Este documento é parte do nosso Acervo Histórico

Lowndes Report – A Revista do Condomínio Nº 135

1 de julho de 2017
É fundamental destacar que as informações contidas em nosso arquivo histórico são uma expressão do contexto da época em que foram produzidas. Elas não necessariamente refletem as opiniões ou valores atuais da nossa empresa. À medida que progredimos e nos ajustamos às mudanças em nosso entorno, nossas visões e princípios também podem evoluir.
Capa da Lowndes Report edição135
Editorial

O tempo segue em seu ritmo vertiginoso e já estamos no meio do ano. Muito ainda a fazer, mas muito já realizado. E há que se separar nem que sejam alguns minutos para rever a agenda, comemorar as pequenas e as grandes vitórias, rever o planejamento e até corrigir rumos, se for necessário. Nós, da Lowndes, estamos num momento de plena atividade, mas também de festividade. A empresa completa 81 anos, o que em um país de instabilidades como o nosso, não é pouca coisa.

Mas seguindo sua história, a empresa aproveita o período para afinar estratégias, criar parcerias, lançar produtos e serviços, renovando-se sempre. E, passada a testa, invariavelmente, ao longo desses mais de 80 anos é o mercado que comemora a evolução da profissionalização, da qualidade de atendimento, que a Lowndes oferece ano a ano

Por falar em boas novidades, fomos conferir a notícia de que também, a exemplo do que acontece com a conta de água, já é possível economizar na conta de luz sem meter a mão no bolso. Quem já está aproveitando esta economia explica como chegou até ela.

E síndico atento é aquele que mantém um olho aqui e outro lá. Preocupados com sua boa imagem, cada vez mais gestores condominiais investem em ações pela transparência. Suas boas práticas e dicas de especialistas podem ajudar outros que tenham o mesmo cuidado. Eles também estão atentos às novidades, no caso, na legislação do trabalho, com a aprovação das terceirizações. Fomos saber o que muda e se, de fato, esta é a melhor opção para o condomínio.

Aproveite a sua revista para manter-se atualizado. Temos muita informação de qualidade para você.

Boa leitura!


Espaço Lowndes

Ciclo de Palestras

A economia do País vive aos sobressaltos, mas o mercado de condomínios, seja pela necessidade de atender às demandas de manutenção para o pleno funcionamento de suas instalações, seja para o obrigatório cumprimento das muitas legislações que recaem sobre ele, avança firme e sem descanso. O que exige dos síndicos uma permanente busca por mais e mais conhecimento e atualização. 

Contribuindo sempre para o processo de profissionalização necessária àqueles que atuam no mercado, a Lowndes realiza, desde 2001, o Ciclo de Palestras Lowndes — um programa anual que, a cada bimestre, recebe dois especialistas, profissionais dentre os mais representativos nas diferentes áreas de conhecimento exigidas em um condomínio, para apresentar conteúdo de qualidade a clientes e não clientes. 

A cada edição, dois temas atuais, de uma problemática mais constante ao dia a dia do condomínio como é a gestão de pessoal, por exemplo, ou para a apresentação de uma novidade em termos de solução tecnológica, o evento abre oportunidade para que o síndico se atualize, tire suas dúvidas diretamente com especialistas e troque experiência com outros síndicos. Tudo isto na comodidade do auditório da administradora, equipado para a fácil transmissão das informações, com os recursos audiovisuais que os especialistas necessitarem, e com todo o conforto, além, é claro, do coffee break incluído.

O evento é gratuito e tem inscrições feitas pelo site da Lowndes, ou por telefone, facilitando o acesso ao grande público, pois os temas são igualmente importantes para síndicos e demais membros da administração do condomínio e, também, para os condôminos em geral. Afinal, qualquer um pode e deve envolver-se na gestão de seu condomínio, a fim de dar a sua contribuição para o bem-estar de todos, inclusive o seu próprio.

Ciclo de palestras da Lowndes

O Ciclo de Palestras Lowndes é mais um serviço para facilitar a vida das pessoas, objetivo impresso na missão primeira da Lowndes. Um evento com a marca da competência que está em tudo o que a administradora faz e que está aberto à participação de todos, para um mercado cada vez melhor. No próximo Ciclo de Palestras, faça a sua inscrição e aproveite. O Ciclo de Palestras Lowndes é feito para você.


Chegou a Hora de Reduzir a Conta de Luz

Conta de Luz do Condomínio

Eficiência. Esta é a palavra de ordem. E, no caso do consumo de energia, ela se traduz em soluções mais inteligentes que reduzem o consumo, mas não apenas isto. Quando se fala em eficiência energética, os benefícios são múltiplos, além da economia, garantem mais segurança, durabilidade e beleza. Dentre as soluções já consagradas está a substituição das lâmpadas antigas pelas de tecnologia LED, que, sozinha, reduz de 50% a 90% do consumo, sendo considerada a estrela principal quando o assunto é solução inteligente.

Quem já investiu está para lá de satisfeito. É o caso da síndica Andrea Caloni, do Edifício Canova, na Barra da Tijuca. Depois de recuperar valores de tarifas cobradas a maior pela Light, aproveitou a sobra de caixa para adotar as lâmpadas Led, começando pelas áreas em que as luzes ficam acesas 24 horas, como as da garagem, que ocupam o térreo e o subsolo. Pesquisou, foi pessoalmente a fábricas em busca de informação e produtos que pudesse comprar direto do fabricante e, no volume, conseguir algum desconto.

Comprou mais de 500 lâmpadas Led de uma vez, com orientação para a quantidade de lumens por área, sabendo que deveria privilegiar as vias de circulação dos carros mais que os locais onde ficam parados, entre outras informações importantes para o melhor aproveitamento da tecnologia. Com isto, pode estender a substituição também para as áreas do playground, do salão de festas, da churrasqueira, sauna, espaço de lazer, piscina, jardins e halls, tanto de serviço quanto social, nos corredores dos andares e nos elevadores.

Para a substituição, o condomínio contratou um eletricista, através de um contrato de trabalho temporário de três meses. Além de fazer a substituição das lâmpadas, o profissional também trocou todos os disjuntores das áreas comuns do prédio. “Foi uma opção que nos atendeu”, conta Andrea, acrescentando que também investiu na troca dos aparelhos de ar condicionado por modelos mais novos, que consomem menos energia, revisou bombas e instalou nas da piscina um sistema semelhante ao que já funciona nas demais bombas do prédio, em que hâ um software de controle de acionamentos. “Com tudo isto, o nosso consumo caiu de 14 mil para oito mil kWh” , comemora a síndica.

Solução Sem Precisar Fazer Caixa

A iniciativa não vale para todos. Os melhores fabricantes sequer atendem o consumidor final, repassando diretamente para os representantes. Outro limitador é a sobra de caixa. Mas não é o caso de desanimar. Quem não tem a expectativa de ter um aporte de recursos, e nem teria demanda para comprar em grande quantidade, como aconteceu no Edifício Canova, também pode ter acesso aos benefícios desta tecnologia. Isto porque a modernização de iluminação é um dos serviços que já se pode contratar no formato pague com a economia alcançada. Foi a própria eficiência do produto que garantiu esta possibilidade.

É o que afirma o administrador e economista Cristiano Duvivier, dono de uma empresa que, depois de fazer uma avaliação do consumo do condomínio e projetar um comparativo de como ele ficará com a substituição das lâmpadas tradicionais, propõe o serviço, que inclui equipamentos, mão de obra para a instalação e para manutenção, tudo pago exclusivamente com a economia alcançada.

Portaria do Condomínio Canova com a nova iluminação

Portaria do Canova com a nova iluminação

“A tecnologia é tão eficiente e durável que o negócio é vantajoso. Não há possibilidade de fazermos esta troca e não alcançarmos uma redução de, pelo menos, 50%. Isto quando já se fez alguma intervenção para economizar, pois a média costuma ser mais alta. Já tivemos casos de uma reduçao da ordem de 90%, afirma Cristiano.

Para demonstrar o que diz, ele cita dois casos concretos: “Em dois condomínios, um de grande porte e outro pequeno, um pagava R$1.900 e passou a pagar R$800 e o outro pagava R$400 e passou a pagar R$180. Então a solução traz bons resultados a todos os edifícios, independente de seu perfil”, diz. Quanto à durabilidade, ele diz que enquanto as lâmpadas comuns duram entre mil e duas mil horas, as de Led duram entre 20 mil a 50 mil horas, se revelando um produto que garante benefícios por longo tempo. “Isto nos permite bancarmos todos os equipamentos e serviços. Já com a economia, o condomínio fica com 30% dela, por 24 meses em média, dependendo do projeto, passando a ter 100% dela depois do projeto pago” detalha.

Para os prédios com instalações elétricas em boas condições, mas com demanda maior por energia, o projeto é uma solução ainda mais vantajosa, pois a redução do consumo, o problema fica resolvido. “Não há que se falar em necessidade de aumento de carga, visto que a redução do consumo é tão drástica que esta deixa de existir”, assegura.

Cristiano também chama a atenção para uma alternativa muito utilizada, de ir trocando as lâmpadas pelas de tecnologia Led à medida que as primeiras queimam. “Isto não traz economia significativa. O tempo que levará para ter todas elas substituídas é um tempo em que se está perdendo dinheiro”, afirma, acrescentando que não precisar mexer no bolso para fazer a troca total de uma vez reolve a questão. “O ganho é real e imediato, sem contar com outros benefícios, pois, diferente das ações pela economia de água, em que as soluções não são visíveis, as lâmpadas Leds são decorativas, embelezam e modernizam o ambiente”, completa.

Outros benefícios das Leds envolvem a questão ambiental. Elas também não emitem calor e não trazem problemas para o seu descarte, porque não têm metais pesados em sua composição.

Foto do empresário Cristiano Duvivier

Não há que se falar em necessidade de aumento de carga, visto que a redução do consumo é tão drástica que esta deixa de existir”

Cristiano Duvivier, dono de empresa especializada em serviços para economia de energia.

Economia e Segurança com Reforma das Instalações

A opção será mais vantajosa ainda para quem realiza com regularidade a manutenção em suas instalações. Estudos comprovam que em média de 1,5% a 2,5% do consumo da conta de luz devem-se a instalações elétricas mal feitas, com emendas e falta de isolamento adequado, fatores que também representam grande risco de acidentes por choques elétricos, que podem ser fatais, e de incêndio.

No condomínio Lord Byron, na Lagoa, uma conta alta de luz levou à contratação de um especialista em projetos de instalações elétricas para avaliar a situação. Experiente, o técnico Luiz Machado conta que encontrou o prédio necessitando de revisão geral. “Foi preciso trocar todos os disjuntores, que ainda eram de chave faca fusível, os barramentos de fase, colocar haste de aterramento, que não tinha, trocar todas as luminárias por Led, adotar sensores de presença nas escadas e hall de serviço e luz de emergência. Além dos serviços técnicos, Luiz ainda preparou os funcionários para os cuidados básicos de manutenção, como a orientação de fazer a descarga das baterias das luzes de emergência, que sem isso podem selar. Um trabalho que deve ser mensal de desligar o disjuntor – que deve ser exclusivo para a luz de energia -, deixar o sistema aceso até descarregar totalmente e depois ligá-lo. “Assim elas duram muito mais”, explica, reforçando a importância de se criar um circuito só para essas tomadas, na área de serviço, preparando ao menos um funcionário para fazer isto.

“Com a revisão das instalações tivemos uma economia significativa e ainda corrigimos problemas que expunham o edifício a sérios riscos”, conta Keila Ferreira, atual gestora do Lord Byron. Quem também alerta para os perigos de instalações sem manutenção é Fernando Pinto, Diretor da Divisão Rio da Abracopel – Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade. “Eletricidade pode matar, mas como suas instalações na maioria dos casos não ficam visíveis, ainda há prédios com tubulações de meia polegada, de ferro. Há casos em que é necessária a troca de toda a instalação de cima abaixo do edifício e também nas unidades”, explica, ressaltando que de nada adianta termos trocado as tomadas antigas pelas de três pinos, por exemplo, se a instalação do edifício não tem aterramento. “E é alarmante, mas muitos não têm mesmo”, afirma.

Outro alerta feito pelo especialista é para o cuidado com a mão de obra para a execução do serviço. “É prática comum em condomínios contratar o que chamamos de “pedrericista”, ou “mexânico”, e é isto o que mais preocupa e motiva o trabalho da Abracopel, que faz junto com a Procobre e o Programa “Casa Segura” uma seleção dos profissionais para ajudar a quem precisa encontrar um bom profissional”, adianta. Fernando também chama a atenção para o cuidado na compra de equipamentos. “Neste caso o barato pode sair caríssimo”, assegura, destacando que há quem diga que não faz diferença comprar em qualquer lugar porque na loja pagará pela marca. “Mas atrás daquela marca há anos de estudo e pesquisas que fazem a diferença. Falando do mínimo, basta experimentar uma fita isolante de qualidade para sentir a diferença. Ou o caso das lâmpadas eletrônicas chinesas, quando chegaram ao mercado, oferecendo seis meses de garantia, enquanto as de marca eram cinco anos. “Há que se pesar se vale a pena correr o risco, se nem o fabricante aceita fazê-lo”, completa.

A Abracopel, mantém parceria com o Programa Casa Segura e com a Procobre – Instituto
Brasileiro do Cobre, para conscientizar a população e reduzir o número de acidentes com
instalações elétricas no país. A Procobre é a responsável pelo Raio-X das instalações elétricas
residenciais brasileiras, uma pesquisa anual, cuja edição mais recente diz que o Brasil teve 236
mortes por descarga elétrica entre janeiro de 2016 e março de 2017, e que quase metade as
casas brasileiras (45%) não possui projeta elétrico. “Consideramos que uma das ferramentas
mais importantes para mudar essa situação é a informação, a conscientização da população para
o problema. E é com isso que trabalhamos”, conclui Fernando. A pesquisa e um conjunto enorme
de informações sobre o tema podem ser obtidas no site de cada entidade: http://abracopel. org,
http://programacasasegura.org e http://procobre.org/pt.


Você Também Pode Recuperar Tarifas Cobradas a Mais Pela Light

O advogado Daniel Klein, que tem realizado para muitos condomínios o processo administrativo para recuperar tarifas de energia elétrica cobradas a maior, explica que é por haver uma incongruência em grande parte das contas de energia, no que diz respeito à tipologia utilizada para as cobranças de consumo, que o sucesso da iniciativa é fácil e rápido de ser conseguido. “Estamos obtendo, com grande sucesso, a recuperação de créditos perante a Light em razão da determinação da ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica, que determinou o acerto dessa cobrança. concedendo um prazo de 3 (três) meses para a adequação das concessionárias às novas regras”, explica.

Ultrapassado esse prazo, algumas concessionárias, como é o caso da Light, não cumpriram essa determinação, o que dá ensejo o pedido de devolução dessas diferenças com ganhos significativos para os condomínios que conseguem não só reduzir suas despesas de energia, como também receber a devolução do que foi pago a maior, acrescida de juros e correção monetária. O processo para obtenção do referido ressarcimento é realizado administrativamente, e em média é encerrado no prazo de até um mês.

Daniel explica ainda que, com a análise prévia das contas dos anos de 2011 a 2013, ele pode informar ao condomínio de forma antecipada se é detentor, ou não, do direito ao recebimento.


Destaque

Aproveite o Inverno para Cuidar da Piscina

Os Cuidados com Piscinas de Condomínios

A estação mais fria do ano é um bom período para dar um trato na piscina do condomínio. Com as temperaturas mais baixas a procura é menor e pode-se, desde dar férias ao piscineiro a realizar aquelas correções necessárias de trincas e rejuntes, e sem o risco de um choque térmico, caso seja preciso reduzir o volume de água ou mesmo esvaziar a piscina. Confira as dicas do arquiteto e especialista em impermeabilização, Renato Giro, e veja, passo a passo, o que deve ser vistoriado e quais as ações mais importantes a serem realizadas.


Cuidados com a Piscina

  • Rever os rejuntes do deque.
  • Verificar se não tem azulejo ou borda quebradas. 
  • Conferir se os registros estão vedando e se conexões não têm vazamentos.
  • Checar se o jogo de medição de PH de água ainda está em boas condições de uso.
  • Ver a necessidade de lavar o filtro e trocar a areia. Os equipamentos devem ser mantidos livres de quaisquer resíduos filtrados.
  • Avaliar os materiais de limpeza das bordas que devem ser escovas de cerdas macias ou esponjas de cozinha com parte macia, e nunca palha de aço ou esponjas ásperas. Veja se não é hora de trocá-los e se há a necessidade de renovar a compra de produtos de limpeza específicos para piscina, os “limpabordas”, que não contaminam a água.
  • Observar o estado de cabos, escovas, borrachas de aspiração, degraus da escada e demais objetos plásticos para ver se não estão ressecados, pedindo a sua substituição. 
  • Rever instalações elétricas das bombas do sistema de aquecimento e também as de comando, pois a umidade e o cloro oxidam os materiais.
  • Verificar se não tem skimmer quebrado, ou sem cestinha do filtro na parte interna. 
  • Checar o estado do mobiliário. 
  • Avaliar se não está na hora de trocar os cartazes para os banhistas retirarem o excesso de cremes e bronzeadores, antes de entrar na água.• Vistoriar o local em que os produtos ficam armazenados. Observe se não há embalagens com vazamento, retirando-as imediatamente do local.
  • Verificar se a piscina atende às 5 exigências da campanha PISCINA+SEGURA.
  • Dar férias ao piscineiro (se a piscina ficar fechada no período).
  • Averiguar se as instalações da piscina estão de acordo com as novas legislações, no que se refere à sinalização, botão de emergência, adequação do ralo v de sucção.
  • Caso tenha vazamento, contratar uma empresa especializada para avaliar a extensão do problema e analisar se é possível corrigi-lo com injeção de gel acrílico ou poliuretano, ou, em casos mais graves, refazer a impermeabilização.
  • Não descuidar da água. Mesmo em perfodos de pouco uso, e inclusive quando a piscina tem cobertura de proteção, é preciso tratar a água e realizar filtragem, ainda que com menos frequência.

Cuidados com a piscina

Segurança Contra Afogamentos

Segurança contra afogamentos

Com apenas 5 atitudes você fornece mais de 95% de segurança contra afogamentos em piscinas:

  1. Atenção 100% no seu filho(a) à distância de um braço mesmo na presença de um guarda-vidas;
  2. Guarda-vidas sempre presente e certificado por entidade reconhecida pela Sobrasa – Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático, para cada piscina devidamente equipado com seu flutuador de resgate. (Não se aplica a piscinas residenciais);
  3. Aprenda como agir em emergências aquáticas. O uso de cilindro de oxigênio é restrito ao guarda-vidas e deve estar em local visível e à disposição na área da piscina;
  4. Acesso restrito à(s) piscina(s) com uso de grades ou cercas transparentes com portões autotravantes a uma altura que impeça crianças de entrar no recinto da piscina sem um adulto;
  5. Sucção de cabelo e partes do corpo deve ser evitado com uso de ralo(s) anti-aprisionamento.

    Fonte: http://www.sobrasa.org/piscinamaissegura.


Tome Nota


STJ Consolida Indébito da Água

A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve decisão da Justiça paranaense que declarou a nulidade de citação recebida por porteiro de edifício. Como a citação ocorreu em 2011, momento em que o Código de Processo Civil de 2015 não estava em vigor, o relator invocou uma de suas regras, mas lembrou que para os casos alcançados pelo novo CPC o resultado do julgamento seria outro. “O Código de Processo Civil de 2015 traz regra no sentido de admitir como válida a citação entregue a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de correspondência“, disse o ministro.


Garantia Para Quitação de Débitos

Ao rejeitar o recurso de uma construtora que é proprietária de 187 unidades de um conjunto habitacional, os ministros da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reconheceram a legalidade do pagamento da taxa condominiaI pelo inquilino diretamente para o condomínio. 0 fundamento utilizado foi a garantia de que os valores pagos pelos inquilinos cheguem até a administradora para que esta arque com as despesas condominiais.

O conjunto habitacional havia ajuizado ação de cobrança contra a construtora após o atraso de aproximadamente R$500 mil em prestações vencidas, pedindo que o pagamento das cotas fossem feitos pelos inquilinos diretamente à administradora.

Garantia para quitação de débitos

Para o ministro relator do caso, o caráter propter rem da obrigação (que recai sobre uma pessoa por força de determinado direito real) foi devidamente interpretado pelo juízo competente, justificando a medida adotada, mesmo sem a prévia anuência do proprietário do imóvel.


Saiba Mais

Terceirização

O que muda para o condomínio com a possibilidade de contratar temporários

Terceirização de serviços no condomínios

João Luiz Martins é um especialista em gestão de recursos humanos, professor, palestrante e profissional experiente à frente do departamento de pessoal da Lowndes há 21 anos. É ele quem vem encarando a tarefa de explicar e orientar os síndicos sobre as complexidades da legislação trabalhista. Neste momento, prepara mais uma palestra, a segunda, sobre o tema “da hora”: terceirização. É que a Lei n° 13.429, de 31 de março de 2017, alterou dispositivos da Lei n° 6.019, de 3 de janeiro de 1974, que dispõe sobre o trabalho temporário e sobre as relações de trabalho na empresa de prestação de serviços a terceiros.

Em seu nono artigo, a Lei diz que o contrato de trabalho temporário pode versar sobre o desenvolvimento de atividades-meio e atividades-fim a serem executadas na empresa tomadora de serviços, abrindo assim brecha para que os condomínios também possam fazer este tipo de contratação. Mas o que isto significa na prática? 

João Luiz explica que para responder a esta questão é importante entender como a terceirização funciona. O trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física contratada por uma empresa de trabalho temporário, que o coloca à disposição de uma empresa tomadora de serviços, para atender à necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou a demanda complementar de serviços. “E o que isto quer dizer? Que a partir de agora, sem nenhum receio quanto à legislação, é possível utilizarmos este tipo de contratação para substituição temporária de pessoal permanente, nos casos de férias, auxílio doença ou à demanda complementar de serviços, evitando a utilização dos empregados em prorrogação de jornadas, que acabam onerando a folha de pagamento com o excesso de horas extras, muitas vezes acima do máximo permitido por lei, que é de duas horas por dia“, esclarece. 

O especialista orienta, no entanto, a se pensar duas vezes antes de tomar a decisão pelos terceirizados. Pois, se a lei permite que se contrate desta forma um profissional para esta demanda, ela também garante aos temporários os mesmos direitos dos empregados pela CLT – remuneração equivalente ao recebido pelos empregados de mesma categoria da empresa tomadora do serviço, jornada de 8 horas, repouso semanal remunerado, adicional noturno. “Os direitos são os mesmos. Digo isto, pois é comum que, diante da preocupação em resolver o problema do alto custo da falta de pessoal, a terceirização seja vista como uma solução para reduzir as despesas. E isto não condiz com a realidade”, afirma.

Uma Coisa é Uma Coisa, Outra Coisa é Outra Coisa

É importante entender o que distingue a contratação de um empregado temporário da contratação de uma empresa prestadora de serviço. “Quando falamos sobre contratação de empresa prestadora de serviços, não estamos mais falando sobre serviço temporário. Empresa prestadora de serviço é a pessoa jurídica de direito privado destinada a prestar à contratante serviços determinados e específicos. É o contrato com uma empresa para prestar serviços ao condomínio na área de limpeza ou de portaria, por exemplo”, explica, acrescentando que é preciso entender que, neste caso, é a empresa que contrata, remunera e dirige o trabalho realizado por seus empregados, ainda que executados nas dependências do condomínio. “A maior parte dos que nos procuram com dúvidas sobre terceirização, na realidade, querem informações sobre a contratação de profissional autônomo. Isto deixa claro o quanto há pouco conhecimento sobre o tema. Não estão falando nem de trabalho temporário, nem de empresa prestadora de serviço”, afirma.

Riscos Para o Condomínio

Do alto de sua experiência, o especialista em Recursos Humanos esclarece aos síndicos que o procuram que o grande problema na contratação de autônomo são os riscos que o condomínio corre. “Explico que o profissional autônomo é aquele que presta serviço de caráter eventual. Quando, por exemplo, este é colocado para a “cobertura de um empregado“, o condomínio assume grandes riscos, pois na realidade não está contratando um autônomo e sim um empregado disfarçado, já que ele possui horário, remuneração (salário, horas extras) e subordinação, que são pressupostos do vínculo empregatício, ou seja, de um empregado”, acrescenta. 

Ele alerta que, além da possibilidade de uma demanda judicial, buscando caracterizar o vínculo como empregado, há um fator que não está em nossas mãos, que é o caso do acidente de trabalho, por exemplo. “Vamos pensar no acidente de trajeto, aquele que acontece no trajeto de casa para o trabalho ou vice-versa, também considerado pela Previdência Social acidente de trabalho. No caso de empregado, o INSS será o responsável por todos os pagamentos de salário e décimo terceiro até o retorno à atividade ou aposentadoria, se for o caso. Se for com um autônomo, o condomínio será responsabilizado, e havendo sequela o quadro piora”, adverte. 

A lei também criou algumas regras às quais os síndicos devem estar mais atentos. O trabalhador temporário que cumprir todo o período estipulado na lei, que é de 180 dias, prorrogáveis por mais 90, somente poderá ser colocado à disposição do mesmo condomínio em novo contrato temporário, após 90 dias do término do contrato anterior, sob pena de caracterização de vínculo empregatîcio com o condomínio. 

Pela lei, os temporários têm os mesmos direitos dos empregados pela CLT: remuneração equivalente ao recebido pelos empregados de mesma categoria da empresa tomadora do serviço, jornada de 8 horas, repouso semanal remunerado, adicional noturno

Palestra na ABADI

João Luiz Martins apresentou para os síndicos que participaram do Encontro de Síndicos da ABADI, 99729-5912 de abril, no Centro, as mudanças trazidas pela Lei 6019

Outro dado importante é que tanto na contratação de mão de obra temporária quanto na contratação de empresa prestadora de serviços, o condomínio é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas, assim como pelos recolhimentos das contribuições previdenciárias, referentes ao período em que ocorrer o contrato. 

Quem optar por este tipo de contratação deve estar muito atento, pois não poderá haver continuidade, subordinação, nem pessoalidade, que são itens que formam vínculo empregatício

João Luiz no encontro de síndicos da ABADI

João Luiz esclarece as dúvidas dos síndicos sobre terceirização e outros temas ligados à gestão de empregados em condomínios

Por fim, a pergunta segue: A terceirização é a solução para os condomínios? 
Segundo João Luiz, a resposta fica por conta de cada condomínio. “Será baseado em suas necessidades e particularidades. Entretanto, não podemos deixar de destacar os dois pontos fundamentais sobre a questão: primeiro, a responsabilidade final sempre recairá sobre o condomínio, e segundo, terceirizar não é sinônimo de economizar. Posto isto, cada caso precisa ser analisado. O mais importante deve ser a conduta do condomínio no trato com estes serviços, pois será neste ponto que um pequeno deslize poderá representar riscos reais para o condominio“, conclui.


Entrevista

A segurança do condomínio

José Elias de Godoy

Oficial da Polícia Militar do Estado de São Paulo

Uma referência em sua área de atuação. Assim é o Oficial da PMESP, José Elias de Godoy. Bacharel em Direito, pós graduado em Gestão de Segurança Empresarial e Patrimonial e em Planejamento Empresarial, e Mestre em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública, Instrutor de cursos sobre segurança patrimonial e condominial de entidades como o SENAC/SP, o SECOVI, AABIC e FENASEG, e autor dos livros Manual de Segurança em Condomínios, Técnicas de Segurança em Condomínios e do Guia Prático de Segurança Condominial. E, ainda, colaborador da elaboração da Cartilha de Segurança Condominial da Polícia Militar de São Paulo e do Manual de Segurança Condominial do Secovi. É com base em todo o seu conhecimento e experiência que ele orienta os síndicos quanto aos aspectos mais importantes para se garantir maior segurança aos condomínios. Entre as principais dicas do especialista está a de não se esquecer das normas e procedimentos e das campanhas junto aos condôminos para o cumprimento de seus itens, que devem complementar todo um sistema integrado de segurança do condomínio.

LOWNDES REPORT – O seu livre Técnicas de Segurança em Condomínio tornou-se o manual prático de consulta sobre o tenta segurança condominial, inspirando, inclusive, a criação de regras de segurança interna de muitos condomínios e até o surgimento de outras publicações do gênero. Ele é de 2005. O que mudou de lá para cá?

JOSÉ ELIAS DE GODOY – Na verdade, o livro é de 2002 e está na sua 4ª edição e sua última versão é de 2014. Fomos atualizando o livro, tanto nas dicas em procedimentos quanto nas indicações de novas tecnologias. Já estamos nos preparando para fazer nova atualização face à dinâmica que é o tema de segurança condominial.

José Elias de Gogoy, Oficial da PMESP

LOWNDES REPORT – O que é essencial para minimizar riscos de sofrer invasão e ataque de criminosos ao condomínio?

JOSÉ ELIAS DE GODOY – O importante é que se trabalhe em três frentes, o que chamamos de triângulo da segurança em condomínios, que são: a segurança física das instalações, o investimento em funcionários e a conscientização dos moradores. Somente assim é que conseguiremos reduzir os riscos e será promovido o mínimo da proteção condominial.

“O importante é que se trabalhe em três frentes: a segurança física das instalações, o investimento em funcionários e a conscientização dos moradores”

José Elias de Godoy, oficial da PMESP

LOWNDES REPORT – No que diz respeito às ferramentas tecnológicas houve avanços no uso e já é comum que casos sejam esclarecidos apenas utilizando-se as imagens de câmeras dos condomínios. Como vê a sua adoção, e o que é importante saber antes, e até durante o seu uso, para tomar mais eficiente o resultado dos investimentos em segurança? 

JOSÉ ELIAS DE GODOY – Cada condomínio tem sua peculiaridade, diante disto, é importante que se analise os riscos individualmente e se escolha a melhor ferramenta tecnológica para promover a segurança individualizada do local. Hoje, um condomínio deve ter, basicamente, o sistema de CFTV (câmeras); controle de acesso informatizado; sistemas de alarmes perimetrais e de pânico (passivo e ativo); sistemas de iluminação; sistemas de comunicações; barreiras físicas frontais e perimetrais de proteção; blindagens e não podemos nos esquecer das normas e procedimentos que devem complementar todo o sistema integrado de segurança do condomínio.

LOWNDES REPORT – A aprovação das terceirizações aumentou o risco? Qual a importância do treinamento e das campanhas internas junto aos moradores para o sucesso dos investimentos em condomínios? 

JOSÉ ELIAS DE GODOY – Em tudo deve-se analisar os prós e contras. A terceirização é uma realidade onde, ao se contratar uma empresa de serviços, deve-se verificar todos os parâmetros operacionais, administrativos, tributários e financeiros dela. Além disso, deve-se exigir treinamento periódico aos colaboradores, no mínimo, bimestralmente, bem como cobrar supervisão atuante e constante, sendo que os inspetores devem “visitar” o prédio, basicamente, três vezes por semana. Fora isso, devemos conscientizar os moradores, que são os maiores interessados pela segurança, sobre sua função no sistema de proteção do condomínio onde se deve usar campanhas educativas e objetivas com a finalidade de convidá-los a participar ativamente no processo de seguir as regras e procedimentos determinadas pelo empreendimento. Cabe lembrar que hoje temos até mídias digitais que são instaladas nos elevadores e servem, entre outras coisas, para orientar e passar dicas a todos moradores.

LOWNDES REPORT – Controle de acesso, treinamento (ou a falta dele), barreiras físicas. Que item tem demonstrado ser um facilitador ou um entrave aos cuidados com a segurança condominial?

JOSÉ ELIAS DE GODOY – Temos dados que mostram que 90% das invasões dos prédios ocorrem pela porta da frente do condomínio vertical. Portanto, é de suma importância que se oriente e treine muito os colaboradores de portaria, massificando seu conhecimento em controle de acesso e alertando-os dos principais golpes usados pelos bandidos. A máxima em portaria é: o porteiro tem que estar consciente que ele não é liberador de acesso e nem proibidor de acesso e, sim, controlador de acesso, e que depende, sempre, da autorização de um morador ou zelador para franquear a entrada de estranhos ao prédio. Aliado a isto, temos sistema de controle de acesso biométrico que complementa e auxilia todo trabalho dos porteiros, facilitando a entrada dos moradores e bloqueando acesso de estranhos ao condomínio. Fora isso, não podemos nos esquecer dos sistemas de clausuras, que estão sendo bastante utilizados tanto nas entradas de pedestres quanto nas de veículos.

“O porteiro tem que estar consciente que ele não é liberador de acesso e nem proibidor de acesso e, sim, controlador de acesso e que depende da autorização de um morador ou zelador para franquear a entrada de estranho”


Atualidade

Gestão Transparente

Como o síndico pode conquistar a tão almejada confiabilidade

Gestão transparente nos condomínios

Em tempos de crise de confiança, adotar mecanismos que garantam transparência às ações de sua gestão do condomínio é ir além do esperado, é fazer diferença para ficar para sempre na memória das pessoas como um exemplo de bom gestor. É que, diante dos desgastes produzidos pela avalanche de denúncias de má gestão do dinheiro público, o consenso acaba sendo como aquele ditado que diz: em terra de cego, quem tem um olho é rei. 

Mas não são poucos os que estão buscando fazer a diferença. Em condomínios, a prestação de contas é uma obrigação que deve ser atendida, no mínimo, anualmente, conforme o Código Civil, dentro da parte que se refere às competências do síndico – prestar contas à assembleia, anualmente e quando exigidas. Mas prestar contas é o suficiente? Basta mostrar planilhas demonstrando aos condôminos que os recursos de todos estão sendo bem empregados? 

Francisco Newton Rêgo Villa Nova, síndico do Condomínio do Edifício Joaquim de M.M. Mirante da Cidade, no Centra, acredita que não. Ele entende transparência como algo mais amplo. “Infelizmente esta forma desonesta de gerir (do poder público) é um modus operandi. Qualquer auditor sério tende a encontrar irregularidades, pois é a forma como realizam as coisas. Parece que a sociedade brasileira está despertando para isso. Sou de uma época em que ser honesto era obrigação. Mas a vi se transformar em virtude e depois passar a ser vista como um “defeito”. O sujeito é rotulado de idiota por agir corretamente”, argumenta, antes de defender que a transparência passa também pela capacidade de ser verdadeiro, de dar respostar râpidas, atendendo às demandas que recaem sobre sua responsabilidade. 

É outro nível de relação. A transparência é um aspecto fundamental e irrestrito na administração, tanto que aqui nada pode ser feito sem documentação fiscal e contratual. Temos todas as certidões comprovando que nossos compromissos fiscais e previdenciários estão sem pendências, mas é também uma questão de lisura na condução de tudo”, diz. Para o síndico, os valores de conduta devem acima de tudo não deixar dúvidas quanto a sua honradez.

Ética e Compliance

O tema, de tão relevante, tem despertado tanto interesse que foi apresentado no primeiro Encontro de Síndicos da ABADI deste ano, realizado no mês de maio. Ficou a cargo de Pedro Carsalade, presidente do Conselho Deliberativo da entidade, falar sobre ‘Ética e Compliance’, explicar o conceito e a forma de como pode auxiliar o gestor, dando destaque, ainda, para o Procondo – o Programa de Autorregulamentação da Atividade de Administração Condominial que, justamente, serve para comprovar a qualidade e a credibilidade dos serviços prestados por administradoras de imóveis. 

O conceito veio do meio corporativo, mas pode ser usado em qualquer grupo. O princípio é o de que a ética permeia todas as atividades humanas e as corporações, as empresas, são formadas por pessoas. E estas têm um conjunto de valores condutor, que deve estar claro. Atualmente, a imagem da empresa está associada à sua conduta, que são, na verdade, os valores atribuídos a ela, a partir de sua conduta. E ela pode escolher o caminho do bem ou do mal. A proposta é de mudança de uma cultura”, explica Carsalade. Segundo ele, o condomínio pode aplicar o conceito, estabelecendo um padrão de conduta bastante claro e transparente para todos. “Vai caber a cada um se posicionar, de forma ética, ou não, e isto ficará claro. As pessoas terão conhecimento de que aquele pequeno grupo tem como forma correta de proceder se a maioria adotar. E, neste caso, ficará claro também o ponto fora do curso”, prossegue.

Francisco Newton, síndico do Condomínio do Edifício Joaquim de M.M. Mirante da Cidade

A transparência passa também pela capacidade de ser verdadeiro, de dar respostas rápidas, atendendo às demandas que recaem sobre sua responsabilidade

Francisco Newton Régo Villa Nova, Síndico do Condomínio do Edifício Joaquim de M.M. Mirante da Cidade

Ele destaca que a grande questão associada a este conceito é a de que hoje não se avalia uma instituição apenas pela competência, mas também por suas atitudes com relação às pessoas e ao planeta. É algo abrangente. “E não há um padrão. Cada núcleo estabelece os seus padrões e divulga de forma clara para que todos tenham a possibilidade de escolher. E nos condomínios são os síndicos os grandes promotores desta mudança de atitude”, completa, dizendo que não é fácil resumir o conceito, mas que compliance é uma forma de estruturar mecanismos para se verificar se premissas estão sendo cumpridas, ou não.

Gestão Compartilhada Facilita a Transparência

No Condomínio Presidente Carlos de Campos, o síndico Jorge Duba, diz que sua principal preocupação é a de que todos saibam o que está acontecendo, o que está sendo feito, e o meio que encontrou para isto foi o de trazer o maior número de pessoas para participar tanto das discussões, quanto das decisões. “Comigo estão três subsíndicos, quatro conselheiros e mais quatro suplentes. Todos participam das reuniões fiéis e todas as despesas são vistas por eles. As prioridades também são decididas coletivamente. Dá mais trabalho, mas dá mais tranquilidade”, diz Jorge Duba o síndico que se considera um felizardo: “Costumo dizer que estou muito bem assessorado, pois do grupo fazem parte médico, advogado, engenheiro e até um integrante das Forças Armadas”, brinca. 

A fácil comunicação traz os moradores para junto do dia a dia da administração: “Com isto, o índice de participação nas assembleias é de 40%, bastante expressivo, se considerado que em todos os lugares a frequência é muito baixa”, avalia. E o síndico quer aproximar ainda mais as pessoas. Está em busca de quem possa auxiliar na preparação de um informativo que, colocado nos elevadores, sirva para divulgar todas as iniciativas em prol da melhoria do condomínio. 

Eles também se valem das redes sociais para trocarem informações e amadurecerem ideias antes da tomada de uma decisão. “A hora que quiserem ver a pasta de prestação de contas, ela está à disposição. Mas este estar ativo, compartilhando os problemas e as realizações, é o que alcança mais facilmente as pessoas”, conclui.

Síndico jorge Duba

Jorge Duba, síndico do Condomínio Presidente Carlos de Campos

Advogado Sérgio Sender

Sérgio Sender, advogado do setor de imóveis e condomínio

Fotografou?

Ter tudo documentado e manter documentos organizados e facilmente acessíveis é a base para ficar tranquilo. Ambos os síndicos citam este cuidado fundamental. Para o contador da Lowndes, Paulo César Martins Fernandes, não há o que contestar se há provas de lisura nos processos. Ao ser consultado por síndicos sobre qual a melhor forma de fazer, aconselha sempre a ser detalhista, agrupando o máximo de informações que consubstanciem os documentos comprobatórios de gastos. 

Ele cita os serviços da Lowndes como meios para assegurar que isto seja feito, como é o caso do acesso à pasta Virtual e também aos relatórios que são entregues ao condomínio mensalmente. “O síndico e os conselheiros dispõem de todas as informações 24 horas e podem dar acesso aos condôminos quando quiserem. A informação é sempre bem vinda, pois podem acompanhar a saúde financeira do condomínio, o que por si só traz segurança ao condômino”, afirma. 

Sérgio Sender, o experiente advogado do setor de imóveis e condomínio, sabe de alguns casos que acabaram na justiça e aconselha que tanto membros do conselho, quanto demais condôminos sejam mais atuantes, examinando as contas durante o exercício, evitando deixar para o final do mandato do síndico. 

Depois que a assembleia aprova a prestação de contas, juiz nenhum tem competência para mexer nisso“, explica, ressaltando que é comum que, seja pela confiança na pessoa do síndico, seja pela falta de tempo, muitas vezes, os membros do conselho não examinam as contas e o condômino muito menos. “E mesmo o síndico levando a pasta para a reunião convocada para a aprovação das contas, ou a pessoa nem vai ou vai e não se prontifica a olhar os documentos. É compreensível, está vindo do trabalho, chega cansado. E, por isto, a importância de buscar fazer este exame com antecedência”, destaca.
O advogado também orienta que o condomínio utilize mais das possibilidades que administradoras, como a Lowndes, oferecem de ter acesso 24 horas às contas. “Os membros do conselho podem ter acesso através de uma senha e examinar as contas a qualquer tempo. Isto facilita muito. Quanto mais o próprio síndico dar provas de sua lisura, mais tranquilo poderá ficar e valendo-se dos meios eletrônicos melhor ainda”, completa.

Faça Você Também

  • Pense antes na prestação de contas e peça nota fiscal de tudo, atente para o correto preenchimento das informações necessárias e os encaminhe o mais breve possível para a administradora que se encarregará de organizar a pasta. 
  • Faça uso dos relatórios que acompanham a pasta de prestação de contas. Coloque-os também à disposição dos condôminos. 
  • Aproveite a possibilidade aberta pela administradora para ter um canal direto com o morador, mantê-lo informado, ouvir suas demandas, queixas e sugestões, além de facilitar controles como os da reserva do salão de festas, ocorrências em aberto, tudo de maneira online, facilitando para o condômino participar mais da vida condominial. E também para dar respostas, servindo-se da agilidade que o meio digital oferece. 
  • Coloque um display no elevador e coloque ali, de modo resumido, as ações empreendidas no condomínio, coloque fotos de antes e depois das obras, faça campanhas motivacionais ensejando maior participação. A comunicação sempre foi e continua sendo a alma do negócio.


Deu Certo

Condomínio do Edifício Barão de Famalicão

Como Novo de Novo

Novo telhado do condomínio  do Edifício Barão de Famalicão

Detalhe do telhado novo do Condomínio do Edifício Barão de Famalicão

Em um cantinho aprazível de Laranjeiras, quase no final de uma rua sem saída, está o Condomínio do Edifício Barão de Famalicão, um edifício da década de 60, cheio de charme. Bem construído, como a maioria das edificações mais antigas de apenas quatro andares e oito apartamentos tem estrutura sólida e ampla em todas as suas áreas.

E quem o vê hoje nem imagina que não faz muito tempo andou precisando de cuidados emergenciais. Situação que mudou totalmente nos últimos seis anos, depois da eleição do experiente síndico Damiao Florêncio de Lima. 

Eleito após ser indicado por integrantes da AMORA, a Associação de Moradores da Rua Ribeiro de Almeida, onde já gere outros dois condomínios, Damião iniciou uma rotina de cuidados sem descanso e o resultado é um prédio bonito por fora, pois foi recém pintado em suas fachadas internas e externas, e impecável por dentro, porque dos barriletes às instalações de incêndio e até os elevadores, o prédio foi inteiramente reformado. 

Seguindo um padrão que acabou desenvolvendo com a prática, o síndico primeiro se apresentou a todos os moradores através de carta acompanhada de uma proposta de trabalho para resolver os problemas do prédio. As credenciais ele tinha, pois depois da aposentadoria, e com experiência profissional em manutenção predial, passou a gerir condomínios, unindo dedicação e experiência. E era justo disto que o Famalicão precisava. “Uma edificação pequena pode fazer parecer que não tem muita demanda. Mas não foi este o caso e o trabalho tem sido intenso desde que assumi”, conta Damião.

Uma edificação pequena pode fazer parecer que não tem muita demanda. Mas não foi este o caso e o trabalho tem sido intenso desde que assumi

Damiao Florêncio de Lima, síndico

Fachada do Edifício Barão de Famalicão

Fachada do edifício

Adequação à Lei em Primeiro Lugar

Da lista de afazeres, várias obras relevantes, como a substituição do pára-raios, que se encontrava inoperante. E também cuidados urgentes para a correção e a melhoria das instalações do sistema contra incêndio. “Encontrei um trecho obstruído e fizemos a correção, mas depois descobrimos que mais um segmento da tubulação estava estourado”, lembra o síndico que encarou, sem se intimidar, os muitos desafios logo no início da gestão. “Estamos há quatro anos em obras, e ainda há o que fazer“, detalha.

Ainda para o item instalações de incêndio, foi criada uma reserva técnica nas caixas de água. “Isto porque as referidas caixas de água não tinham. Toda esta primeira fase de ações foi dedicada a adequar o edifício às exigências da lei”, acrescenta.

Para cumprir as exigências legais, o síndico instalou luz de emergência nas áreas comuns e nas escadas. E estas ainda ganharam corrimão. “Como pode ver, eram todos itens urgentes e fundamentais. E era de extrema importância realizá-los o quanto antes”, completa.

Modernização dos Elevadores Reduziu Conta de Luz

Resolvidos os problemas mais emergenciais, Damião voltou-se para medidas de economia. Com uma conta de luz alta e elevadores apresentando muitos defeitos, a opção foi pela modernização parcial dos equipamentos, com o aproveitamento de grande parte deles, visto que os equipamentos têm design de época. Foram substituídos o quadro de comando, o regulador de velocidade, as botoeiras internas e externas dotadas do sistema Braile e toda a fiação de acionamento, além disso foi feita a revisão da máquina de tração. O embelezamento ficou por conta de um tratamento especial da madeira no interior das cabines, para valorizar ainda mais suas características.

Antes ainda, o síndico substituiu a empresa de manutenção, depois que descobriu que a mesma estava com o seu credenciamento junto à RioLuz desatualizado. E só com estas iniciativas, o condomínio teve uma redução na conta de energia significativa. Damião ainda trocou o quadro do PC de luz e trocou bombas de recalque, além da tubulação de sucção. A casa de máquinas ficou impecável. Tudo novo e funcionando perfeitamente.

Com o gradeamento, do prédio, garantimos maior proteção e uma separação necessária da área do condomínio e da rua

Damião Florêncio de Lima, síndico

Ainda no que estabeleceu como prioridades, o síndico gradeou toda a extensão do condomínio, atento à questão da segurança. “O prédio é recuado e tem área de jardim coberto na frente, sob pilotis, onde por vezes amanhecia com um morador de rua dormindo ali. Com o gradeamento, garantimos maior proteção e uma separação necessária da área do condomínio e da rua”, afirma.

Em paralelo, o síndico busca aumentar a harmonia entre os condôminos. Para aproximá-los ainda mais, trocou o antigo sistema de interfonia, que antes não permitia que os vizinhos falassem uns com os outros.

E a lista de benfeitorias não para. Damião ainda refez toda a calçada da frente do prédio, já denominada pelo pessoal do local de calçada da fama, talvez como uma referência a um dos prédios vizinhos no qual nasceu o arquiteto Oscar Niemeyer. Os Jardins, tanto o interno quanto o externo, são um caso à parte. São muito bem cuidados pelo Sr. João, o zelador do prédio, sobre quem o síndico fez questão de falar bem. “Ele cuida sozinho do prédio, mas quem vê não diz. Os vidros da portaria, por exemplo, brilham. E ele não pode ver uma vassoura. Está sempre varrendo, limpando. Não moro no prédio, mas posso ficar tranquilo, pois sei que temos um zelador que, de fato, cuida com muito carinho de tudo”, elogia.

Síndico Damião Florêncio

O síndico e a casa de máquinas reformada: tudo novo, limpo e organizado

Em 2014, o prédio fez a autovistoria e, apesar da expectativa de passar, caiu em exigência devido a problemas no telhado, no prisma de ventilação e nas fachadas de frente e dos fundos. O síndico não perdeu tempo e, logo em seguida, trocou, pelo menos, 50% das telhas, aproveitando ainda para impermeabilizar e cuidar dos rufos e substituir as cumieiras. Todos os itens apontados pelo laudo já foram feitos e o prédio trabalha agora naqueles ditos recomendáveis.

Por isso, Damião já pediu nova vistoria para confirmar que o prédio está adequado. “Em edifício, se você não cuida dia a dia, acumula mesmo. É muita coisa por fazer. Desta vez caímos em exigência. Mas da próxima tenho certeza que passaremos com louvor”, garante. E isto só faz encher de orgulho o síndico. “É o trabalho que abracei e gosto de fazer. Faço isso com satisfação”, conclui.


Ações Positivas

Instituto Delete: Uso de Tecnologi@s

Deletinho chama a atenção para o uso consciente das tecnologias

Deletinho, personagem para chamar a atenção para o uso consciente das tecnologias

Medo, ansiedade, estresse e ataques de pânico ao ficar sem o celular. Estes são alguns dos sinais da nomofobia, um transtorno que expressa uma dependência semelhante à da cocaína e de outras drogas. A doença é relativamente nova, mas já faz uma legião de usuários abusivos ou dependentes das tecnologias. O problema exige atendimento multidisciplinar e é isto o que faz o Instituto Delete, da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ. O uso de celulares, tablets e computadores, mais que commis nos dias de hoje, torna-se perigoso quando compromete a vida pessoal, social, acadêmica e familiar do indivíduo e, por isso, foi incluído entre as dependências tradicionais. Esta representa, como as demais, um canal para expressar compulsão e ansiedade, entre outros transtornos, uma fuga ou alienação do sofrimento.

O trabalho realizado pelo Instituto Delete é pioneiro no Brasil e teve início em 2013, depois da apresentação da tese de doutorado “O impacto das novas tecnologias interferindo no comportamento humano“, da pesquisadora Anna Lucia Spear King. Na época, o Instituto de Psiquiatria já registrava uma demanda grande de atendimento para o problema e a Universidade pediu que ela criasse um serviço exclusivo para o transtorno, através de uma linha de pesquisa específica. Desde então, mais de 600 pessoas passaram pelo atendimento, que é gratuito e funciona no CIPE – Antigo do Instituto de Psiquiatria da UFRJ, na Praia Vermelha. Toda a equipe é formada por psicólogos, psiquiatras, fisioterapeutas, especialistas em mídias digitais, entre outros, já formados e atuantes no mercado, que estão cursando mestrado e doutorado nessa linha de pesquisa.

Para Saber Mais e Ajudar

Os interessados no atendimento, devem mandar um e-mail para [email protected], para o agendamento de uma triagem. Ela serve para balizar todo o acompanhamento que será realizado e que engloba avaliação psiquiátrica, sessões de terapia cognitiva comportamental e de fisioterapia para questões posturais, e ainda para orientação de uso consciente da tecnologia.

Do cotidiano de atendimento surgiu o livro Nomofobia – O impacto das novas tecnologias no cotidiano dos indivíduos, em que são abordados o uso abusivo nos aspectos clínicos, comportamentais e sociais. A publicação é uma boa fonte de consulta para melhor conhecer este transtorno. O livro, da Editora Atheneu, foi organizado pela Dra. Anna está à venda nas principais livrarias.

Capa do Livro Nomofobia

Capa do livro que é fonte de consulta para melhor conhecer o transtorno

O Instituto Delete também realiza palestras, workshops e oficinas em empresas, escolas e condomínios, atendendo a pedidos, com formatos sempre adequados a cada público.

Todos estes são meios de divulgar o conhecimento e também de ajudar a um maior número de pessoas, aprofundando ainda mais o domínio das formas de expressar o transtorno e, consequentemente, as melhores formas de tratá-lo e estabelecer usos mais conscientes das tecnologias.

Acesse a página do Instituto Delete mvw.institutodelete.com para saber mais e, inclusive, fazer testes para avaliar o nível de dependência de cada tecnologia.


Porteiros

Um Zelador a seu Dispor

Severino da Silva Figueiredo
Zelador do Condomínio do Edifício Muki

Severino da Silva Figueiredo é zelador do Condomínio do Edifício Muki, em Ipanema, onde trabalha há quatro anos, e se destaca por um currículo diferente, que permite uma disposição para o atendimento aos moradores toda especial. Ele diz que está zelador, mas que o seu perfil é de um homem de serviços, mais especificamente do segmento de comida, bebida e transporte. Caprichoso e prestativo, sempre com um sorriso, Severino é reconhecido pela gestora do prédio, Keila Ferreira, por sua iniciativa e compromisso com o trabalho. “É um empregado que não dá trabalho. Pelo contrário, nos deixa tranquilos quanto a tudo o que diz respeito à zeladoria do prédio, pois é muito dedicado. E ainda tem a total aprovação dos moradores, que o adoram“, elogia.

Zelador Severino da Silva Figueiredo

Severino da Silva Figueiredo é o zelador do Condomínio Edifício Muki

Nascido em Alagoa Grande, próximo a João Pessoa, na Paraíba, veio para o Rio ainda menino e, com a morte do pai logo em seguida, começou a trabalhar com apenas 10 anos de idade, crescendo e trabalhando em comércio de bairro, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. O primeiro trabalho foi em uma padaria, onde ficou até os 16 anos, passando depois para uma mercearia, com um bar. Curioso e comunicativo, por onde passou procurou aprender o máximo sobre todas as atividades e funções. Aos 18, quando serviu o Exército, também não perdeu tempo e aprendeu a dirigir, tirando a carteira de motorista na mesma época. Quando saiu, passou a trabalhar como motorista para uma família, onde também realizava serviços como mordomo.

Mas o trabalho não o agradou, pois sentia-se muito preso. Assim, começou a trabalhar em restaurante, onde só de ver, pois não era a sua função, aprendeu o ofício de barman, e chegou até a ter um drink premiado, para a surpresa de todos, ao participar de um concurso de uma marca de vodca em campanha publicitária para ingresso no mercado brasileiro, no início dos anos 90. “Concorri com barmen dos melhores hotéis e restaurantes da cidade, mas consideraram o meu drink o melhor, a mistura perfeita de sabor e cor”, orgulha-se, sem contar nenhum detalhe da fórmula premiada. O prêmio foi uma coqueteleira e um relógio em aço escovado.

A passagem por restaurante serviu para novos aprendizados, mas acabou pedindo para sair, pois já casado e com filhos não os via crescer. “Meu filho mais novo, hoje com 22 anos, ainda me cobra por aquele período. Não tinha vida”, conta. Na época, chegou a trabalhar por nove anos em restaurante, época que fez muitos cursos e chegou até ir para São Paulo para aprender o ofício de barista, o que o levou a trabalhar em um café.

Com um sonho guardado de ter um negócio próprio e o dinheiro economizado até então, achou que já era hora, mas por desconhecer aquele universo, acabou não dando certo. Severino abriu com um sócio uma banca de jornal. “Pareceu uma boa oportunidade, mas não foi desta vez”, conta. 

Depois disso, ele passou um tempo em casa. Mas como acontece com quem sempre trabalhou, Severino não conseguiu ficar parado e diz que esta foi a pior época de sua vida. Foi uma irmã dele, que trabalha para uma família moradora do Edifício Muki quem contou sobre a vaga de faxineiro. “Pensei que ainda não é a hora de ter o meu negócio de comida e bebidas, como sonho fazer ao me aposentar. Preciso de tempo para pensar, planejar, me preparar. E, então, o que ia ficar fazendo em casa? Os meninos já na faculdade, e se eles precisarem de algum dinheiro? Este é um trabalho digno como qualquer outro, me permite ter acesso a pessoas que podem precisar dos serviços que posso prestar, assim aceitei. E foi a melhor coisa que eu fiz”, lembra.

Consigo me sair bem, pois tenho esta vontade de fazer bem feito e um certo sentido de Limpeza e organização que fui aprendendo ao longo da vida

Severino da Silva Figueiredo, zelador

Além do trabalho de cuidar do prédio, depois do expediente, Severino ainda prepara jantares e atua como barman, faz dos canapés as bebidas, passando pelo prato principal, ou ainda trabalha como motorista particular caso alguém precise. “Tenho conhecimento e prática, ninguém me vê de cara feia, e isto faz com que não falte trabalho. Sempre lidei bem com o público e aqui foi a parte mais fácil. O trabalho em condomínio é muito simples, e consigo me sair bem, pois tenho esta vontade de fazer bem feito, um certo sentido de limpeza e organização que fui aprendendo ao longo da vida. Estou satisfeito me dividindo assim entre os vários trabalhos”, contenta.

Hoje, Severino já é o zelador e não mais faxineiro, mas qualquer um que contente sobre as funções, ele diz que é preciso se desfazer de preconceitos. “Todo trabalho é digno. Se há algo que faz diferença é a falta de autonomia, mas se você faz bem o seu trabalho, com amor e responsabilidade, não tem do que se preocupar ou se envergonhar”, defende. Sobre o novo cargo, diz que não mudou muito para ele, pois segue com os mesmos cuidados com o prédio. “Isto não mudou a minha rotina de trabalho. Continuo chegando cedo, cumprindo com as tarefas, do mesmo jeito, procurando fazer as coisas direitinho”, acrescenta.

Para quem quer começar a trabalhar em condomínios, o zelador faz um alerta: “Tem que procurar saber que tipo de pessoa você é, pois, se for do tipo que se acomoda, pode cair na armadilha de ficar a vida inteira vivendo sem avançar. Às vezes as pessoas ficam incomodadas de ver que um outro conquistou uma casa, um carro, que tem uma família, mas ninguém pensa que ele trabalhou para ter aquilo. É um lugar muito bom de se trabalhar se você sabe respeitar as pessoas. O trabalho é simples, mas se a pessoa tem a possibilidade de ter outra atividade, não aconselho, porque pode levar à acomodação”, considera.

Apesar disto, Severino não pensa em sair e se diz feliz com o emprego. “É como a nossa segunda casa. Passo mais tempo aqui do que lá. Depois, eu sou uma pessoa que se sente realizado na vida. Não tem muito a ver com o trabalho que estou fazendo. A pessoa tem uma família, a possibilidade de ganhar a vida com o próprio trabalho, não se sente um inútil, isto já é motivo de felicidade. Se estou trabalhando, estou feliz”, conclui.

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Lowndes

Administradora Condomonial no Rio de Janeiro

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