210 – Ramal 12.
12) Advogado – Dr. Leonel P. Bezerra Martins.

Escritório De J. H. Lowndes

Achando-se em estreita cooperação com as companhias desta Organização resolveu, também, o Sr. J. H. Lowndes transferiu suas instalações para o Edifício Lowndes, ocupando as salas de números 317 e 318, fones-ramais 19, 26 e 34 e linha direta 43-9608.

Todos os ramais acima mencionados correspondem às seguintes linhas: 43-6922; 43-6776; 43-6326 e 43-6020.

A Cruzeiro do Sul Capitalização S. A., que também faz parte do nosso grupo, adquiriu parte do 11° pavimento, onde se acha instalada.

Aspecto de parte da loja toda ocupada pelo Banco Lowndes


FLAGRANTES INGLESES

Dorset

Do B. N. S., especial para NOTICIÁRIO LOWNDES

Estas cavernas, típicas de Dorset, agora atração dos turistas, foram outrora minas de onde se extraia o famoso mármore Purbeck

LONDRES – O condado inglês, sinônimo do “shire” (província ou departamento) anglo-saxônico, é uma divisão do Reino Unido para fins político-administrativos, continuando como uma subunidade do governo regional. Suas linhas divisórias têm sido largamente fixadas ao longo da história, acompanhando uma evolução muitas vezes secular. Pequenas comunidades se acham agrupadas em torno das cidades, nas quais os homens livres se juntam, às dezenas, para funções de policiamento local. Essas dezenas por sua vez se agrupam a outros núcleos, formando um todo maior, sobre o qual se faz sentir a autoridade de um responsável (“bailiff”). As centenas são então agrupadas nos condados, sob o governo do “conde”, assistido pelo “sheriff”. Quando os poderes do “conde” diminuíram, bem como o “sheriff”, um Lord lugar-tenente se tornou necessário, sobretudo no período dos Tudor, para organizar as forças armadas do Condado.

Hoje em dia, tudo isso está grandemente limitado às funções de cerimonial. Dorsetshire (Dorset) constituía primitivamente parte do Reino de Wessex. Atualmente, é uma área de 987,9 milhas quadradas, limitada ao norte por Wiltshire, a leste por Hampshire, ao sul pelo canal inglês, a oeste por Devonshire e a noroeste por Somersetshire. Sua administração está a cargo de um Conselho do Condado, que se compõe de conselheiros democraticamente eleitos e um presidente. O Conselho é responsável pela saúde, higiene, educação e recreação. Ele pode nomear comitês, encarregados de providenciar acerca do funcionamento dos serviços públicos.

Dorset é principalmente agrícola, com seus 26.000 acres de terras e pastagens. Três quartas partes da área do Condado se dedicam à agricultura. A população aumentou, de 184.207 em 1851, para 202.936 em 1901, 259.352 em 1931, sendo estimada, em junho de 1946, em 266.000. O condado também produz alguns artigos manufaturados e utensílios domésticos, mas o essencial de sua economia reside na produção dos campos. É uma área típica da prática agrícola nas ilhas britânicas.

Na verdade, a mais importante indústria de Dorset é o turismo ao longo de suas linhas costeiras, confinantes com o canal. É uma região que pode servir de estação de férias durante os doze meses do ano. Menos conhecida do que Devon, menos urbanizada do que Hampshire e Sussex, a costa de Dorset oferece um largo e natural campo de interesse histórico, belezas naturais e excelentes águas para esportes náuticos.

Weymonté é a maior praia de Dorset, onde seus habitantes se reúnem aos domingos para se divertir. Esta praia foi célebre no passado, pois foi aí que George III deu ao mundo social o “escândalo” de tomar gosto pelos banhos de mar

Lulworth Cove, um dos mais pitorescos e conhecidos lugares de Dorset, é uma pequena bacia circular formada pelo choque das ondas contra os rochedos, onde o mar penetra por uma entrada (ao fundo à direita) de apenas 90 metros

Vista de Poole Harbour, onde existem cinco Yacht Clubs. Este porto tem duas marés, uma 3 horas após a outra, o que facilita muito o esporte da vela. Embaixo, uma regata em Dorset


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Impertinências Contra a Mulher

Antonio Gil

Afirmou Balzac que a idade ideal da mulher é aos 30 anos. Creio que o grande mestre se enganou. A idade ideal da mulher é quando ela se dedica, por inteiro, à arte culinária.

Se ouvires uma mulher falar muito em Virtude, podes apostar que faça de uma coisa que lhe não sobra.

Nada assemelha tanto o homem à mulher do que a Vaidade. A diferença é que, enquanto a mulher demonstra a sua vaidade no empoar o rosto, no avermelhar dos lábios, no tingir o cabelo, enfim, em salientar ou reconstituir a sua beleza, o homem, esse, coitado, manifesta-a em auto-elogios à sua coragem, em salientar sua esperteza, em exibir seu dinheiro… Qual dos dois é o mais fútil, não saberia dizer. De tudo isso, todavia, a única coisa real é o Belo quando não sai do totalmente dos consultórios de beleza.

Observou Anatole France que o império da mulher sobre o homem estava em declínio porque, escreveu esse malicioso diabo de barbicha branca: “notai como as senhoras viajam de pé, na plataforma dos bondes, enquanto os homens vão sentados”. Se Anatole vivesse mais alguns anos e visse o Rio de Janeiro de hoje, certamente alterava o conceito. Elas viajam de pé, é certo, mas sem perder a majestade e o domínio sobre o sexo dito forte. Olhai-as, encostadas ao banco da frente, como que reclinadas no espaldar de um trono – um trono a que todos nós prestamos reverência… embora sem lhes cedermos o lugar.

Não há mulher tão bela que não caia na vulgaridade de se casar; não há mulher tão feia que não encontre um homem para marido – mesmo quando não tem fortuna.

Que no Amor todos os homens são tolos — e muito mais do que pensam! — não pode haver dúvida alguma. Nessa matéria o mais sutil dos sábios recebe um quinau de qualquer costureirinha ingênua. Sócrates não se casou com Xantipa?

Entre o barril de Diógenes, o filósofo, e o harém de Salomão, o sibarita, o homem sensato e amigo da paz deve optar pelo primeiro. Pois sim… mas onde está esse portento?

Os olhos, dizem os poetas, são as janelas da alma. Talvez sejam, sim; mas os das mulheres estão sempre com as venezianas baixadas. Enxergar lá dentro, é proeza para muito poucos.

Se algum dia te vires entre o amor de duas mulheres, não caias na tolice de optar por uma delas. Isso te fará duplamente infeliz, serás odiado ferozmente por uma… e acabarás por casar com a outra. Prefere as duas, e estarás salvo.

Para um grande número de mulheres, a mais fascinante invenção do homem foi o talão de cheques; a mais antipática, o ferro de engomar.


MATÉRIA

Notas Sociais

Sr. Gordon Pirie

Temos o prazer de registrar a visita de nosso amigo, Sr. Gordon Pirie, Superintendente do “Foreign Accident Department”, da “The London & Lancashire Insurance Company Limited”, grande seguradora em Londres, cujos Agentes Gerais no Brasil são os Srs. Lowndes & Sons, Ltda.

O Sr. Gordon Pirie, durante a sua permanência de um mês no Brasil, teve ocasião de inspecionar, em companhia de nossos Diretores Srs. Donald Lowndes e John Lowndes, várias de nossas Agências, destacando-se as de Belo Horizonte, Uberaba, Recife, Maceió, Curitiba, Porto Alegre e Caxias.

Durante esta rápida viagem, o Sr. Gordon Pirie teve ocasião de estar em contato pessoal com os Srs. Patricio dos Santos, de Belo Horizonte, Dr. Antonio Mourão Guimarães (Presidente do Banco de Minas Gerais e Diretor de “Magnezita S. A.”); João Walter e Neige Acário, da firma J. Walter & Cia., de Uberaba; Srs. Othon Bezerra de Mello, Renato Bezerra de Mello, Silvestre Galamba, Manoel Caetano de Britto (Diretor da firma Carlos de Britto & Cia.); Sr. Thercio Wanderley, da firma Thercio Wanderley & Cia.; Srs. Humberto Paiva, Pedro Pedrosa e Manoel Basto, da firma Guedes de Paiva & Cia.; Luiz Souza e Silva (Sobrasil Ltda.); Srs. Rodrigo Catharino e Luiz Catharino Gordilho, da firma Moraes & Cia.; Sr. João de Achilles, Diretor do Empório Industrial do Norte, e muitos outros Diretores de Companhias de Seguros, Bancos e Indústrias, tendo tido ocasião de visitar as instalações de diversos escritórios e fábricas em companhia desses senhores.

O Sr. Gordon Pirie ficou bastante impressionado com o desenvolvimento do Brasil, suas grandes possibilidades industriais e, consequentemente, autorizou a Companhia a ampliar suas carteiras de seguros, devendo a mesma operar no Brasil, desde já, com os mais modernos planos de seguros ingleses, especialmente nas carteiras de Acidentes Pessoais, Responsabilidade Civil, Elevadores, Seguros de “Cupons” e Passageiros, Roubo e Furto, como também o seguro garantindo cobertura completa (All risks). Autorizou também aos Agentes de diversas das cidades visitadas a operarem em seguros de Automóveis.

Do Brasil, seguirá este nosso amigo para a Argentina, Chile, Peru, Equador, Venezuela, Colômbia, regressando após à Londres.

O Senhor Gordon Pirie tendo à direita do Senhor John H. Lowndes

John H. Lowndes

Transcorre a 24 de dezembro a data natalícia de John H. Lowndes, o mais jovem dos Lowndes, cuja figura já se projeta com singular relevo em nossa Organização.

Espírito amadurecido e atilado, dotado de um perene senso de humor, franco e amável, soube John H. Lowndes conquistar rapidamente as simpatias e o apreço de todos que com ele mantêm contato, bem como impor-se dignamente no desempenho de seu cargo, muito havendo a esperar de sua capacidade de trabalho no desenvolvimento futuro das empresas que seu pai e seu irmão ergueram e consolidaram.

A John H. Lowndes, pois, os nossos votos de progresso e felicidade. 

Joaquim Catharino

É com especial satisfação que tivemos o prazer de receber a visita deste prestigioso homem de negócios da Bahia, acompanhado de sua excelentíssima esposa. O Sr. Joaquim Catarino, chefe da importante e conceituada firma Tecidos Morais S.A., com sede na cidade do Salvador, durante a sua prolongada estadia em nossa capital, esteve em constante contato com as nossas companhias, das quais é importante acionista e representante geral no Estado da Bahia da Cia. de Seguros Sagres, Cia. de Seguros Cruzeiro do Sul e da The London & Lancashire.

Foi para todos nós da Organização Lowndes motivo de justificado júbilo poder contar com a presença, em nossa sede, deste bom amigo. Registrando a visita, consignamos aqui os nossos votos de boa viagem e breve regresso ao Sr. Joaquim Catarino e sua excelentíssima esposa. 

Donald De A. Lowndes No Conselho Diretor Do Rotary Club

É Com Satisfação Que Noticiamos a Investidura, No Cargo De 1º Tesoureiro Do Rotary Club Do Rio De Janeiro, Do Nosso Estimado Chefe, Donald De Azambuja Lowndes.

Assim, este dinâmico sócio de Lowndes & Sons Ltda. e Diretor do Banco Lowndes, embora desviando um pouco do seu tempo destinado aos negócios das companhias e sociedades da nossa Organização para as suas atividades rotárias, dá provas de que para os seus amigos e companheiros sempre existe uma parcela de tempo que lhes é inteiramente dedicado, que para ele o “companheirismo” ocupa lugar de destaque.

Visita Do Presidente Do Rotary Internacional Ao Brasil

A cidade de Recife, a Veneza da América do Sul, teve a satisfação de hospedar, nos primeiros dias de novembro, um dos homens de maior projeção mundial.

Referimo-nos ao Sr. Angus Mitchell, atual presidente do Rotary Internacional. Foi também a primeira vez que um Clube de Rotary do Brasil teve a honra de ver, na presidência de uma de suas Sessões Ordinárias, o chefe supremo dessa Organização mundial. Angus Mitchell, natural de Xangai e educado na Austrália, encontra-se atualmente em passagem pelo nosso continente, sendo um dos mais antigos rotarianos, pois ingressou no Clube de Melbourne em 1927, tendo desempenhado várias funções de destaque, inclusive a atual, para a qual foi eleito para o período 1948-1949, por ocasião da 39ª Convenção do Rotary Internacional, no Rio de Janeiro, em maio do corrente ano. Como era natural, os nossos conterrâneos de Pernambuco prepararam uma carinhosa recepção ao ilustre hóspede.

Representou o Rotary do Rio de Janeiro o nosso sócio sr. John Lowndes, que se achava de passagem por aquela cidade, em viagem de inspeção às nossas agências do Nordeste, em companhia de Mr. Gordon Pirie, um dos gerentes da The London Lancashire Insurance Co. Ltd., companhia de seguros da qual a firma Lowndes & Sons Ltda. é representante geral no Brasil.

George Wood

Quis O Destino Que Neste Nosso Número De Natal, Que Pretendíamos Fosse Todo Ele Portador De Boas E Auspiciosas Notícias Aos Nossos Clientes E Bons Amigos, Tivéssemos Que Cumprir O Doloroso Dever De Registrar Nestas Colunas Um Infausto Acontecimento: O Falecimento De George Wood, Ocorrido Em 21 De Novembro Passado Na Cidade De São Paulo.

George Wood, ou simplesmente Sr. Wood, para a maioria dos nossos clientes e dos nossos funcionários, era apenas o nosso representante na capital bandeirante. Porém, para todos aqueles que acompanham mais de perto o desenvolvimento e as atividades das companhias que fazem parte ou são vinculadas à Organização Lowndes, o Sr. Wood era muito mais do que um representante da nossa Organização em um Estado. Sabem que a Lowndes & Sons, Ltda., célula-mater da nossa Organização, e a antiga firma Wood, Ltda., congênere da nossa co-irmã na terra de Tibiriça, tiveram a mesma origem.

Quando a empresa inglesa Ashworth deixou de operar no Brasil, tinha como representadas duas companhias: “The London & Lancashire” e “The London Assurance”. Vivian Lowndes era o gerente de seguros da referida empresa inglesa no Rio de Janeiro, e George Wood ocupava o mesmo cargo na filial de São Paulo.

Quando, pois, em 1930, a “Ashworth” fechava as suas portas no Brasil, os seus dois antigos gerentes de Seguros abriram escritórios por conta própria nesta cidade e em São Paulo, respectivamente, e ambos passaram a ser representantes das companhias inglesas de seguros supra-citadas. E assim, esses dois homens de negócios iniciaram suas atividades por conta própria, seguindo rumos paralelos.

Mais tarde, ambos estenderam suas atividades no ramo de imóveis e assim, dia após dia, meses após meses, anos após anos, aquela velha amizade, Lowndes-Wood, iniciada no princípio do século, em 1903, vai se consolidando — razão pela qual hoje choramos a perda não do chefe da “Predial Wood”, porém a de um amigo muito querido. Aos parentes e funcionários de George Wood, o Noticiário Lowndes apresenta sentidos pêsames.

Urandy Fonseca

Aqui está, meu bom e dedicado amigo, o seu presente de Natal: a nossa gratidão, a nossa lembrança, a nossa saudade. Você não morreu, Fonseca. Cada um de nós ainda tem um “muito obrigado” para lhe dizer. Cada um de nós guarda uma grata lembrança daquela hora em que, triste ou alegre, sentiu ao seu lado o apoio do seu coração bondoso e sincero. Cada um de nós possui uma grande saudade para lhe entregar hoje, Fonseca. Venha, pois, buscá-la, pois é um lindo presente de Natal.

“A brevidade é sempre boa, quer nos compreendam, quer não.”
— BUTLER. 


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Donald de Azambuja Lowndes

Sr. Donald de A. Lowndes

É com a maior satisfação, e cumprindo um grato dever de justiça, que abrimos nossas colunas em homenagem a Donald de Azambuja Lowndes, registrando sua data natalícia, ocorrida em 22 de novembro.

Ocupando uma posição de grande prestígio em nossos meios financeiros e securitários e sendo chefe de uma importante organização, para cuja criação e desenvolvimento tanto contribuiu, Donald de A. Lowndes viu transcorrer mais um aniversário com expressivas manifestações de simpatia e apreço de todos os seus colaboradores e auxiliares, bem como de pessoas de seu vasto círculo de relações em todos os setores do comércio, da indústria e da alta sociedade.

Espírito empreendedor, dotado de larga e penetrante visão e grande capacidade realizadora, a figura de Donald Lowndes impôs-se como um chefe seguro e clarividente, sempre disposto a indicar novos rumos e a guiar com firmeza seus colaboradores.

Registrando, pois, a data aniversária desse prezado amigo e esclarecido chefe, aqui deixamos consignados nossa admiração e apreço pelas altas qualidades morais que lhe exornam o caráter e os nossos sinceros votos de felicidade.


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Se…

DE R. KIPLING

De autoria do Sr. Eolo Marques Ventura, inspetor geral da Cruzeiro do Sul Capitalização em São Paulo, Paraná e Mato Grosso, damos abaixo uma espirituosa paródia do famoso poema de R. Kipling “If…”, fruto de locubrações “capitalizantes” nos feriados. Ao lado, a tradução do original inglês, para que melhor se aprecie a paródia. E digam agora que a capitalização não inspira…

SE és capaz de manter a tua calma quando
Todo mundo, ao redor, já a perdeu e te culpa;
De crer em ti quando estão todos duvidando,
E para estes no entanto achar uma desculpa;

SE és capaz de esperar sem te desesperares,
Ou enganado, não mentir ao mentiroso,
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares;
E não parecer bom demais, nem pretensioso.

SE és capaz de pensar… sem que a isto só te atires;
De sonhar… sem fazer dos sonhos teus senhores,
SE, encontrando a desgraça e o triunfo, conseguires
Tratar da mesma forma a esses dois impostores;

SE és capaz de sofrer a dor de ver mudadas
Em armadilhas as verdades que disseste
E as coisas, por que deste a vida, estraçalhadas,
E refazê-las com o bem pouco que te reste;

SE és capaz de arriscar numa única parada
Tudo quanto ganhaste em toda tua vida,
E perder, e, ao perder, sem nunca dizer nada,
Resignado tornar ao ponto de partida;

De forçar coração, nervos, músculo, tudo
A dar seja o que for que neles ainda existe,
E a persistir assim quando, exaustos, contudo
Resta vontade em ti que ainda ordena: “Persiste !”

SE és capaz de, entre a plebe, não te corromperes,
E entre reis, não perder a naturalidade,
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
Se a todos podes ser de alguma utilidade;

E se és capaz de dar, segundo por segundo,
Ao minuto fugaz todo valor e brilho,
TUA E A TERRA COM TUDO O QUE EXISTE NO MUNDO
E… O QUE AINDA É MUITO MAIS… ÉS UM HOMEM, MEU FILHO I

Paródia De Eolo Marques Ventura

SE és capaz de vender o teu titulo quando
Um colega de congènere já o tentou sem sucesso,
De crer no negócio quando estão todos duvidando 
E estimulá-los, no entanto, com o teu processo. 

SE és capaz de falar sem te exagerares,
Ou mal-ouvido não revidar ao belicoso, 
Ou, sendo provado sempre ao falso de esquivarest 
E não parecer honesto demais, nem “perigoso”.

SE és capaz de vender.. sem que a isso só te atires, 
De organizar… sem escravizar-te aos produtores;
Se encontrando a sagacidade ou a ambição, conseguires
Destilar de uma e outra intrínsecos valores;

Se és capaz de sofrer a decepção de ver “furada”
A produção segura que iniciaste;
E a organização, por razão varia, esfacelada,
E refazê-la, sem os homens em que confiaste.

Se és capaz de voltar ao candidato 
Propor ainda o negócio, tornar a discutir 
E perdê-lo, e ainda assim, intimorato, 
Tenaz, voltar ao ponto de insistir; 

De cansar pernas, garganta, cabeça, tudo, 
E dedicar toda a energia que em ti existe 
E persistir mesmo quando cansado, contudo 
Ainda teu pensamento confiante vibra: “Persiste!”

SE és capaz de entre novatos não desmereceres, 
E a teus chefes não faltar nunca à verdade, 
E, entre colegas, quer bons, quer maus, não te esqueceres
Que defender o negócio é mostra de hombridade; 

E se és capaz de dar, em todos os momentos,
A CAPITALIZAÇÃO, todo o fulgor e brilho, 
Teus são os altos cargos, com amplos financiamentos,
E… o que ainda é mais… na CRUZEIRO DO SUL, meu filho !


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O 2º Aniversário da Cruzeiro do Sul Capitalização

Por Tácito Valle do Prado

Um retrospecto da sua vida — Datas memoráveis e outros fatos.

Já autorizados há muito pelo Departamento Nacional de Seguros Privados e Capitalização, não se apressaram os “Lowndes” a lançar o “Plano Simpático”, demorando-se em análises e pesquisas, no sentido de “fazerem ao mar” a novela nau do Grupo após terem sido traçadas todas as “derrotas” da longa “viagem” que, certamente, em brilhantes “singraduras” fará no decorrer de sua existência devotada à economia popular.

Aos 17 dias de outubro de 1946 percorriam as salas, sóbria e confortavelmente instaladas do 4° andar da Av. Erasmo Braga 38, o sr. Vivian Lowndes acompanhado do representante do Cardeal Arcebispo, o Exmo. Bispo D. Mamede, que abençoou a casa.

Em expressiva oração, a seguir, o Presidente da Cruzeiro do Sul Capitalização S. A., declarava-a inaugurada.

Ao redor de festiva mesa ergueram suas taças todos os presentes, entre os quais notávamos personagens da mais alta projeção na esfera política, governamental, comercial e industrial do país, diretores e funcionários das coirmãs do Grupo Lowndes e pessoas amigas que, com atenção, ouviram as alocuções dos Srs. N. Ribas Carneiro e Angelo Mario Cerne, este último invocando a amizade e confiança já conquistadas pelos Lowndes que asseguravam o sucesso da Cruzeiro do Sul Capitalização S. A.

Realmente, a produção avançava a passos largos. As solicitações de abertura de Sucursais e Agências eram feitas por elementos os mais altamente categorizados em todos os Estados do Brasil.

Impunha-se a necessidade de atender aos clamorosos anelos no sentido de fazer chegar às mãos de colaboradores já filiados à falange Cruzsulcaneana os Títulos deste Plano revolucionário no mercado capitalizador.

Sempre disposta a não medir sacrifícios, nossa Diretoria, contando com o apoio incondicional de seu então assistente RENE BROSAR, o primeiro a formar nas nossas linhas, essa figura fina e diplomática, sempre solicita, quem consideramos será um credor eterno de todos nós pelo muito que fez e continua elaborando em prol de nosso desenvolvimento, nas diversas esferas de atividades e seus inúmeros auxiliares de escol como Aracy Ferreira, Jácomo Locato, Jerônimo Oliveira, Carlos T. Cancela, Hugo Furtado, Raul C. Rocha e outros, rumou para:

SUCURSAL DE S. PAULO: inaugurada a 25 de novembro de 1946, teve a honra de sê-lo pelo sr. Donald A. Lowndes, nosso Vice-presidente, que por ocasião do lançamento da Cia., se encontrava nos Estados Unidos da América do Norte no desempenho de suas altas funções.

Pouco tempo decorrido e nossa bandeira era desfraldada em todas as grandes cidades do Estado.

Continuando a marcha vitoriosa, em boa hora, entramos em contato com a grande expressão da produção que é JOSÉ ALBERTO REZENDE SANTOS e sob orientação direta deste último é inaugurada.

SUCURSAL DE PERNAMBUCO: em 12 de abril de 1947, com a presença do sr. Donald Lowndes e Exma. esposa.

SUCURSAL DA BAHIA: em 24 de maio de 1947, em sessão presidida pelo nosso Superintendente, sr. Nestor Ribas Carneiro.

SUCURSAL DE CEARÁ: em 24 de maio de 1947. com a presença do sr. Donald Lowndes.

SUCURSAL DO RIO GRANDE DO SUL: em 17 de julho de 1947, também sob a presidência do sr. Donald Lowndes.

Das mais gratas nos anais da Cruz- sulcap é a data de 1o de setembro de 1947, quando tomou posse nosso ilustre Diretor Gerente. Dr. LUÍS SERPA COELHO, essa figura de nós todos conhecida, cuja simpatia e sinceridade. cativaram-nos sobremodo.

A posse do Dr. LUIZ SERPA COELHO teve lugar àquela data, nos salões da Associação Brasileira de Imprensa, perante toda a diretoria da Cia. e numerosa assistência, usando da palavra o sr. Donald Lowndes, no-lo apresentando e dizendo das qualidades de caráter do novo Diretor, cujos méritos nunca é demais realçar.

O Dr. Serpa Coelho, mesmo nessa ocasião, não se deixou levar pelas circunstâncias, e, mantendo a sua habitual simplicidade, quase nos convencia com o seu “o homem é o produto do meio em que vive…” ter sido realmente modesta a sua parcela de trabalho junto a João Carlos Vital, Adalberto Darcy e Frederico Rangel no Instituto de Resseguros do Brasil, quando, a exemplo do que vem ele executando para nós, também deixou no I.R.B. cravadas estacas mestras de uma solidez inabalável.

O Dr. Serpa Coelho evocou o conselho de Confúcio: “Transportai um punhado de terra todos os dias e fareis uma montanha”, e podemos constatar já estar em elevação nossa montanha, justamente pelo esforço homogêneo de quantos trabalham ao seu lado, sob sua sábia orientação.

Nessa mesma ocasião, rendendo um preito de real justiça, nossa Diretoria empossou RENE BROSAR no cargo de Gerente Geral da Companhia, saldando assim parte de sua dívida àquele que, com sacrifício da própria saúde, teve sobre seus ombros responsabilidades de tal vulto, que não fosse a bagagem conquistada em muitos e muitos anos de árdua luta e a sólida experiência de que é portador, por certo tombaria ante os obstáculos. Mas René Brosar, se pode ser igualável a outros técnicos em seguros e capitalização, dificilmente poderá ser suplantado. 

Na sucessão de dias memoráveis vamos encontrar em outubro de 1947 a posse de JOSÉ ALBERTO REZENDE SANTOS no cargo de Superintendente Geral da Produção.

Seus trabalhos restritos ao norte do país estavam sendo o sustentáculo das cifras que íamos atingindo, fácil é concluir da influência que teve para a nossa consagração. José Alberto R. Santos fez uso da confiança que granjeara e, como Aladim ao esfregar a lâmpada, viu-se cercado por todos aqueles que já tinham privado de sua companhia, quer como colegas, quer como subalternos, pois sabiam todos que ao seu lado estariam trabalhando por um ideal sublime. José Alberto, com seu grande tirocínio e inestimável conhecimento técnico do negócio, a par de uma habilidade toda especial de lidar com homens, vem obtendo o maior êxito e está correspondendo plenamente aos anseios da direção da Companhia, como bem o disse o sr. Nestor Ribas Carneiro, em oração proferida por ocasião da passagem de seu aniversário.

Para assistente do Superintendente, foi convidado o sr. JOÃO B. DE LIMA BARROS, então Inspetor-Geral do Distrito Sede, causando esse ato grande satisfação no seio da Produção, principalmente no Distrito Federal, onde Lima Barros, pelas suas excepcionais qualidades de homem entusiasmado, produtor da classe dos “astros” e amigo incondicional, havia conquistado a todos. Sendo nomeados para chefiar a produção no Distrito Federal, FRANCISCO XAVIER, vindo de Pernambuco, onde como estrela de primeira grandeza elevou bem alto as cifras da produção, e TÁCITO VALLE DO PRADO, ousando ensaiar-se agora nesta difícil arte de reportagens, que se orgulha de fazer eco da sua condição de o mais antigo – e antiguidade é posto – colaborador da Companhia.

Completando a sequência de inaugurações, vem a: 

Sucursal De Minas Gerais

Cuja celebração ocorreu em 11 de junho de 1948, sob a presidência do sr. Donald Lowndes, que se fez acompanhar a Belo Horizonte de uma delegação do Rio, composta dos srs. René Brosar, J. B. Lima Barros, Aracy Ferreira, Raul C. Rocha, Ruth Alverga, Francisco Xavier e este “redator”.

A Cruzsulcap tem ainda escritórios-agências em Vitória (E. Santo); Campinas (S. Paulo); Curitiba (Paraná); Campo Grande (M. Grosso); Teresina (Piauí); São Luís (Maranhão); Belém (Pará) e se prepara para novas atividades em outros rincões do nosso Brasil.

O maior significado da comemoração de nosso segundo aniversário residiu no fato de tê-lo sido, embora em singela reunião íntima, em nossa sede própria, na Avenida Presidente Vargas, 290, no 11º andar, no Edifício Lowndes”, abrilhantada com a presença do sr. Abel dos Santos Lima I.G. da Suc. do Ceará e o líder da Cia., que usou da palavra para ratificar seus propósitos tão conhecidos de elevar a Cruzeiro do Sul aos mais altos pináculos e Mario Vasconcelos, gerente da Suc. de São Paulo, que vem prestando inestimáveis trabalhos que fazem de sua folha de serviço um diploma de honra.

Prevalecendo-se da oportunidade de reunir em seu gabinete todos os funcionários da Matriz, o dr. Serpa Coelho convidou José Alberto Rezende Santos e René Brosar, seus dois imediatos, a proferirem algumas palavras, tendo o primeiro, em entusiasmada e vibrante oração, agradecido o apoio que vem recebendo de todos que trabalham na Produção, e reafirmado que continuará se dedicando de corpo e alma ao absoluto sucesso do ideal que possui de colocar a Cruzeiro do Sul Capitalização S.A. na vanguarda de suas congêneres. René Brosar historiou a iniciação da Cia. e salientou os relevantes serviços prestados pelos funcionários que primeiro integraram o quadro da Cia., entre os quais se encontravam presentes Aracy Ferreira, Hugo Furtado, Jácomo Locato, Jerônimo Oliveira, Carlos T. Cancela e Ruth Alvergau.

Encerrando a reunião, o dr. Serpa Coelho formulou votos para que a família Cruzsulcapeana continuasse a se entrelaçar por esses fortes laços de coesão e amizade, incitando a todos a prosseguir trabalhando cada vez mais por esse nosso ideal comum e que será a vitória de cada um em particular para a grandeza do Brasil.


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O Ar Que Respiramos

O ar que respiramos normalmente contém muito mais do que a indispensável mistura de oxigênio e azoto. E isso sem falar na atmosfera dos lugares poeirentos ou cheios de emanações. Segundo um relatório dos engenheiros da seção de ar condicionado da Westinghouse, se conseguíssemos pegar e analisar todo o ar contido numa sala de visitas comum, num dia quente de verão, verificaríamos que o mesmo contém cerca de 1.200 bilhões de partículas de poeira, meio milhão de bactérias, alguns milhões de partículas de pólen, e ainda litro e meio de água.


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Portadores Felizes da Cruzeiro do Sul Capitalização

A foto acima fixa o momento em que a Srta. Noêmia Alves Quesado de Aurora, Ceará, portadora de um título da Cruzeiro do Sul Capitalização, recebia Cr$ 25.000,00 com que o mesmo foi contemplado no sorteio de setembro

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Administradora Condomonial no Rio de Janeiro

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