Este documento é parte do nosso Acervo Histórico

Lowndes Report – A Revista do Condomínio Nº 132

1 de janeiro de 2017
É fundamental destacar que as informações contidas em nosso arquivo histórico são uma expressão do contexto da época em que foram produzidas. Elas não necessariamente refletem as opiniões ou valores atuais da nossa empresa. À medida que progredimos e nos ajustamos às mudanças em nosso entorno, nossas visões e princípios também podem evoluir.
Capa da Lowndes Report Nº 132

Editorial

A disciplina antecede a espontaneidade
Diógenes Camargo. 

Mais um ano se foi. Ufa! Este foi realmente difícil. Mas, aproveitemos este espírito de otimismo e esperança, comuns à época, e com a lembrança ainda fresca do que fizemos, do que faltou fazer e das obrigações cotidianas, busquemos inspiração para, a partir de erros e acertos passados, planejar focados em fazer um futuro melhor. Como diz a frase, ninguém é realmente bom no que faz sem preparação.

E, para além do mundo conturbado lá fora, o que faremos para que este pequeno mundo ao nosso redor, aquele que depende de nossas ações, seja de paz, harmonia e prosperidade? 

Para ajudar, especialistas na administração de condomínios e síndicos contam suas experiências. Do dia a dia de suas consultorias e do cotidiano dos edifícios fluem os casos bem-sucedidos, exemplos que podem ser replicados. São descobertas de que pequenas ações podem fazer grande diferença. Melhor ordenamento, mais economia e rotinas mais tranquilas são os principais benefícios, garantem aqueles que trabalham com planejamento.

Mas planejar com segurança para o síndico significa, primeiramente, dominar um tema fundamental. Quais são mesmo as suas obrigações? Como é que se faz para aliviar-lhe o peso? Tranquilidade porque as respostas vêm de quem entende do assunto.

Ainda neste quesito, não podem ser esquecidas as legislações que buscam garantir os direitos universais e nem tão pouco as que evitam as grandes tragédias que um incêndio pode provocar. Se o seu edifício é daqueles cujo desenho arquitetônico dificulta a adoção de uma rampa, está aqui uma oportunidade de saber como cumprir a responsabilidade.

Pois é. O ano novo já está em curso e reclama nossas ações. Que ele seja para todos nós o ano divisor de águas, quando deixaremos para trás erros recorrentes para, enfim, fazer, e sermos, melhores.

Boa leitura e feliz 2017!


Espaço Lowndes

Segurança Ampla e Serviços

Maior segurança e tranquilidade para seus clientes envolve cuidar por completo de seu principal patrimônio. Por isso, além do suporte prestado ao condomínio, através do seguro obrigatório, a Lowndes, através da AGZ Seguros, oferece a seus clientes a possibilidade de que cada condômino amplie as garantias de proteção contratando o Seguro Incêndio Residencial Conteúdo. A modalidade tem cobertura para móveis, eletrodomésticos, roupas e utensílios das unidades em caso de danos em decorrência de incêndio, queda de raio e explosão.

Ele é fundamental, pois seguro do condomínio cobre apenas a edificação e as áreas comuns. No Edifício Canoas, em São Conrado, que sofreu uma explosão por gás e foi parcialmente destruído, o custo de recompor a residência ficou menor para os que disponham do seguro.

Além de custo baixo, adesão opcional e facilitada, com a cobrança feita no boleto da cota condominial, o seguro conteúdo ainda oferece assistência residencial com serviços especializados para pequenos consertos e chaveiro.

Outra facilidade é que os condôminos têm acesso ao seguro conteúdo através da proposta que segue com a mala direta de renovação do seguro obrigatório do prédio. Eles também podem solicitá-lo diretamente com a administradora.

Foram muitos os casos de sinistros com danos cobertos pelo seguro conteúdo desde que a modalidade passou a ser ofertada. Uma banheira de hidromassagem que superaqueceu e o fogo causou prejuízos com móveis e utensílios no banheiro, uma panela de pressão que explodiu e danificou fogão, coifa e armários, um ovo fritando esquecido na frigideira que acabou derretendo de chocolates a vitaminas e outras medicações no armário, tudo coberto pelo seguro, que não tem franquia. São histórias que poderiam ter um final mais traumático, mas que foram solucionadas com tranquilidade através do seguro conteúdo.

É a Lowndes zelando para o completo bem estar de seus clientes.

Segura Incêndio para condomínios

A Lowndes, através da AGZ Seguros, oferece a seus clientes a possibilidade de que cada condômino amplie as garantias de proteção contratando o Seguro Incêndio Residencial Conteúdo


Atualidade

Feliz Ano Novo!

Para se ter um bom ano é preciso planejar ações

Imagem com "2017" nas nuvens

Ano novo, novas esperanças e expectativas de fazer melhor ainda desta vez. Para ajudar a organizar rotinas e prever ações, evitando imprevistos e garantindo economia, nada mais prático que colocar em ordem todos os itens, obrigações regulares e necessidades periódicas. Síndicos reeleitos pelo sucesso de suas gestões dão o caminho das pedras.

Oscar Moreira da Silva, síndico do Condomínio Maxi Leblon, há seis anos, administra com tranquilidade o empreendimento de 116 unidades e três blocos fazendo uso de controles em planilhas e documentos escaneados direto para pastas no computador. “Tenho como prática realizar prestação de contas mensalmente e isto – junto com notas fiscais e demais comprovantes de materiais e serviços, além de contratos-, permite acompanhar de perto o fluxo das demandas detalhadas dia a dia e ainda enxergar claramente quando surge uma nova necessidade”, conta o síndico.

O acesso fácil e prático a um conjunto grande de informações tem ainda o apoio de uma comunicação permanente com representantes de cada bloco, conselheiros, porteiros, administradora, condôminos e ainda com os síndicos de edifícios vizinhos, visando ampliar o olhar para as necessidades que precisam ser atendidas pontualmente.

Foto do síndico Oscar Moreira

O acompanhamento rotineiro das atividades permite uma atuação preventiva que é sempre mais econômica que a corretiva

Oscar Moreira da Silva, síndico do Condomínio Maxi Leblon

O síndico acredita que esta forma de trabalho possibilita uma gestão mais eficiente em tudo, inclusive, e especialmente, para as finanças do condomínio. “Funciona muito bem, tanto que realizaremos a reforma dos elevadores sem cota extra”, comemora, explicando que o quesito economia é um dos grandes beneficiados por uma organização das rotinas e atividades. “O acompanhamento rotineiro permite uma atuação preventiva que é sempre mais econômica que a corretiva”, garante.

Sérgio Fernando Paes de Sousa, síndico do Condomínio Residencial Silva Araujo, no Méier, há duas gestões, tem como diferencial usar um planejamento de ações que inclui item a item, explorando os períodos mais propícios para o cuidado que cada um deles exige. E, ainda, dados sobre a melhor época para realizar as negociações de reajustes das empresas, buscando se antecipar aos ajustes anuais. “É um processo que contempla as ações mês a mês, pois entendo que deixar tudo para cima da hora nunca dá certo. Com um acompanhamento frequente conseguimos cumprir com o universo de responsabilidades que temos, e ainda investir em melhorias”, defende.

O síndico lista todos os itens que compõem as demandas diárias do condomínio, desde os mais básicos no edifício aos das concessionárias públicas e ainda os que estão sob contrato. “São dedetizações, limpezas de caixas e reservatórios, manutenções diversas, pagamentos e recolhimentos. Sem uma organização pode-se deixar escapar alguma coisa”, completa.

Especialista Elogia Iniciativas

Marcio Lima Junior, consultor de condomínios da Lowndes, orienta a prática de não deixar nenhum item de fora ao listar rotinas, demandas e ações diárias para um planejamento que, de fato, funcione. “Vemos no sucesso destes síndicos, e posso confirmar isto pelo acompanhamento do trabalho de tantos outros gestores, que este é o caminho”, afirma.

Foto de Márcio Lima, consultor de condomínios da Lowndes

Vemos no sucesso destes síndicos, e posso confirmar isto pelo acompanhamento do trabalho de tantos outros gestores, que o planejamento é o caminho

Marcio Lima Junior, consultor de condomínios da Lowndes

A avaliação geral é de que este conjunto de informações é especialmente valioso na hora de montar a prestação de contas e fechar uma previsão orçamentária mais próxima da realidade, tarefa das mais relevantes que costumam causar estresse a gestores menos atentos. “Há poucas chances de um síndico se sair mal, ainda que seja marinheiro de primeira viagem, se seguir estes exemplos. Um planejamento eficaz resulta em conservação, com economia e valorização do patrimônio. É uma administração que transcorre dentro da normalidade. É correta no cumprimento dos deveres legais e livre de aborrecimentos por falhas nos serviços, o que sempre conquista a confiança dos condôminos”, completa Marcio.

Comunicação e Boas Parcerias Completam as Boas Ações

De olho em um planejamento mais eficaz com resultado também para a economia, o síndico do Maxi Leblon procura os condomínios vizinhos para fazerem as obras de maior porte na mesma época e com uma única empresa. “Ao atender aos prédios que fïcam lado a lado, eles ganham em agilidade, economia de escala e praticidade. Ganhos que se revertem para nós, pois conseguimos um preço menor, uma relação melhor com a empresa e um serviço cuja qualidade é mais garantida porque fiscalizada e acompanhada por muitos. É uma prática que mais síndicos deveriam adotar”, aconselha Oscar.

A reforma da fachada, realizada recentemente, foi feita em conjunto com o prédio em frente. Tudo com custo reduzido e pagamento em três anos. “Procurem, dentro da sua área geográfica, trocar informações com outros condomínios, planejarem em conjunto ações de maior vulto, a fim de reduzir custos porque se o fornecedor fizer só no seu prédio o valor será mais alto. Se disser que é para vários condomínios vizinhos, o custo para eles já diminui, e você verá o quanto isto facilitará na negociação”, sugere.

Além de investir na comunicação, o síndico do Condomínio Silva Araújo também cria boas relações de parceria, de olho em um maior controle e cumprimento das obrigações, mesmo quando estas são novidade. Sérgio destaca a colocação das placas com a planta da edificação e a de chamada de atenção para se observar se o elevador está parado no andar, obrigações sobre as quais foi informado pela administradora e pelos fornecedores.

Esta proximidade permite que o síndico converse com antecedência sobre reajustes anuais. No item piscina, por exemplo, começou um diálogo sobre o assunto ainda em agosto. Na ocasião, pediram uma correção de 9%, mas o síndico conseguiu fechar por 7%. “Se pensar bem, até 1% que se consiga em uma negociação é significativo quando pesado no longo prazo. Colocando isto em 12 meses já se terá uma parcela a menos”, detalha.

A boa comunicação é ferramenta que utiliza também com os moradores e os empregados, a fim de buscar participação nas iniciativas. “Um cuidado permanente é evitar que a gente tenha um monte de prestador de serviço circulando no prédio, ao mesmo tempo. Um dia a dia de mais tranquilidade e organização só pode ser conseguido se envolvermos planejamento e boa relação com todos os envolvidos. Na verdade, só funciona com base na ajuda mútua”, conclui.


Checklist Preditivo

Como Desenvolver Esta Ferramenta que Torna Ainda Mais Eficaz o Planejamento Anual do Condomínio na Área de Manutenção

“Dispor de um checklist dá outro nível de eficiência a um planejamento”. A avaliação é do engenheiro David Gurevitz, que tem grande experiência na administração de condomínios e desenvolveu um checklist detalhado e específico para ajudar o sindico. Sua abordagem é ampla, pois acredita que não basta apenas verificar se não há nenhum problema. ‘Checar se algo não está quebrado não ajuda o síndico. Uma coisa é verificar um risco iminente, mas o prédio precisa ser capaz de antecipar-se aos problemas. Isto sim contribui para ações planejadas, que é sinônimo de tranquilidade, economia e segurança”, afirma.

Ele explica que em termos técnicos a manutenção engloba três níveis distintos: aquela que se faz quando algo já está com defeito, que é a corretiva, a que se antecipa ao defeito, que é a preventiva, e a que, com base em um acompanhamento de cada material e equipamento importante para o pleno funcionamento do condomínio permite predizer quando é que aquele item vai apresentar problemas, garantindo aproveitar toda a vida ütil do material ou equipamento, que é a preditiva. “Se descobrimos quando um rolamento, por exemplo, vai quebrar e fizermos a correção imediatamente antes, e não na média estimada para o seu tempo de vida útil, ganhamos com isto. Temos contrato de bombas e elevadores, e porque eles quebram? Porque o acompanhamento dos equipamentos não é feito desta forma”, detalha Gurevitz.

Como Fazer

Para realizar uma manutenção preditiva é preciso primeiro criar um check list para ir registrando parâmetros de funcionamento para cada equipamento. É preciso fazer inspeções periódicas, com uma regularidade, ao menos mensal, e isto ao longo de, pelo menos, um ano, a fim de estabelecer parâmetros de funcionamento pleno, do momento em que começa a apresentar sinais que dará problema e de quando ele acontece de fato. Uma inspeção visual e tátil, colocando a mão, sentindo a vibração dos equipamentos, e ir anotando como se fosse um leitor de hidrômetro, de um relógio de luz, criando uma planilha que permita avaliar o desempenho dos equipamentos, sinalizando para problemas e especialmente permitindo predizer quando estão prestes a quebrar. “Mas isto só com o tempo se constrói. Fazemos a vistoria a cada cinco anos, mas ela não permite esta verificação. É algo pontual. Com acompanhamento, depois que acontecer uma vez já se parametrizou. E tem-se uma ferramenta muito útil para garantir eficiência e economia”, completa.

Sinais de Alerta

Como sei o estado de um rolamento, por exemplo? Consigo saber pela vibração que aumenta com o tempo de uso. Quanto mais vibrar mais está próximo de quebrar. Alguns celulares dispõem de um sensor de vibração, basta baixar um vibrômetro, que é um aplicativo, e encostar o aparelho onde fica um motor, por exemplo, para verificar. Uma vibração muito alta significa que está gastando mais energia e que pode queimar.

E em um circuito elétrico? Neste caso, posso verificar a temperatura. A corrente elétrica quando vai dar problemas aquece.


Capa

Gestão: Super Síndico

Ou como não cair no conto de que condomínio pode ser administrado por qualquer pessoa

Imagem de homem abrindo a camisa, representando síndico

Com os empreendimentos imobiliários em linha crescente, muitos buscam trabalho na função de síndico. Mas, de um modo geral, mesmo quem mora ou trabalha em condomínios nem sempre sabe de suas atribuições, direitos e deveres. E, nem de longe, têm a exata dimensão de que, como representante legal do condomínio, o síndico responde civil e criminalmente por quaisquer ações ou omissões que venham a causar danos.

É seu nome, o seu CPF e, especialmente, o seu patrimônio pessoal que passam a estar em jogo em situações cotidianas as mais diversas assim que opta por assumir o cargo, seja ele um síndico condômino ou contratado externamente. Este último, por vezes, sequer tem patrimônio próprio capaz de fazer frente aos valores a que algumas multas e penalidades impostas aos condomínios podem chegar.

Vejamos um caso simples. O condomínio precisou executar um serviço e este foi feito por um faz-tudo, mais barato, mas sem recibo ou qualquer documento que comprove a despesa. Constatada a diferença entre arrecadação e gastos comprovados, o conjunto dos condôminos, ou apenas um, pode acionar o síndico na justiça, não apenas pelo descumprimento de sua obrigação legal de prestar contas, como a de se apropriar de fundos do condomínio. Os tribunais estão recebendo a cada dia mais casos semelhantes.

E igual a esta, há muitas outras situações, desde as que envolvem acidentes, manutenção de instalações e equipamentos, um não pagamento ou recolhimento de tributos, o descumprimento das leis trabalhistas por empresa contratada para executar obra no condomínio, a exposição, a não cobrança e até o ato de dar desconto a um inadimplente para que ele quite o seu débito, o corte de uma árvore sem prévia consulta ao órgão público responsável. Tudo isto, e muito mais, expõe o condomínio a penalidades pelas quais será o síndico quem terá de responder.

Olhando por este aspecto, fica fácil entender porque, cada dia mais, quem entende do assunto diz que o síndico precisa ser um profissional. E, mais que isto, um profissional multi-tarefa, atualizado, experiente e muito bem assessorado.

No Olho do Furacão

A dinâmica da vida condominial, ao exigir uma gama ampla de atividades, movimenta a economia e faz girar recursos, por vezes, vultosos, tornando os condomínios um alvo fácil dos órgãos de arrecadação, controle e fiscalização. Foi assim nos anos 90, quando o condomínio passou a ser o responsável por recolhimentos tributários daqueles que lhes prestam serviços. Antes ainda um corresponsável no cumprimento das legislações trabalhistas dos empregados de terceiros e, mais recentemente, responsável pelas vistorias para a manutenção estrutural e das instalações da edificação.

Um leque imenso de responsabilidades que exige conhecimento, capacidade de planejamento, organização e execução.

Para o diretor jurídico da ABADI, Marcelo Borges, o protagonismo que o síndico passou a ostentar na sociedade fica evidente. “A obrigatoriedade de cumprir com legislações recentes, como a lei da auto vistoria e da auto vistoria do gás, que surgiram em decorrência de acidentes em consequência da deterioração das edificações é um exemplo. Mas isto faz com que, quando o síndico negligência do dever de zelar pela integralidade da estrutura do prédio, e em razão desta negligência acontece algum acidente que poderia ter sido mitigado por sua ação, o peso da responsabilidade recai todo sobre ele”, afirma.

Foto de Marcelo Borges, diretor jurídico da ABADI

Buscar Junto a coletividade a decisão da maioria evita isolar-se na responsabilidade pelas consequências de ato ou omissão no dever de guardar as partes comuns

Marcelo Borges, diretor jurídico da ABADI

Borges cita o caso da queda do edifício Liberdade, em que um dos indiciados na investigação foi o síndico. As provas constantes do inquérito, ainda em andamento, apontam para a sua corresponsabilidade. O seu falecimento logo no início do processo o impediram de responder, mas se vivo estivesse seria possivelmente um dos casos de maior repercussão sobre a responsabilidade civil e criminal de um representante legal de condomínio na história brasileira. “O artigo 1.1341 do Código Civil é claro no sentido de impor que ele deve contratar obras consideradas necessárias, independente de autorização de assembleia. E a interpretação de que este é um dispositivo que dá liberdade excessiva ao síndico é perigosa. Na verdade, ele dá grande responsabilidade, pois estas obras são as que visam evitar deterioração, perecimento, desvalorização das áreas comuns e acidentes, de impactos não apenas para aquela coletividade, mas para a cidade”, explica.

Para Reduzir o Peso

O diretor jurídico aconselha aos síndicos que, mesmo tendo um sentimento de que os condôminos não têm a disponibilidade financeira para obra de maior vulto, convoquem uma assembleia para expor a situação e levar a questão para decisão da coletividade. Ele ressalta ainda a importância da reunião de condomínios. “É um hábito ruim no Brasil das pessoas se reunirem muito pouco nos seus condomínios. E reuniões muito espaçadas acabam esvaziando o próprio encontro. Na média, são duas por ano, no máximo. Outras fazem apenas a obrigatória e só porque a convenção e o ordenamento jurídico impõem, pois em contrário nem esta assembleia fariam. Isto é um grande erro”, avalia.

O advogado destaca que se comparada à administração condominial com a empresarial, observa-se claramente a falha, pois executar tarefas e planejamentos com reuniões é a palavra de ordem no meio corporativo. “As empresas buscam reuniões setoriais constantes, estratégicas, justamente para que os destinos, as metas, a manutenção e o futuro do negócio, sejam bem traçados pelas pessoas envolvidas no processo. E no condomínio, muitas vezes entendido como empresa, não deve ser diferente”, completa.

Ao se afastar das reuniões, o síndico acabaria por concentrar nele mesmo toda a responsabilidade decisória. “O síndico deve se impor o hábito de cada vez mais propor reuniões para se descolar do peso desta responsabilidade sozinho, de romper com esta cultura de as pessoas ficarem esperando que ele tome uma atitude, eximindo-se da co-responsabilidade como co-proprietários. Buscar junto à coletividade a decisão da maioria evita isolar-se na responsabilidade pelas consequências de ato ou omissão no dever de guardar as partes comuns”, aconselha.

Solução Pode Estar nas Empresas

Uma gestão predial profissional realizada por uma administradora é uma alternativa para que o síndico, e a coletividade, tenha mais tranquilidade e segurança, aliviando a sua carga de responsabilidades. A Lowndes, por exemplo, através de seu produto Lowndes Sindica, permite que se tenha uma gestão baseada em ações preventivas, através de diagnóstico predial, com o mais rigoroso cumprimento das obrigações legais, tudo realizado por gestores especialistas, capazes de proporem para aprovação dos condôminos soluções para os problemas desde os relacionados aos empregados até os de manutenção. Tudo com a experiência e o profissionalismo necessários para o pleno funcionamento do condomínio, além da solidez da empresa que, em 2016, completou 80 anos no mercado de administração de imóveis e condomínios.

“É não apenas uma opção, como uma solução perfeita para atender à crescente demanda pela profissionalização na gestão condominial”, afirma Catarina de Oliveira, Gerente de Qualidade da empresa.

Foto de Catarina de Oliveira, gerente de Qualidade da Lowndes

Contar com uma administradora é uma segurança para o condomínio, a certeza de que não está arriscando entregar bem estar e patrimônio a leigos

Catarina de Oliveira, Gerente de Qualidade da Lowndes

Segundo Catarina, o principal diferencial do produto é disponibilizar uma equipe de gerentes de relacionamento e gestores formada por profissionais certificados como consultores condominiais pela ABADI/NUFEI e ainda todo o apoio dos departamentos financeiro/contábil, jurídico e de recursos humanos da empresa. “É uma segurança muito maior para o condomínio, a certeza de que não está arriscando entregar bem estar e patrimônio a leigos em um momento em que a administração condominial se mostra tão complexa”, conclui.


O Que um Super Síndico Sempre Faz

  • Contrata anualmente o seguro de incêndio, raio e explosão entre outros, obrigatório para os condomínios, de forma adequada. Assim como os de vida e funeral dos funcionários.
  • Exige emissão de comprovantes fiscais, RPA (recibo de autônomo), comprovantes de pagamentos de funcionários e seus benefícios. Reúne todas as despesas comprovadas e documentadas para dar transparência a sua gestão. Disponibiliza no quadro de avisos todos os documentos que por obrigação legal deve ter visibilidade.
  • Trabalha sempre com o suporte da administradora do condomínio e do conselho fiscal, mantém a coletividade informada e busca ampliar sua participação na vida condominial. Compartilha via quadro de avisos quaisquer alterações no quadro de funcionários.
  • Cobra os inadimplentes em dia e de forma correta e segura perante a lei. Não dá descontos em acordos, o que, legalmente, são possíveis apenas com a concordância de todos os condôminos.
  • Tem em mente que sempre que um funcionário se acidenta no local de trabalho, no caso O condomínio, ele também pode ser responsabilizado e, por isso, é atento ao uso dos EPIs, treinamentos e orientações constantes e cobra das empresas a mesma postura em relação ao pessoal que trabalha em suas dependências.
  • Providencia e acompanha a auto vistoria fazendo a manutenção constante dos equipamentos e instalações, de acordo com as normas, e sempre da preferência aos serviços executados por profissionais habilitados, de olho na conservação e na valorização do patrimônio.


Saiba Mais

Boletos Devem Ter o CPF do Condômino

Imagem de condômino fazendo contas na calculadora

A Nova Plataforma de Cobrança, estabelecida pela Federação Brasileira dos Bancos e pelo Banco Central do Brasil, começa a operar este ano. Ela extingue a cobrança não registrada e exige que, para se emitir boletos, todos, inclusive os condomínios, tenham cadastrado o CPF, ou CNPJ, dos pagadores.

Isto significa que, sem um cadastro atualizado dos condôminos, na administração do condomínio, já é impossível enviar o boleto das quotas condominiais. O alerta é de Gerson Costa, consultor de condomínios da Lowndes, que passou os ûltimos seis meses orientando síndicos sobre a urgência da atualização dos dados cadastrais dos condôminos: “Sem que se possa emitir os boletos nào hà pagamento e sem ele não hâ arrecadação e, consequentemente, o pleno funcionamento do prédio ou a manutenção do patrimônio”, destacou.

O consultor chama a atenção para o cuidado de observar e corrigir possíveis divergências nas informações. A medida evitará que o pagador tenha que realizar o pagamento exclusivamente no banco que emitiu a cobrança para que seus dados sejam checados.

Segundo a Febraban, a mudança na plataforma visou atualizar o sistema, garantindo maior facilidade no pagamento de contas vencidas e menor risco de envio de boletos fraudados. É esta atualização que permitirá pagar os boletos vencidos por meio de aplicativo, nas lotéricas ou em qualquer banco, sem ter de pedir uma segunda via para a administradora antes do 2° vencimento, pois o sistema calcula automaticamente os juros e a multa. Por outro lado, por tratar-se de cobrança registrada, o custo para quem emite o boleto será cobrado, independente do pagador fazer ou não o pagamento no banco. São as inovações buscando automatizar processos, a fim de poder cruzar dados e garantir maior controle e segurança nas transações financeiras.


Entrevista

Prevenção Contra Incêndio

Ricardo Pereira de Mattos é Engenheiro Eletricista, Mestre em Sistemas de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho), autor do Blog O Endereço da Prevenção e também professor da Universidade Federal Fluminense e da Universidade Cândido Mendes. Com seu conhecimento e longa atuação na área de engenharia de segurança, ele credita à lei de autovistoria a atenção dada atualmente aos sistemas elétricos e de prevenção e combate a incêndio. Conhecedor dos efeitos que o tempo causa a estas instalações, recomenda aos síndicos aproveitar as vistorias para realizar as correções necessárias e garantir maior segurança, tranquilidade e conservação do patrimônio. Ricardo ressalta a relação idade média das edificações e o fato das instalações não serem aparentes como razões que levam a um descuido que teria resultado no aumento do número de incêndios causados por curto circuito, um sinal claro de instalações elétricas precárias.

Foto de Ricardo Pereira, especialista em engenharia de segurança

Ricardo Pereira de Mattos, Especialista em engenharia de segurança

LOWNDES REPORT – As instalações de combate a incêndio foram itens que apresentaram grande número de exigências nas autovistorias. Que itens compõem estas instalações, que problemas são mais frequentes e que riscos estes representam? 

RICARDO PEREIRA DE MATTOS – Um sistema de proteção contra incêndio é composto de vários itens, dependendo das dimensões da edificação e de suas características: comercial, industrial, residencial etc. São desde extintores portáteis, passando por portas corta-fogo, escadas de emergência, rede de hidrantes e mangueiras, rede de sprinklers, reservatório para reserva técnica de incêndio, bombas e sistema elétrico de emergência, sistema de detecção de fumaça e alarme. Um conjunto grande de equipamentos, proporcional às dimensões da edificação e sua utilização. Mas, muitas delas não passam por manutenções preventivas ou corretivas e isso é muito grave. Imagine tubulações embutidas nas paredes, e suas conexões, por anos a fio, sem inspeção, testes, substituições, enfim, abandonadas. Quando for preciso utilizá-las, e sempre em situação de emergência, elas estarão disponíveis com a qualidade, velocidade, eficácia, que se espera de qualquer sistema de emergência? É claro que não. Problemas como obstruções e vazamentos, que causam perda de pressão de água, mangueiras com testes vencidos e bombas que não funcionam são alguns dos problemas mais frequentes. E a consequência principal é a água não estar disponível para o combate ao incêndio, implicando no risco dele se alastrar de forma rápida e devastadora.

LOWNDES REPORT – E na parte elétrica? É sabido que a causa principal dos incêndios em edificações são os curtos circuitos que acontecem muito por superaquecimento, sobrecarga ou instalações incorretas de aparelhos de ar condicionado. Com as temperaturas mais altas, o que é preciso fazer para evitar riscos? 

RICARDO PEREIRA DE MATTOS – Pense em um escritório dos anos 60. O que teria em termos de equipamentos elétricos? E hoje? Mas as edificações e instalações ainda são dos anos 60, 50 e até 40. Estes incêndios com origem em instalações elétricas que ocorrem em função do aquecimento excessivo de seus componentes são, principalmente, por acréscimo de equipamentos elétricos que não foram acompanhados por adequações dos circuitos e dos dispositivos de proteção. O dimensionamento da carga precisa ser avaliado, revisto, adequado, as fiações e disjuntores, toda a instalação exige vistorias e manutenção. E não apenas corretivas, mas preventiva principalmente. A revisão das instalações elétricas é um item fundamental para evitarmos acidentes graves, como é o caso do choque elétrico e dos incêndios. Uma regra simples é contratar profissionais qualificados para avaliar as instalações antes de instalar novos circuitos e equipamentos elétricos.


Informação para Compartilhar

O especialista Ricardo Pereira de Mattos é membro da ABRACOPEL – Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade, cuja missão é conscientizar, através da informação e formação de profissionais, a população brasileira para os perigos que a eletricidade, quando mal utilizada, pode causar. Ricardo recomenda a Abracopel como uma fonte de consulta para as ações de segurança em instalações elétricas. “Suas orientações podem servir para serem compartilhadas com os moradores. Como exemplo, já podem utilizar a que segue”, conclui. 

A Abracopel aconselha uma revisão nas instalações elétricas residenciais a cada 5 anos, no mínimo, sempre feita por um profissional capacitado. Fique atento e nunca sobrecarregue a rede com o uso de benjamins, ou extensões, ligando vários equipamentos em uma mesma tomada. A prática é uma das principais causas de aquecimento dos fios e de curto circuito que evoluem para um incêndio.


LOWNDES REPORT – Que medidas são emergenciais e quais cuidados precisam ser permanentes? 

RICARDO PEREIRA DE MATTOS – Todo sistema complexo requer a existência de um piano de manutenção e de um responsável técnico por ele. Portanto, os sistemas de incêndio exigem esse tipo de cuidado e atenção. Deixar um sistema de incêndio sem um piano de manutenção significa expor as pessoas e o seu patrimônio a um risco elevado e desnecessário. A inspeção visual pode e deve ser feita por todos. Um treinamento básico nesse sentido, para os empregados do condomínio, é fundamental para se evitar surpresas desagradáveis caso ocorra um incêndio. Entre os itens a serem inspecionados visualmente, podemos mencionar, como exemplo, as caixas de mangueiras, onde se pode observar obstrução de acesso (móveis, caixas, armazenamento inadequado de materiais em seu interior), vazamentos nas conexões, ausência de mangueiras ou elementos rasgados, oxidados). É claro que essas inspeções visuais mais simples, que podem ser feitas até pelo síndico, não substituem as inspeções técnicas e os testes previstos nas normas.

LOWNDES REPORT – Além dessas instalações, que outros itens e ações sugere como especialista em segurança? 

RICARDO PEREIRA DE MATTOS – Sem dúvida, um item que pode fazer a diferença é o treinamento das pessoas, sejam elas os empregados do condomínio, os moradores, locatários, trabalhadores das lojas e salas comerciais, enfim, a população que frequenta diariamente a edificação. É importante que conheçam o piano de emergência e que sejam treinados em seus procedimentos. São informações básicas, tais como o conhecimento da rota de fuga (escape), o significado da sinalização de emergência, o reconhecimento do alarme de incêndio (quando aplicável), quais os telefones de emergência. como comunicar falhas observadas, enfim, informações úteis cujo conhecimento e aplicação da râ velocidade de resposta em uma emergência, seja para escapar com segurança, ou para o acionamento imediato do socorro. Uma maneira de verificar a eficácia do treinamento e do conhecimento requerido, é a realização de exercícios simulados, pelo menos uma vez ao ano.

LOWNDES REPORT – Como selecionar com segurança uma empresa para resolver problemas nas instalações de combate a incêndio? 

RICARDO PEREIRA DE MATTOS – Há dois canais de informação que precisam ser conhecidos e utilizados. Um deles é o Corpo de Bombeiros. No portal da instituição, há uma relação de empresas credenciadas pelo seu Departamento Geral de Serviços Técnicos para projetos, instalação e manutenção. O outro é o Conselho Regional de Engenharia, CREA, onde pode ser verificada a habilitação de um profissional a ser contratado. Para instalações elétricas e de gás, elementos importantes na prevenção de incêndios, há empresas credenciadas junto ao SINDISTAL que podem servir de referência na hora de obter um orçamento. Uma orientação fundamental é a de que para qualquer serviço contratado nessa área deve ser exigida a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). Ela é uma garantia que o serviço estará sob a responsabilidade técnica de um profissional habilitado.

LOWNDES REPORT – Outras dicas aos síndicos com relação a este tema? 

RICARDO PEREIRA DE MATTOS – Ao síndico é depositado pelos proprietários a confiança, acompanhada da responsabilidade por uma gestão competente. Por isso, toda vez que se tratar de assunto técnico, ainda mais vinculado à segurança das pessoas e do seu patrimônio, é importante delegar a responsabilidade técnica a quem tem essa competência legal. Os síndicos devem aproveitar os meios de divulgação junto aos condôminos para mostrar esses investimentos e sua importância, além de “lembrar” a importância do assunto, divulgando reportagens sobre incêndios e seus impactos. No caso de sistemas de incêndio, a fiscalização é frágil, ou seja, devemos fazer o que é certo, não porque alguém vai nos multar, mas porque isso vai impactar as nossas vidas e o nosso patrimônio. Quem perdoará um síndico que deixou de fazer a manutenção de uma rede de hidrantes e no dia do incêndio não havia água disponível? A rede de incêndio é invisível aos leigos. Por isso, investir recursos do condomínio em sua manutenção é algo que não “aparece” no dia-a-dia, mas que é fundamental em um dia crítico que ninguém deseja que aconteça, mas que se vier devemos estar preparados. Recomendo que os síndicos programem uma visita anual ao Quartel do Corpo de Bombeiros mais próximo. Se apresente, fale do seu condomínio, demonstre interesse no assunto, obtenha telefones de contato para dúvidas e esclarecimentos. O Corpo de Bombeiros é uma instituição respeitada e competente. Eles vão gostar de receber sua visita e quem sabe programar uma atividade, treinamento, simulado, enfim ajudar para que atuem de forma conjunta. Não se limite a saber apenas o telefone 193. Aproxime-se de quem trabalha por você.


Tome Nota

Taxa Condominial

É de 5 anos (quinquenal) o prazo prescricional para que o condomínio exercite a pretensão de cobrança de taxa condominial ordinária ou extraordinária constante em instrumento público ou particular, a contar do dia seguinte ao vencimento da prestação. A tese da 2ª seção do STJ foi fixada em novembro último, em julgamento de recurso repetitivo.


Uso de EPIs: Culpa Concorrente

A 9ª Turma do TRT entendeu que há culpa concorrente do empregador que não repreende empregado por não usar equipamento de proteção individual (EPI). No julgamento – de recurso impetrado por um ajudante geral contra empresa na qual trabalhava, onde teve perda total da visão de um olho quando estava sem os óculos de proteção -, os desembargadores levaram em conta o dispositivo da Constituição Federal sobre responsabilidade subjetiva. Os magistrados verificaram a coexistência de três elementos para a obrigação de indenizar: a constatação do dano, o nexo de causalidade com 0 trabalho e sua decorrência por dolo ou culpa do empregador. Eles também analisaram provas, como o depoimento de uma testemunha patronal responsável pela fiscalização do uso de EPIs, que contou ter chamado a atenção do funcionário várias vezes pelo não uso dos óculos, porém sem nunca adverti-lo por escrito. Em razão do reconhecimento de culpa também por parte do funcionário, foi decidida a distribuição proporcional dos prejuízos.


Norma Técnica

A Fundação Parques e Jardins publicou, no dia 15 de dezembro, a Portaria FPJ “N”n° 112/2016, na qual estabelece norma técnica para o plantio de árvores em logradouros pùblicos, em área interna de imóveis e para a formação de bosques, pomares, de vegetação ciliar e de reflorestamentos ecológicos, sob a responsabilidade da Fundação Parques e Jardins (FPJ). A Íntegra da portaria pode ser lida através do endereço eletrônico: www.sinduscon-rio.com.br/n_ agenda/d_ 141216/112.pdf


CNPJ Já é Obrigatório nas Homologações

Os condomínios estão obrigados a ter CNPJ para poderem agendar as homologações das rescisões contratuais dos seus empregados. A medida, divulgada pelo Sindicato dos Empregados de Edifícios Residenciais, Comerciais, Mistos, Condomínios e Similares do Município do Rio de Janeiro, por meio de circular endereçada aos Síndicos, Administradores e Administradoras de Imóveis, entrou em vigor em primeiro de Janeiro. Sem realizar as homologações das rescisões de seus empregados, os condomínios ficam sujeitos a multas. A medida é específica para as homologações feitas no Sindicato.


Destaque

Acessibilidade

Como adequar o condomínio, de modo correto, para dar livre acesso a todos

Imagem de banheiro adaptado

Exemplo de banheiro adaptado

Estamos fazendo uma rampa, pensando na idade dos moradores. Já tínhamos um projeto, mas por causa do desenho da portaria precisamos estudar mais e buscar ajuda para poder adequar dentro das normas. Ainda assim, tivemos que fazer a rampa com uma inclinação de 6% a 8%, acima da inclinação ideal. De outra forma, invadiríamos 2/3 da portaria. Foi preciso adaptar, fazendo o desenho em L. Era isto ou não fazer, o que estava fora de questão”, explica Pinheiro Junior, síndico do Edifício Ana Lúcia, em Ipanema.

No Edifício Ballon Rouge, em Copacabana, a síndica Márcia Regina Mibielli Peixoto, passou pelas mesmas dificuldades. Com dois cadeirantes no prédio, acabou, também, fazendo uma rampa com uma inclinação acima do ideal. “Mas, não fosse assim, seria mais complexo. Teria que estudar como e para onde mudar as instalações de entrada de água”, conta. Coincidentemente, os dois casos ficam em bairros que, apesar do grande número de idosos, têm poucos condomínios que já atenderam à obrigação de fazer as adaptações que garantam dar livre acesso, seja a cadeirantes, seja a qualquer um com dificuldade de locomoção.

Quem já fez, conta que foi desgastante, devido ao receio de não cumprir corretamente a norma e, também, por causa de críticas recebidas quanto à destinação da verba do condomínio para isto. “Nosso prédio e o do lado são os únicos na rua com rampa de acesso”, conta Márcia Regina, que guarda certa mágoa pelas acusações que recebeu na época, de fazer a rampa porque ganhara uma neta. “E eu nem havia pensado nisto. Mas deixa para lá. Na época, não havia ainda a conscientização que há hoje. E a verdade é que ela tornou-se útil para tanta gente, inclusive para uma das pessoas que reclamou”, afirma.

Alternativas Viáveis

Em resposta à inquietação, a arquiteta Vanessa Goulart, diretora do CVI Rio – Centra de Vida Independente do Rio de Janeiro, uma organização sem fins lucrativos que atua na área da deficiência, esclarece que a Norma Técnica da ABNT, NBE 69050/2015, considerou a questão da dificuldade de adequação das edificações antigas, listando três situações distintas. “A norma diz que o ideal é que a rampa tenha uma inclinação de 5%, mas, para isto, ela precisa ser longa. Então, considerei 8,33% aceitável. E também 10% e 12%, para casos específicos, como o desnível das soleiras, por exemplo, pois esta inclinação mais acentuada só pode vencer poucos centímetros. Com uma rampa longa, de inclinação muito alta, mesmo com um porteiro solicita ajudando a empurrar a cadeira, é possível que aconteça uma queda. E, ai, é processo certo contra o condomínio”, alerta a especialista, que diz já ter visto uma rampa cobrindo uma escada. “Uma loucura. Não é só por temer um processo. É a consciência de que pode ter contribuído para ferir uma pessoa”, completa.

A arquiteta reconhece que há prédios de difícil adequação, mas afirma que é preciso estudar as possibilidades para encontrar uma solução viável. Ela sugere pensar na entrada de serviço como opção. “Ainda que não ofereça as melhores condições – não é o ideal, pois se o condômino é pagante igual tem direito a acesso igual -, mas se ela também dá saída para a rua, ou pela lateral, pode-se pensar nela como alternativa. O que não se pode é colocar em risco a segurança das pessoas”, destaca.

Vanessa também ressalta que vê edifícios que não fazem a rampa e, no entanto, têm uma área de jardim na frente, que poderia facilmente ser adaptado. “Por que não considerar aproveitar a área? Não é descartar o jardim, mas integrá-lo. Pode até ficar muito bonito”, afirma. Caso a obra se mostre realmente inviável, há as alternativas mecânicas, que são os equipamentos projetados para dar acessibilidade a partir da estrutura que já existe. “Eles podem ser um pouco mais caros, mas dependendo da complexidade da obra, pode se tornar uma solução até mais viável”, diz. Entre as opções, há a cadeira que percorre a extensão da escada, o piano inclinado, que é retrátil e não precisa ocupar espaço de forma permanente, o que é importante para quem tem uma área restrita, e a plataforma, também chamada elevador aberto, que exige a destinação de um espaço fixo para ele.

A diretoria do CVI afirma que a adaptação exige rever conceitos, pois tudo depende da prioridade que se dá a cada questão. “As obras para dar livre acesso são como quaisquer outras. Seja ela para proporcionar acessibilidade a todos ou refazer toda a parte elétrica ou hidráulica de um prédio, todas são necessárias. Quem dá uma abordagem diferente é porque não viveu a experiência de ter dificuldade de locomoção, nem pessoalmente nem com um parente próximo”, diz.

Detalhes que Fazem a Diferença

Para além da importância que se dá ao tema, as obras de adaptação em construções já existentes são obrigatórias. O síndico não pode deixar de cumpri-las. E já é considerável o número de processos na Justiça exigindo a realização de intervenções de acessibilidade.

E esta adaptação não se restringe à construção de uma rampa. Um espaço adaptado inclui de sinalização visual e comunicação em brade, a colocação de barras de apoio, de fitas antiderrapantes, a remoção de obstáculos. São vários pequenos cuidados como os corrimãos contínuos, a cadeira de rodas na portaria para auxiliar quem chega ao condomínio com mobilidade reduzida, a reserva de vagas de garagem que privilegiam o acesso mais próximo aos elevadores.

Mas a lei não é inflexível e chega a usar o termo “Adaptação Razoável”, que pode ser traduzido como “modificações e ajustes necessários que não acarretem ônus desproporcional e indevido, quando requeridos em cada caso, a fim de assegurar que a pessoa com deficiência possa gozar ou exercer, em igualdade de condições e oportunidades com as demais pessoas, todos os direitos e liberdades fundamentais”.

A arquiteta chama a atenção, no entanto, para um aspecto fundamental. “O atendimento à norma, em si, sem a vivência do problema, pode levar a erros por pura desatenção. É comum, por exemplo, a adaptação de banheiros, até maiores que a orientação, com uma pia pequena de canto, só porque está prevista na norma. Mas sem outros cuidados. É a papeleira em local de difícil acesso, a lixeira de pedal. E que sentido faz uma lixeira de pedal para cadeirantes? Se a pessoa não têm compreensão do para quê serve cada um daqueles itens e como são usados, como podem atender à obrigatoriedade apenas olhando a norma?”, questiona.

Vanessa propõe que o síndico conscientize a coletividade, disponibilizando uma cadeira de roda para que experimentem o que é esta situação. Ou o uso de uma venda para entender a dificuldade de um cego. “Só isso já dá uma noção diferente da questão. Uma pessoa que passou pela experiência pensará duas vezes antes de colocar um vaso de plantas no acesso até o elevador, por exemplo”, exemplifica.

Este distanciamento das pessoas da questão da acessibilidade torna-se menor quanto mais pessoas com dificuldade de locomoção circulam pelos diferentes espaços públicos, que é o objetivo final da obrigatoriedade do desenho universal, da garantia do livre acesso através de leis e normas.

É importante considerar ainda que esta é uma condição a que qualquer um está sujeito. E até faz parte de uma etapa da vida, como acontece com a criança, que não alcança a mesma altura que um adulto, ou com um idoso, que não tem o mesmo ritmo, força, equilíbrio e precisão de movimento que uma pessoa em idade média. “Todos nós, se tivermos a sorte de ter uma vida longa, passaremos por situações de necessidades especiais. E ninguém está livre de sofrer um acidente e passar por um período com uma necessidade de acesso amplo. É por isto que a acessibilidade precisa ser vista sem preconceito, sem esta coisa de que é para poucos. Assim, o investimento passa a ser encarado como cada vez mais válido e necessário. Ninguém questiona quando é preciso trocar tubulação, instalação elétrica, ou uma reforma de portaria. É sabido que o prédio foi construído há muitos anos e está em desacordo com os padrões atuais. Reformar para dar acessibilidade, é a mesma coisa”, afirma.


Condomínios com Soluções Corretas de Acessibilidade que já Estiveram na Revista

Foto de elevador aberto, no Edifício Praia Rio

O elevador aberto, escolha de solução eficaz no Edifício Praia Rio

Foto de rampa na área de serviço de um condomínio

Rampa na área de serviço feita pela síndica Deu Certo desta edição

Foto de rampa no Edifício Maria dos Anjos

Rampa integrada ao jardim na portaria do Edifício Maria dos Anjos


CVI Orienta e Presta Serviços

Um dos diferenciais do Centro de Vida Independente é ter sido criado e ter pessoas com deficiência na sua liderança. Seus especialistas prestam três diferentes serviços: consultoria a edificações existentes – que gera um relatório de acessibilidade, com as características, pontos críticos e possíveis soluções; a consultoria a projetas – que assessora um projeta em desenvolvimento; e o projeto de acessibilidade – que desenvolve o projeto arquitetônico necessário à adaptação.

“Não conheço nenhuma outra instituição que tenha consultoria com profissionais de arquitetura que são ou convivem com deficientes dos mais diversos tipos. São muitas as necessidades de se dispor de um livre acesso para todos e o conhecimento, aliado à experiência, faz diferença”, considera.

O CVI aconselha que se aproveite uma modernização da portaria para empreender as obras que visam a acessibilidade e, com isto, não apenas atender à lei, mas também valorizar o imóvel. Mas, para fazer sem riscos, sua principal recomendação é para que se contrate um arquiteto, a fim de pensar a melhor solução, dentro das especificações técnicas e aspectos estéticos. “Isto é fundamental para não ficar aquele apêndice, algo estranho à edificação, mas integrado a ela, a partir de soluções criativas e adequadas”, conclui.

O CVI fica na área de estacionamento da PUC-Rio, na Gávea, e o seu endereço eletrônico e telefone para contato são: www.cvi-rio.org.br, tel: (21) 2512-1088.


Deu Certo

Administração Presente e Conciliadora

Edifício Brasil

Foto da fachada do Edifício Brasil

Fachada do Edifício Brasil

Regina Célia de Oliveira Castro é moradora há 47 anos do Edifício Brasil, em Ipanema, e sempre foi atenta e participativa na vida condominial. No início dos anos 80, quando um grupo de senhores que se revezavam há anos na condução do condomínio passou a realizar as reuniões na administradora, no Centro, dificultando sua participação, ela ofereceu sua casa. E foi abrindo espaço para receber os demais condôminos para as reuniões condominiais que surgiu a sua indicação para síndica. “Nos tínhamos um grupo de mulheres coeso e presente em tudo, o síndico trabalhava fora e chegou até a ter uma situação em que pediu para sair porque a mulherada estava mandando muito”, brinca.

Hoje, depois da sexta reeleição, Regina se mantém de portas abertas, realizando os cuidados com o edifício, sempre atenta aos anseios dos moradores, motivo pelo qual conquistou sua confiança.

Para começar sua primeira gestão, fez do fundo de reserva um meio para realizar melhorias constantes no prédio. Atenta à conservação, foi uma das primeiras a entregar o laudo de autovistoria para a prefeitura, experiência que considerou um divisor de águas. “No dia a dia são muitas coisas e priorizar o que fazer não é tão simples. Com a vistoria, é como se passássemos a contar com um mapa para ir cuidando do prédio com mais segurança”, afirma. Desde então, Regina vem empreendendo correções e melhoramentos, sempre com um olho no atendimento às necessidades estruturais e de conservação e outro no bem estar dos moradores. É por isto que todas as vezes que precisa fazer uma cota extra para uma obra de maior vulto, como foi a reforma dos elevadores, lamenta. “Procuro trabalhar sempre com bastante economia. Eu mesma saio a procura de produtos e serviços com bons preços, mas nem sempre é possível”, diz.

Regina considera que se a pessoa está pagando, ela quer ver o que está sendo feito e, por isso, não descuida do prédio. Com zelo, criatividade e soluções que se revelam encantadoras.

Foto de Regina Célia, no espaço de convivência do Edifício Brasil

Regina, no espaço de convivência ganho depois que gradeou o acesso ao Edifício Brasil

Foi assim com um grande desafio, que foi a colocação de uma grade na frente do prédio. “Foi difícil porque, a princípio, não queriam. Mas a nossa entrada parecia que fazia parte da rua. Estacionavam aqui e no Carnaval, então, ficava um horror. Com a colocação da grade e dos vidros valorizamos a entrada, garantimos segurança e privacidade, e ainda ganhamos um cantinho agradável, hoje usado como um espaço de convivência”, afirma, acrescentando que ela mesma é a jardineira do lugar. “Plantei abacateiro, espatodea e palmeiras. Elas atraem passarinhos, nos dão sombra e até um pouco de proteção contra o barulho da rua. Sem contar na beleza”, comemora. 

Uma reforma que também exigiu habilidade da síndica foi a reforma do playground, que aconteceu para resolver outro problema. “A nossa escada é muito íngreme e cheguei a chamar uma arquiteta para resolver a questão da acessibilidade no prédio. Mas não quiseram pagar”, conta, acrescentando que foi por isto que optou por reformar a entrada de serviço e a área do play para oferecer um acesso por ali de padrão similar ao da entrada social. Ela aproveitou que as portarias ficam lado a lado e, com espaço de sobra, fez uma rampa longa, com a inclinação correta, piso adequado e corrimão, tudo integrado ao play, a garagem e ao elevador. “Depois de gerar resistência, com tudo pronto a receptividade foi excelente. A área é pequena, mas ficou aprazível. Também fiz um lava pés e atualmente esta entrada serve para muitos moradores e não apenas para os cadeirantes, mas também para os com carrinhos de bebê, com bicicleta, ou com qualquer outra dificuldade de se locomover”, completa.

A síndica se vale de alguns engenheiros que moram no prédio para perguntar sobre a possibilidade de desenvolver uma ideia ou outra. E, assim, consegue fazer as obras necessárias, algumas até mais complexas, como a de esgoto e de cisterna, isto sem as plantas originais. “Foram grandes desafios e ao longo destes anos o prédio foi melhorando. Obras necessárias e de embelezamento. Acho fundamental, pois a pessoa está pagando mas está vendo o trabalho sendo feito. Hoje temos um prédio de 60 anos, mas com aparência de 20 anos, pois está sempre muito cuidado”, comemora.

Zelo faz Com que Continue

Conhecida por ser muito conciliadora, a síndica está agora às voltas com uma situação desagradável por causa de um restaurante vizinho. “Todos reclamam, pois parece que temos uma churrasqueira dentro de casa”, conta. Depois de quase um ano de conversas amigáveis com o proprietário, que chegou a ir ao prédio a convite da síndica para sentir “o drama” dos moradores, viu a animosidade voltar, depois que um morador entrou na justiça sem falar com ela. “O proprietário tornou-se arredio novamente. Ele está errado, sabe que precisa colocar uma chaminé com um filtro específico, mas quer fazer isto usando a empena do prédio, e isto os moradores não querem. Vamos ver agora como lidar com isto. Contornar divergências para chegarmos logo a uma solução”, diz.

Por esta e por outras, depois seis anos seguidos como síndica, começa a achar que já é hora de mudar. “Havia pensado em sair em agosto, mas entraria um síndico de fora e decidi seguir mais um pouco”, conta. Regina agradece a equipe e aos moradores a confiança, dizendo que não teria conseguido manter-se síndica por tanto tempo se não fosse a equipe de trabalho, que considera maravilhosa. Quanto aos moradores, dos vizinhos da mesma época que ela, restou apenas uma família. E, apesar do público diferente, maioria mais jovens, com outros interesses, todos entendem que os apartamentos são antigos e exigem que estejam sempre dando algum toque. “Eles sabem que estamos atentos e, com isso, conseguimos harmonizar o condomínio. Este é o meu temperamento. O mais importante é ter paciência e boas relações com todos, e isto eu tenho. Sou uma sortuda”, diz.

A lista de obras realizadas é grande: modernização dos elevadores, pintura das empenas, colocação da grade, reforma de casa de bombas, correção de vazamento no telhado, troca de para-raios, de caixas d’água e de mangueiras, criação de um deque e pintura da garagem. Regina também investiu na redecoraçâo da portaria social, que ganhou móveis novos. Fez novo balcão de atendimento e aproveitou o que foi possível, forrando puffs e sofá. “Dei cara nova ao prédio com pouco investimento”, conclui.


Porteiros

Postura Profissional para Vencer Adversidades

Josemar Ferreira Tavares Porteiro
Chefe do Edifício Lowndes II

Foto de Josemar Ferreira, no balcão da portaria

Josemar Ferreira Tavares é porteiro-chefe do Edifício Lowndes II

Era 1982 quando Josemar Ferreira Tavares começou a trabalhar no Edifício Lowndes II, no Centro. Ele era entregador há cinco anos e já tinha feito amizade com o porteiro do prédio, que o convidou para uma vaga de ascensorista. Com o passar do tempo, o porteiro percebeu que aquele jovem de 20 anos tinha maturidade e responsabilidade, sendo melhor opção para auxiliá-lo. Josemar mal começou na nova função e o porteiro faleceu. Sem conhecimento, com a responsabilidade de cuidar da portaria e do prédio, e ainda de ocupar a vaga de um profissional com 40 anos de trabalho ali, teve que superar medo, insegurança e mostrar que era capaz.

Hoje, 34 anos depois, ele ainda lembra daqueles tempos como o maior desafio de sua história de trabalho. “Não houve tempo sequer para ele me passar tudo o que eu precisava saber sobre o serviço. Fiquei seis meses sozinho, jovem e inexperiente. Não fosse a compreensão dos condôminos e o apoio da síndica e da administradora, seria mais difícil. No final, foi uma experiência que me fortaleceu, me deu segurança”, lembra.

Ao longo de todo este tempo ele passou por outros momentos em que pode reforçar o seu sentimento de que encontrou o trabalho que queria e tem habilidade para executá-lo. Em uma época que faltava água na rua e, muitas vezes, era preciso recorrer a carros pipa, teve jogo de cintura para lidar com a situação. “Imagine em um prédio comercial o condômino chegar numa segunda-feira e saber que começaria o dia sem água. É preciso cuidado para falar e expor o que está acontecendo para ser compreendido”, destaca.

A experiência serviu para ajudá-lo em outro momento também difícil, quando o prédio adotou um controle de acesso. “Houve uma época em que não tínhamos esta preocupação com a segurança, como temos hoje. Mas quando começaram os primeiros assaltos conhecidos como saidinha de banco, todo o processo para entrar no prédio mudou e era preciso pedir paciência, fazer com que compreendessem que as novas regras eram para o bem de todos. E aqui é complicado, uma rua estreita, quase sem calçada, é fácil para um malandro atacar alguém aqui”, explica.

Dia a Dia Tranquilo com Organização

A rotina do porteiro chefe começa cedo, uma hora antes do prédio abrir, para que possa percorrer todos os andares, ver se está tudo certo e preparar o que precisar para, só depois, ocupar o lugar na portaria onde controla o acesso dos condôminos e seus empregados, recebe entregadores e prestadores de serviços e mantém tudo em ordem.

“Hoje temos uma tranquilidade grande porque criamos uma organização de trabalho que faz a rotina fluir, pois item a item tudo é verificado diariamente para evitar que chegue a dar problemas”, afirma.

A representante da síndica, Simone Ramos, é só elogios ao porteiro chefe. “Nestes 14 anos que trabalho com ele nunca tive motivos para dizer nada em contrário. É educado, discreto, tem iniciativa e uma boa postura no atendimento aos condôminos. Uma coisa que gosto, e me ajuda muito, é o feedback que dá sobre tudo o que acontece no prédio”, enaltece. O fato de Josemar conhecer cada palmo do edifício é outro fator que faz questão de destacar como um aliado. “Ele tem este conhecimento e além disto é muito atento aos cuidados cotidianos que o condomínio exige, o que é ótimo”, completa.

Josemar é casado e tem um casal de filhos maiores de idade, mas ainda sem filhos, e diz que até prefere não ter netos agora, pois acha que é preciso esperar a crise passar. Caseiro, aproveita as horas livres para cuidar da casa ou assistir a um futebol na TV. Quando perguntado, orienta que a profissão de porteiro não é o que se pensa. “Muita gente pensa que é fácil. É chegar, sentar e esperar as horas passarem. Mas é um trabalho mental e físico. Requer habilidades diferentes e, especialmente, paciência e bom relacionamento com todo tipo de pessoa, sabendo que não dá para agradar a todos o tempo todo, mas que acima de tudo deve imperar o respeito. Fazer o outro entender que respeitar as regras é seu trabalho e, para o seu próprio bem, não é nada simples, afirma.

O porteiro destaca ainda que é preciso primeiro saber se é isto mesmo o que se quer. Se será capaz de ser responsável e confiável como a função exige, pois o dia a dia é cheio de responsabilidades. “Mas, se for bom funcionário, esta é uma boa profissão”, conclui.


Ações Positivas

O Maior Amor do Mundo

Sociedade União Infantil Protetora dos Animais. Assim se chamou a SUIPA inicialmente, quando seus fundadores iam cuidar dos animais abandonados acompanhados de seus filhos. Muitos anos se passaram e a instituição cresceu em trabalho e ajuda. Uma batalha diária para conseguir resgatar e atender a cães, gatos, cavalos e muitos outros animais abandonados, acidentados, maltratados, muitos deles feridos gravemente.

Tratá-los, garantir-lhes abrigo e alimentação custa caro e a Entidade, sem fins lucrativos, depende exclusivamente de doações, de voluntários e de amigos para seguir com seu trabalho baseado no princípio de que todos os seres vivos têm direito a viver dignamente.

Serviços e Programas: Adote um focinho Carente

Este é um programa permanente da SUIPA e acontece aos sábados, entre 8h e I4h. A barraca da SUIPA fica no bairro do Flamengo, em frente à antiga TV Manchete, com animais adultos e sem raça definida, para serem adotados. Certifique-se dos dias naquele local, na página principal do site da SUIPA: www.suipa.org.br.

Trabalho Terapêutico

É sabido que o contato com animais faz bem e a SUIPA desenvolve programas “rabinhos felizes” e “suipinhas”, no qual realizam trabalho terapêutico em asilos, hospitais e orfanatos.

Foto de artistas com seus pets

Artistas ajudam divulgando as campanhas da SUIPA

Abrigo

Atualmente, cerca de 5.000 animais, a maioria cães e gatos, estão no abrigo da SUIPA, que realiza resgate e também recebe os animais que são resgatados pelo Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Policias Civil, Militar e Federal, além de empresas privadas e Prefeituras de municípios próximos. A maioria dos animais resgatados chegam em estado crítico e muitos vem a falecer. Os animais abrigados são esterilizados e vacinados. Animais anti-sociais ficam em canis separados.

Atendimento Veterinário

Uma equipe de veterinários e auxiliares de serviços veterinários trabalha atendendo os animais abrigados. Todos os animais que chegam à SUIPA recebem tratamento veterinário e tem assegurada a oportunidade de um lar através da adoção.

Crematório

A SUIPA possui um forno crematório para uso do abrigo, mas permite a utilização do mesmo pelo público externo.

Assistência Veterinária

A SUIPA presta assistência veterinária a preços populares em sua sede, com realização de consultas, exames e cirurgias. O atendimento é realizado por ordem de chegada e é necessário apresentar documento de identidade com foto e comprovante de residência para fazer um cadastro. As senhas para consulta são limitadas e o atendimento acontece de segunda a sexta, das 8h30 às 16h, e aos sábados das 8h30 às 12h. As cirurgias de esterilização precisam ser agendadas.

Resgates

A SUIPA dispõe de uma ambulância para socorrer animais em vias públicas. Cerca de oito a doze animais (a maioria cães e gatos) em estado emergencial são recolhidos diariamente. Quando são animais de grande porte, como cavalos, a SUIPA paga um caminhão já adaptado para transporte de equinos e o cavalo recebe atendimento e proteção no abrigo da Entidade.

Como Participar e Ajudar

As necessidades são muitas. Só para alimentar os animais, são necessárias 1,5 toneladas de ração por dia. E a SUIPA não recebe qualquer tipo de ajuda financeira de autoridades brasileiras e se mantém em atividade graças às contribuições mensais de seus associados em todo país.

A Entidade realiza campanhas para a doação de alimentos e medicação, mas toda a ajuda é fundamental e se estende a jornais, potinhos e vasilhas, material de construção e de limpeza. A doação em espécie também é muito importante, pois permite comprar frutas, legumes, feno, alfafa e alimentos mais específicos, inclusive papinha para os filhotes, e ainda pagar os salários dos 152 funcionários.

Para saber mais e colaborar, entre em contato pelo telefone 3297-8750, ou pelo Fale Conosco direto na página principal do site da SUIPA. Para associar-se, entre em contato pelo endereço [email protected], ou pelo telefone 3297-8777.

No site da Entidade também é possível preencher um formulário para fazer a doação através de boleto bancário. Já os depósitos bancários devem ser realizados, com posterior envie de comprovante com nome, endereço e telefone para identificar a doação e obter um recibo, para a conta: Sociedade União Internacional Protetora dos Animais, CNPJ 00.108.055/0001-10, Banco do Brasil, Agência: 1211-4, Conta Corrente: 404.815-6.

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Lowndes

Administradora Condomonial no Rio de Janeiro

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