Este documento é parte do nosso Acervo Histórico

Lowndes Report – A Revista do Condomínio Nº 123

1 de julho de 2015
É fundamental destacar que as informações contidas em nosso arquivo histórico são uma expressão do contexto da época em que foram produzidas. Elas não necessariamente refletem as opiniões ou valores atuais da nossa empresa. À medida que progredimos e nos ajustamos às mudanças em nosso entorno, nossas visões e princípios também podem evoluir.
Foto da Capa Lowndes Report 123

Editorial

Sobe? Em edifícios os elevadores são os principais veículos e não podem ficar parados. Apesar disto, é grande o número de condomínios com queixas quanto ao desempenho de seus equipamentos. Como encontrar a melhor solução para cada caso? Ouvimos especialistas e um síndico que encontrou um meio para resolver o problema. Eles mostram que é possível manter o sobe e desce com tranquilidade, conforto e segurança. 

A entrada e a saída de pessoas é outro ponto delicado para os condomínios, cada dia mais atentos aos cuidados com o controle de acesso para evitar tornarem-se vítimas da violência. As tecnologias, os procedimentos e as melhores dicas estão aqui para ajudar. Ainda falando em segurança, vamos saber mais sobre o uso dos grupos geradores que, independente das oscilações ou quedas de energia, nunca deixam o edifício sem luz. 

E luz é o que não falta nas dicas do síndico Deu Certo e da especialista em Recursos Humanos, na entrevista da edição. Boas ideias e experiência balizada em casos que podem ser replicados para o seu sucesso na administração do condomínio. 

Aproveite e boa leitura!


Espaço Lowndes

Prata da Casa: Homenagem Mais que Merecida

Palavras nem sempre são suficientes para expressar sentimentos mais profundos, como gratidão e respeito. Tão pouco são suficientes para representar a admiração pela pessoa, no caso o Diretor Executivo da Lowndes, José Carlos de Oliveira, que acaba de aposentar-se de uma empresa que em breve completará 80 anos, tendo ele participado ativamente da construção desta história, que é também a história da administração de condomínios no Rio de Janeiro, por mais de 40 anos. Como agradecer a quem sempre esteve presente e incentivou os colegas de trabalho a serem melhores pessoas e profissionais? 

José Carlos de Oliveira começou a trabalhar na Lowndes em 1972, com 22 anos, no setor de mecanografia, algo como o atual setor de informática por sua importância para operacionalização das tarefas mais fundamentais dentre de uma empresa. O meio corporativo era outro, o mercado, o mundo era em tudo diferente. “Mais fácil e mais simples”, comenta, nem um pouco nostálgico. Perguntado sobre o que pretende fazer na aposentadoria, responde de pronto: “Nada. Nada além de aprender a não fazer nada. Trabalho há muitos anos, desde muito jovem. É hora de aprender algo novo. Meu projeto atual é preparar-me para uma nova vida”, brinca. Com o mesmo entusiasmo que abraçou a empresa reconhecendo nela a seriedade, mas também as oportunidades de respirar o espírito arrojado, o foco nas novas ferramentas, na criação de serviços e produtos, para facilitar a vida dos clientes, despede se do trabalho para abrir novas possibilidades à qualidade de vida: “O tempo é um bem muito precioso, o mais precioso que temos. É preciso aproveitá-lo enquanto é possível”, afirma.

Foto de José Carlos

José Carlos de Oliveira: mais de 40 anos dedicados à Lowndes

Deixa para três amigos. Uma legião de gente que pôde aproveitar não apenas os ensinamentos que transmitiu, mas também o seu profissionalismo, comprometimento e parceria. Todos agradecidos por todos esses anos dedicados ao crescimento e à consolidação desta empresa e deste mercado, que deixa mais profissional. Com base em toda a vivência no negócio é que comenta otimista o futuro que vislumbra como certo. Um futuro muito melhor “Com mais profissionalismo e seriedade, com ferramentas facilitando a vida dos clientes, o diferencial será a qualidade do atendimento, o relacionamento. Este é o caminho que o mercado já está percorrendo”, diz. Para ele, as pequenas empresas, que hoje já praticam preços aviltantes, não conseguirão se manter e sobreviverão apenas as administradoras mais sérias, capazes de oferecer aos clientes um alto padrão de atendimento, com serviços capazes de fazer frente às crescentes demandas, novas leis, processos de fiscalização e controles do governo, que recaem sobre os condomínios. 

Agradecimentos sinceros pelo carinho e por todos estes anos de um exercício da atividade profissional dignificante que, por décadas, garantiu o sustento de cerca de 100 famílias, se pesados apenas os colegas de trabalho. Afinal, contribuir para a boa administração de imóveis e condomínio é intervir da melhor maneira para garantir segurança e tranquilidade de morar e trabalhar para quantos? Sua parcela de contribuição na edificação de uma sociedade torna-se enorme.

Por ser responsável pela busca diária da qualidade dos serviços prestados por esta empresa, por todos estes anos de convivência em torno de um trabalho sadio e voltado a uma sociedade melhor, a Lowndes e todos os seus colaboradores agradecem. A aposentadoria é apenas um período conquistado. Que seja mais uma experiência muito bem vivida.

Atualidade

Controle de Acesso: a segurança condominiaI levada a sério

Para o enfrentamento da violência, novas tecnologias, condutas e estratégias são desenvolvidas buscando garantir tranquilidade para a população. Equipamentos, softwares e o estabelecimento de um conjunto de procedimentos específicos para cada caso são  os meios mais eficazes para elevar o nível de segurança, são  também uma forma de valorizar o patrimônio. O item segurança é um dos mais valorizados pelas pessoas que buscam imóveis  em condomínios. 

E é o controle  de acesso uma das estratégias mais citadas por especialistas em segurança como forma de prevenção. Policiais, consultores e empresários do setor de tecnologia da segurança reafirmam que bandido gosta de facilidade. “O controle  de acesso é um dos itens que mais inibem a ação dos criminosos. Entre um empreendimento sem barreiras e outro em que encontrará dificuldades de acesso, escolherá sempre o primeiro“, afirma Deise Mury, representante comercial de uma empresa que há quase 50 anos oferece soluções  em tecnologia de segurança e telefonia. 

Mas quais  itens compõem este controle? O que há de mais moderno e eficiente para auxiliar os condomínios a realizar esta importante ação pela segurança? 
“Com o cadastramento pessoal como obrigatoriedade para entrar nas dependências, seja por documento com foto, biometria ou outra tecnologia instalada (facial ou íris), inibe-se a entrada de pessoas que queiram causar qualquer tipo de transtornos, além de permitir criar um relatório do trânsito dos moradores e funcionários, facilitando a gestão da segurança do condomínio”, afirma Deise.

Foto de Deise Mury

Com o cadastramento pessoal como obrigatoriedade para entrar nas dependências, inibe-se a entrada de pessoas que queiram causar qualquer tipo de transtornos

Deise Mury, representante comercial

Segundo a especialista, um controle  de acesso eficiente deve dispor de um servidor central com todos os registros realizados por um determinado período, um software de gerenciamento e uma central de cadastramento. Além destas são  necessárias ainda as barreiras físicas como catraca, cancela, torniquete e porta controlada, por exemplo. E os periféricos de leitura, seja por biometria, leitor de cartão, leitor facial ou leitor de íris.

O que não  falta é solução em um mercado que investe cada vez mais em tecnologia. Entre as opções mais modernas estão  o controle  biométrico, com leitura direto pela digital do usuário, que em média pode ser encontrada por R$1.500,00. Com custo mais elevado, o ainda recém lançado controle de leitura facial, tem preço que varia conforme as necessidades do projeto. Já os itens que precisam ser distribuídos aos usuários, as pulseiras e chaveiros de leitura, com tecnologia que permite inclusive o acesso e o uso em saunas ou piscinas, tem custo em média de R$20,00. 
Mas há opções para todos os bolsos. “Uma solução simples, de baixo custo, porém muito eficaz é a leitora Stand Alone, para utilização em portas com fechaduras elétricas”, comenta Deise Mury.

Soluções para Todos

E nem todos se valem de alta tecnologia. Há quem tenha encontrado uma solução simples, mas eficaz para o controle  de acesso das garagens. É o caso do condomínio Vivenda das Acácias, no Jardim Botânico, cujas vagas não  são  demarcadas na convenção. Com a sorte de dispor de mais vagas que carros, a administração cuida para que tenha total controle  de que carro está entrando e saindo. E também do número  de veículos que cada morador está colocando na garagem. “Determinamos apenas tamanho de veículo por vaga. Há especificação para pequenos, médios e grandes. Nestes espaços, organizamos melhor a garagem, com segurança para os veículos e sem aborrecimentos”, conta o síndico Carlos Alberto Aguiar. 

Os cartões em material plástico tem uma cor e duas numerações  específicas: unidade e quantas vagas podem dispor. Ao entrar, o morador recebe o cartão que precisa  ficar pendurado no retrovisor dentro do carro. Ao sair, precisa  devolver o cartão ao porteiro. “Desta forma, precisam abrir o vidro e podemos confirmar quem de fato está entrando, ou saindo, e todo o controle  é feito de forma simples e segura”, completa.

Cartões para identificação nos condomínios

Os cartões em material plástico tem uma cor e duas numerações
específicas: unidade e quantas vagas podem dispor

Normas e Procedimentos para uma Segurança Eficaz

O cuidado com a orientação das pessoas é fundamental. Afinal, o que fragiliza qualquer controle  de acesso, ainda que o mais caro e inovador, é a falta de procedimentos de utilização do sistema de fato acatados pelos usuários. “Existe uma grande dificuldade de entendimento e de aceitação sobre a necessidade de mudanças comportamentais nos empreendimentos, principalmente nos residenciais, fragilizando a eficácia do sistema”, afirma a especialista Deise Mury. 

É por isto que nos condomínios administrados pela Lowndes um manual de procedimentos para o controle  de acesso está sendo proposto. O objetivo é que os porteiros saibam como proceder na abordagem, identificação e acesso seja de morador, empregados do morador, visitantes, veículos, prestadores de serviços ou entregadores, a partir de normas acordadas e acatadas pelos condôminos. “Sugerimos normas com base em manuais de segurança em condomínios, feitos por oficiais da polícia e instrutores de segurança patrimonial, que são levadas a aprovação dos condôminos tanto para que as atendam como também para que tenham consciência da importância de sua participação efetiva nas ações  pela segurança”, explica Simone Ramos, Supervisor Predial CONDOplus

Segundo a Supervisora, tendo um manual que sirva de roteiro de como se deve fazer para controlar a entrada e saída de pessoas, veículos  e materiais, o porteiro também se sente mais seguro para realizar o seu trabalho. “A adoção de um manual de segurança contribui para aumentar o sentimento de segurança. O porteiro trabalha mais tranquilo, sabendo o que deve ser feito em cada situação, e todos os que circulam pelo condomínio têm também a tranquilidade de saber que ali há ações  efetivas para evitar que bandidos tenham acesso à edificação”, completa Simone.

No condomínio High Résidence, em Jacarepaguá, o controle  se dá através do uso de TAG, com o próprio sistema fazendo a leitura, abrindo e fechando os portões. “Cada morador recebeu um chaveirinho e cada um corresponde a um nome vinculado à unidade. Quem perde precisa avisar imediatamente para que ele seja cancelado e gera-se um novo”, conta o síndico Márcio Lemos, que diz que a modernidade é importante, mas que nada substitui uma boa orientação dos porteiros e o cuidado de evitar uma maior rotatividade dos empregados, investindo em confiabilidade. “A gente está  sempre conscientizando. São 118 unidades e o mesmo vale para os moradores”, acrescenta. 

Foto do síndico Márcio Lemos

Cada morador recebeu um chaveirinho que corresponde a um nome vinculado à unidade. Quem perde precisa avisar para que ele seja cancelado e gera-se um novo

Marcio Lemos, síndico do condomínio High Résidence 

O condomínio também investiu no aumento do número de câmeras, a fim de cobrir todos os pontos vulneráveis. “Quando recebemos o prédio, não  tinha câmeras nos elevadores, por exemplo”, conta.

O que os especialistas dizem é que segurança envolve, necessariamente, o uso de barreiras físicas atuando eletronicamente para inibir e identificar pedestres e veículos em determinadas áreas. O ideal é que estas sejam integradas, no mínimo, com câmeras e alarmes, para em caso de sinistro medidas eficazes possam ser tomadas.

Monitoramento de ambientes por imagens com gravação em formatos digitais e transmissão  via internet para dispositivos como smartphone, tablets e computadores são  a última moda. Os eventos detectados pelos equipamentos de alarme podem ser monitorados remotamente através de linhas telefônicas, sinais de rádio e outros. São  fundamentais os equipamentos de alta performance, para que depois se possa dispor das imagens que, atualmente, são ferramentas fundamentais nas investigações policiais e na elucidação e até solução dos crimes. 

“Os síndicos devem valorizar a contração de soluções completas, que incluam diagnóstico e análise de risco e recomendações, criação de normas e procedimentos de segurança, especificação e quantificação de equipamentos e soluções, além da instalação de equipamentos. Isto facilita o dia a dia da administração”, conclui Deise.


Capa

Modernização de elevadores 

Como obter sucesso na solução para inúmeros problemas em um dos itens mais fundamentais para os condomínios?

Modernização de Elevadores em Condomínios

Dentre as situações  mais comuns que levam o condomínio a optar por uma modernização dos seus elevadores estão a manutenção  que já não  consegue mantê-los funcionando de forma segura, ininterrupta e confortável, o elevado consumo de energia que gera para o edifício, ou o desejo de que contribua para dar um aspecto mais moderno, embelezar e valorizar o prédio. Mas, a obra de vulto, se realizada sem critério, pode resultar em frustração. Especialmente, se eles seguirem apresentando problemas. 

A atualização técnica do elevador é recomendada pelos fabricantes para viabilizar a continuidade do funcionamento dos equipamentos antigos. Ela tanto pode ser uma reforma total, como uma reforma parcial, dependendo do estado do elevador, da capacidade da tecnologia que possui “conversar” com as novas tecnologias, ou não. Por vezes, somente uma troca do equipamento antigo por um novo resolverá. No Brasil existem apenas três grandes fornecedores e mais duas outras empresas de menor porte começando a atuar no mercado. É pouco para um número de edificações que não para de crescer. O GEM – Gerência de engenharia mecânica, órgão do Rioluz, tem cerca de 100 empresas habilitadas tanto para manutenção como para reforma de elevadores. Mas, de um modo geral, as empresas têm poucos técnicos para atender o grande número  de equipamentos instalados. 

A vida útil de um elevador é estimada em 20 anos. E se há muitos empreendimentos sendo lançados, há muitos outros com 40, 50 anos de funcionamento. Nos centros urbanos, com edifícios comerciais exigindo centenas de viagens pela grande circulação de pessoas e nos bairros atingidos pela maresia, o desgaste de componentes é ainda maior. Assim, a demanda por técnicos de manutenção e por peças e equipamentos é muito maior do que a oferta. Como os elevadores não  podem ficar parados e o número  de chamadas é muito grande, falta tempo suficiente para executar uma manutenção preventiva. Quem já se deu ao trabalho de analisar as ordens de ocorrências conta que as chamadas são  recorrentes para um mesmo problema. 

Modernizar um equipamento destes, no entanto, não sai barato, em média 60 mil para os residenciais, que são menos exigidos. Por outro lado, equipamentos antigos geram um alto consumo de energia elétrica, exigem trocas mais frequentes de peças e ainda trazem insegurança e insatisfação aos usuários, o que resulta em reclamações  e cobranças sobre a administração. Tudo isto acaba saindo caro da mesma forma. 

O cenário não é bom, mas quem entende do assunto assegura que é possível  minimizar a situação e até resolvê-la. Heraldo Melo, engenheiro mecânico, com longos anos de atuação nas fábricas e empresas de manutenção e há quatorze como consultor; Reinaldo Gracelacio Paixão, gerente da filial Rio da segunda maior fabricante de elevadores no Brasil, engenheiro eletricista há 34 anos atuando no segmenta; Fábio Aranha, engenheiro e presidente da AEM – Associação de Elevadores do Mercosul; e o síndico José Antônio Coutinho de Almeida, do edifício Cândido Portinari, mostram “o caminho das pedras”. O condomínio é o mais alto na orla da Lagoa Rodrigo de Freitas e conviveu com problemas graves, inclusive uma reforma mal feita. O síndico conta como deu a volta por cima.

Foto do engenheiro Fábio Aranha

O engenheiro Fábio Aranha em um elevador modernizado

Do Fundo do Poço para a Melhor Solução

Com quatro elevadores, com 40 anos de uso, para atender a 31 andares, o condomínio Cândido Portinari chegou ao limite com os problemas recorrentes apresentados pelos elevadores e criou um fundo de reserva para realizar a modernização dos equipamentos, a partir de uma reforma parcial. A empresa escolhida fez o serviço e o resultado foi um fracasso absoluto. Nem mais moderno, nem mais funcional, muito menos sem queda no número  de paralisações. 

Um dia, o síndico, na ocasião morador recente, encontrou o prédio sem qualquer elevador funcionando. Como chegar em casa na cobertura onde mora? Em outra situação, um empregado de serviços gerais por pouco não sofreu um acidente fatal, pois a porta abriu para o vazio porque o equipamento tinha descido direto para o poço. Pior, as reclamações  junto a empresa de manutenção  tinham como resposta que os equipamentos foram descaracterizados na modernização e não  tinham responsabilidade. 

já síndico, eleito determinado a resolver o problema, a única coisa que sabia era que sozinho não teria condições de encontrar a solução. “Elevador é item de grande especificidade. Envolve elétrica, mecânica, eletrônica, uma série de variáveis devido a demanda que precisa  atender. Na obra mal sucedida realizada no prédio, diminuíram as cabines, fizeram ligações  erradas, não  trocaram peças mais que desgastadas. E quem poderia ver isto? Este conhecimento só foi possível a partir do diagnóstico dos equipamentos, um laudo técnico apontando todos os problemas e listando tudo o que precisava ser feito, resultado do trabalho de um especialista”, conta José Antônio, acrescentando que o documento apresentou como conclusão a necessidade de se substituir todos os elevadores. Mas como fazer para ser bem sucedido desta vez? “Tinha acabado de assumir e busquei ajuda junto aos moradores. Acabei encontrando um que é síndico de um dos edifícios comerciais mais importantes do Centro do Rio que indicou um consultor para nos orientar”, afirma. 

Além de fazer as vistorias e o laudo com diagnóstico e soluções necessárias, o consultor ainda ofereceu um serviço fundamental: “Como não  havia caixa para a troca imediata, listou item a item o que precisava ser feito pela empresa que cuidava da manutenção. Participou da reunião de negociação que tivemos com ela e passou a intermediar a relação. Sentindo a pressão, mudaram o gerente de atendimento que veio até o prédio e pediu uma segunda chance, comprometendo-se a resolver os problemas. Das 37 ordens de serviço por mês, este número caiu para 2 ordens/mês”, detalha. 

Em paralelo, o consultor fez as especificações  e acompanhou o processo de concorrência entre as fabricantes, e ainda a apresentação do resultado aos condôminos para que entendessem a relação demanda, qualidade e até possibilidade de atendimento. No final, o meIhor preço perdeu para a melhor capacidade de atendimento. 

Para entender melhor esta solução é preciso olhar para o cenário carioca no momento e pelos próximos meses. “Com muitos empreendimentos para serem lançados, inclusive os que atenderão  turistas e atletas esperados para as Olimpíadas que acontecerão  na cidade no próximo ano, as empresas estão sobrecarregadas, com muitos equipamentos novos para instalar”, explica o consultor Heraldo Melo. 

A consultoria contratada pelo condomínio também orientou para a realização do contrato, feito para a compra de todos os equipamentos de uma vez, um para dezembro próximo , outro para seis meses depois e outro para o ano seguinte. Tudo parcelado e com menor preço do que se comprado um a um, após cada instalação. 

“Foi uma vitória do conhecimento. Conseguimos aprovar em uma única assembleia a cota extra para a compra dos elevadores e para a obra de fachada recém determinada pela autovistoria, isto em um momento de crise, difícil para todo mundo. E o sentimento geral, depois que o atendimento da empresa de manutenção mudou, era de descrédito para a troca, já que os problemas reduziram drasticamente. Mas está claro, documentado, com fotos inclusive, que os equipamentos estão deteriorados ao extremo e são paliativos que estão fazendo com que continuem a funcionar. Estamos investindo na segurança e no bem-estar de nossas família”, diz. 

Para o síndico, nada disso seria possível sem o suporte da consultoria contratada para assumir o problema e apresentar soluções. “Tinha deixado de ser síndico do condomínio para ser síndico de elevador, isto sem o menor conhecimento para gerir este problema. Não  teria a menor condição de chegar a bom termo, como chegamos, sem eles. Agora, apenas contamos o tempo para que isto seja passado”, comemora Antônio.

Ponto a Ponto, o que Deve ver Feito ao Modernizar um Elevador?

“A modernização é indicada para a atualização e inovação de componentes, como o quadro de comando, as máquinas de tração, o motor, a cabina, as botoeiras, como também o design dos equipamentos, entre outros. O condomínio deve optar pela modernização quando as necessidades relacionadas ao desempenho dos elevadores estão aquém do desejado”, explica o gerente Reinaldo Paixão. 

“O básico é substituir o quadro de comando à relê por um painel de comando informatizado com frequência variável, além do operador da porta”, completa  o consultor Heraldo Melo, alertando que cada caso é um caso e que uma modernização malfeita só fará com que um leigo diga, com razão, que se gastou um dinheirão , sem resultado. “Sem um diagnóstico dos problemas não há solução satisfatória”, afirma Melo. 

Engenheiro mecânico Heraldo Melo

O básico é substituir o quadro de comando à relê por um painel de comando informatizado com frequência variável, além do operador da porta

Heraldo Melo, engenheiro mecânico e consultor

Com a substituição dos componentes antigos, a adoção de sistemas computadorizados para aceleração e desaceleração gradativa para que os equipamentos estejam sempre nivelados, o sentimento é de segurança, confiança e conforto. Se isto estiver associado à modernização da cabine, botoeiras e design, a satisfação dos usuários é ainda maior. Para o condomínio, isto resulta em menos reclamações e, pelo menos, uma economia de energia na ordem de 30%. “Este é o resultado de uma efetiva modernização”, assegura o consultor. 

Heraldo diz que diante do diagnóstico, geralmente os condôminos se assustam, pois não  fazem ideia do quanto a situação de seus elevadores está precária. Segundo os laudos técnicos, cerca de 40% a 50% dos problemas se dá nas portas, seja por desgastes de uso, seja porque não  têm manutenção correta. 

Acompanhar a evolução tecnológica é, por vezes, a única solução. “A ideia de fazer o elevador instalado evoluir integra o conceito de modularidade. Por isso, oferecemos a modernização total, quando é feita a substituição do equipamento podendo, inclusive, aproveitar alguns componentes do elevador antigo, desde que previamente analisados pela equipe técnica; e a modernização customizada, que pode ser feita de forma gradativa, substituindo desde peças simples como espelhos, botoeiras de cabina e pavimento, até componentes mais complexos como os quadros de comando, máquinas e motores, além de opcionais para ampliar a economia de energia, como o sistema regenerativo, ou a segurança, como o Biotracking”, detalha o gerente Reinaldo Paixão. 

Para chegar a este ponto, no entanto, é preciso buscar uma empresa capaz de orientar o condomínio quanto a meIhor solução para as suas necessidades. Ou seja, é preciso que a manutenção seja eficiente em, pelo menos, um equipamento, enquanto o outro é substituído. 

“Um bom planejamento do cronograma de execução, em comum acordo entre o condomínio e a empresa instaladora evita maiores transtornos. Escolhendo uma época mais favorável, evitando os períodos de maior utilização, por exemplo quando há obras em apartamentos, e completando com uma boa divulgação da previsão de execução dos serviços para os moradores, o processo transcorre de modo tranquilo”, garante o engenheiro Fábio Aranha. 

Conhecer os problemas de perto, avaliando as ordens de serviço, para sobre bases mais sólidas pressionar a empresa de manutenção, ter ajuda para fazer as especificações  que atendam as reais demandas do edifício, orçar, avaliar orçamentos e orientar os condôminos para uma melhor escolha são outras itens fundamentais para se alcançar êxito nesta empreitada. 

“Fundamental mesmo é encontrar uma empresa idônea e com profissionais capazes, fazer um levantamento na junta comercial para saber da solidez da empresa, avaliar o seu currículo, consultando, inclusive, seus clientes”, alerta o síndico do condomínio Cândido Portinari. 

Foto do síndico José Antônio

Fundamental mesmo é encontrar uma empresa idônea e com profissionais capazes e fazer um levantamento para avaliar o seu currículo

José Antônio Coutinho de Almeida, síndico do Edifício Cândido Portinari

“É importantíssimo que a empresa que realizará o serviço seja registrada nos órgãos competentes, como o CREA. Também é importante checar a sua capacidade, a qualidade do produto e visitar prédios similares onde tenha executado modernizações , para verificar o resultado do trabalho realizado”, recomenda Paixão. 

“Tanto para modernização do elevador como na própria manutenção, é obrigatório que os serviços sejam feitos por uma empresa especializada devidamente registrada na Prefeitura (GEM – Rioluz), conforme Lei municipal do Rio de Janeiro. Neste caso, a fiscalização garante que a mesma mantém um engenheiro responsável, estrutura mínima de oficina, seguro de responsabilidade civil, entre outras obrigações ”, orienta Fábio Aranha. 

“Não  basta pedir orçamentos, que se tenha especificações adequadas. E ainda que se tenha conhecimento para especificar os melhores equipamentos, o que é raro, é necessário um conhecimento grande sobre como funciona este mercado e avaliar a capacidade de atendimento no período em que prestará os serviços, para que o condomínio tenha a tranquilidade de passar por este processo dentro das suas possibilidades, com segurança e serenidade”, completa  Melo.


Destaque

Geradores em condomínio: garantia de conforto e segurança

Gerador do Condomínio Canova

Equipamento alugado depois que oscilações e queda no fornecimento de energia queimaram o alternador do gerador do Condomínio Canova

Elevadores, bomba d’água, portões eletrônicos, dispositivos de segurança eletrônica, portaria, interfones. A falta de energia elétrica em um condomínio pode ser um problema de consequências imprevisíveis. É por isto que a cada dia é mais recorrente levar o tema geradores à consulta entre os condôminos, atentos à necessidade de se antecipar para garantir a continuidade dos serviços que dependem de energia. 

Os apagões ainda estão na memória dos brasileiros e a cada queda de energia, esta preocupação aumenta. Mas sobram dúvidas na hora de buscar um modelo ideal. “Há uma grande variedade, mas entre os mais utilizados pelos condomínios estão os grupos geradores a diesel, com capacidades que variam de 25 a 260 kVA. E, dependendo da demanda do prédio, poderão até ser de maior potência. Há modelos que podem, inclusive, atender diretamente os apartamentos”, explica Jorge Luiz Buneder, presidente da empresa que é líder nacional no mercado de grupos geradores.
Buneder alerta, no entanto, que é indispensável que seja realizada a análise técnica das necessidades do prédio, feita por engenheiros especializados, bem como o melhor local para a instalação do gerador. “É importante escolher uma  área que permita o seu melhor funcionamento com os menores níveis de ruído”, adianta. A preocupação maior é quanto ao barulho produzido pelos equipamentos.

Foto de Jorge Luiz,  presidente da empresa

É importante escolher uma  área que permita o seu melhor funcionamento com os menores níveis de ruído

Jorge Luiz Buneder, presidente de empresa líder no mercado de geradores

Mas, o mercado dispõe de solução até para os condomínios que não têm na parte interna do prédio um local apropriado para a instalação do gerador. Nesse caso, a empresa fornece o gerador dentro de um container silenciado, próprio para ser instalado na  área externa do prédio, o que permite que fique exposto ao tempo, sem riscos. A empresa também pode orientar o processo de licenciamento para instalação e operação do grupo gerador na Prefeitura, conforme norma municipal de abril deste ano.

Soluções para Todos

Segundo Buneder, construtoras e administradores de condomínios estão entre os que mais têm investido em  grupos geradores visando garantir segurança às edificações, seja nas oscilações, ou na falta de energia. “Atualmente, os condomínios têm representado uma parte significativa nos segmentos atendidos pela empresa, registrando crescimento anualmente. O segmento já se destaca como muito importante em nosso mercado”, afirma. 

Quem tem está tranquilo. “Nosso gerador já veio com o empreendimento. Está conosco desde a instalação do condomínio, e é muito bom poder contar com ele. Temos um contrato com uma empresa que realiza todas as manutenções. E ficamos sossegados, pois ele atende a praticamente toda a  área comum, garagem, portões, interfones, escadas e halls sociais, inclusive nos andares, além de manter um elevador em cada bloco”, conta Marcello Coscarella, administrador do condomínio Lake Buena Vista, na Barra da Tijuca. 
Segundo o administrador, o bairro, na época da entrega do empreendimento, apresentava problemas frequentes de luz. “Atualmente, a energia oscila menos, mas saber que o gerador entrará automaticamente nos garantindo o pleno funcionamento do condomínio é uma tranquilidade”, assegura.

Foto de Marcello Coscarella

Atualmente, a energia oscila menos, mas saber que o gerador entrará automaticamente nos garantindo o pleno funcionamento do condomínio é uma tranquilidade

Marcello Coscarella, administrador do condomínio Lake Buena Vista

Outra vantagem da utilização dos geradores é o da sua operação em horário de ponta. A utilização de grupos geradores no intervalo entre 17h e 22h, comprovadamente, gera uma economia de até 35% nos custos de energia, mesmo com o preço alto dos combustíveis.

O valor do equipamento vai variar de acordo com o tamanho e as necessidades do prédio. As áreas  que serão alimentadas pela energia e a potência que será utilizada pesam nesta conta.

O tipo mais utilizado em condomínios são  os que ligam e desligam sozinhos, conforme a interrupção do fornecimento de energia elétrica. Em todos os casos, para garantir seu funcionamento em caso de emergência, sua manutenção deve ser mensal, quando é feito um teste de funcionamento, além da troca de óleo e verificação de filtros, mangueiras e conserto de possíveis vazamentos. Por outro lado, apesar do alto valor de um equipamento como este, é baixa a incidência de problemas, e sua vida útil é longa, desde que respeitado o planejamento de manutenção  preventiva. 

MUNICÍPIO TEM NOVA PORTARIA PARA LICENÇA AMBIENTAL PARA GRUPO GERADORES

» A Prefeitura do Rio publicou as portarias MA/CGCA/GEC n° 06 de 07 de abril de 2015, estabelecendo a documentação necessária para a Licença Ambiental de instalação e operação de gerador de Energia Elétrica. Os detalhes estão  reproduzidos do verso do Requerimento de licença/autorização, na página 
http://www.rio.rj.gov.br/web/smac/licenciamento-ambiental-municipal. 

» Esclarecimentos podem ser obtidos no telefone 2976-1260

Aluguel para Situações Emergenciais

Além da possibilidade de aquisição dos grupos geradores, o mercado oferece o aluguel destes equipamentos. “Normalmente, os clientes optam pela locação quando o  período de necessidade é relativamente curto”, explica Buneder, acrescentando que aluguel e aquisição são decisões que não concorrem entre si, pois atendem a situações bem diferentes. Ele cita como um exemplo recorrente o aluguel de grupo gerador para festas. 

Mas nem sempre é assim. No dia 11 de maio, os moradores das 160 unidades de um prédio de 20 andares na Barra da Tijuca ficaram a pé. Sem luz e sem gerador, tiveram que usar as escadas. Ventos de até 60 km provocaram vários picos de luz e a interrupção do fornecimento de energia elétrica em boa parte da manhã nos bairros da Zona Oeste, queimando o alternador do gerador do condomínio. 

Orientada pela empresa que realiza a manutenção do equipamento, a síndica do Edifício Canova, Andrea Carloni, alugou um grupo gerador para atender o prédio pelo período em que precisou aguardar que a seguradora realizasse a vistoria e o laudo técnico para, assim, poder resolver o problema. “Com base na potência do nosso gerador, a empresa de manutenção  que nos atende há mais de 20 anos indicou três fornecedores para que não  ficássemos sem luz enquanto acionamos o seguro. Com ele, mantivemos a normalidade da vida no condomínio, não  dá para ficar com o edifício às escuras”, diz. 

“A decisão  pela aquisição atende a necessidade de uso permanente para proteger-se contra a interrupção do fornecimento de energia, ou geração de energia no horário  de ponta nas indústrias. Mas a possibilidade do aluguel sempre garantirá a continuidade do funcionamento do prédio em casos emergenciais”, completa  Buneder.


Entrevista

A Arte de Recrutar e Selecionar Pessoas

Ana Couto
Coach e especialista em gestão de pessoas da Lowndes

Foto da coach Ana Couto

Selecionar candidatos que possam cumprir, com excelência, suas tarefas tem sido uma preocupação constante de síndicos que sabem que uma contratação de pessoal equivocada traz prejuízos ao condomínio. O problema é que nem sempre são  claras quais as exigências da vaga a ser preenchida, o que resulta em uma seleção baseada em indicações e na simpatia que o candidato desperta, ou mesmo na urgência em encontrar logo alguém. É neste sentido que um serviço de Recrutamento e Seleção faz a diferença. Ao deixar de lado a pessoalidade e basear esta busca em técnicas, como a de mapeamento de perfil, identifica mais facilmente o tipo de profissional que a vaga em aberto pede. Ana Couto, coach e especialista em gestão de pessoas atuando na Lowndes no recrutamento e seleção de funcionários para os condomínios, a pedagoga com n anos de experiência na área de Recursos Humanos desvenda alguns dos segredos desta arte e adverte: é possível formar uma equipe que ajude o condomínio a dar um salto de qualidade. O perfil dos profissionais está mudando e é preciso saber aproveitar o momento. É possível! formar uma equipe que atenda as necessidades e ajude o condomínio a dar um salto de qualidade

Ana Couto, Coach e especialista em gestão de pessoas da Lowndes

LOWNDES REPORT – O que é um coach? 

ANA COUTO – É um profissional que utiliza ferramentas e conhecimentos de diversas áreas, como a administração, gestão  de pessoas e psicologia. O processo de coaching produz mudanças no indivíduo, visando a conquista de grandes resultados na vida pessoal e profissional. A partir de conversas, buscamos fazer a própria pessoa entender quais  são  os seus objetivos de vida, seus pontos fortes e onde ele quer chegar. Quando a própria pessoa descobre essas respostas, não esquecerá dos seus objetivos, estará motivado, auto confiante. É neste sentido que um coach pode ajudar em um processo de seleção e recrutamento, e fazer diferença entre o sucesso e o insucesso para uma contratação.

LOWNDES REPORT – Entendidos cada dia mais como empresas, os condomínios também precisam se destacar pela qualidade dos serviços, mas com a tradicional baixa qualificação dos profissionais que atuam neste segmento, isto não é fácil. Como o processo de seleção e recrutamento pode ajudar?

ANA COUTO – O profissional precisa ser entendido como capital humano, que é como as empresas de ponta enxergam aqueles que contratam para compor suas equipes. Elas investem desde a identificação e seleção das pessoas mais adequadas às vagas existentes, e aos objetivos da corporação, até a qualificação daqueles que já fazem parte de seu quadro porque entendem que não há o profissional pronto e que a formação deve contínua. Em setores de baixa qualificação, este entendimento é fundamental. Mas já temos visto isto acontecer também em condomínios.

LOWNDES REPORT – já há, de fato, um novo perfil do profissional de condomínio?

ANA COUTO – As dificuldades ainda existem. A demanda mudou mais rápido. Há exigências, como a do ensino médio e a de carteira de motorista, que dificultam porque a situação socioeconômica dos candidatos ainda está longe de permitir que respondam facilmente a esta demanda. Mas, com salários melhores e com a administração de condomínios tornando-se cada dia mais complexa, temos visto profissionais melhor qualificados buscando uma vaga de porteiro. Mas, sem que a seleção e recrutamento consiga identificar e adequar condomínio-vaga-profissional, a resposta pode frustrar a ambos.

LOWNDES REPORT – Seria o caso de um profissional muito qualificado para uma vaga com demandas menos complexas, ou baixo salário? 

ANA COUTO – Sim. Para que seja realizado com sucesso, o recrutamento precisa  encontrar o candidato mais adequado a vaga e, neste sentido, é fundamental primeiro entender que vaga é esta. Em condomínios, na maioria das vezes, elas têm perfil mais operacional, mas nem sempre. O que é que o condomínio precisa? Sem este conhecimento e sem uma orientação técnica para este processo a seleção acaba acontecendo com base na simpatia, na indicação, na urgência de preencher a vaga. E é assim que os equívocos acontecem. Uma seleção mal feita, certamente, vai gerar prejuízos para o condomínio, seja no custo de uma demissão, seja pelo tempo maior com a vaga em aberto e a consequente necessidade de pagamento de horas extras e sobrecarga sobre os empregados.

LOWNDES REPORT – Entender o perfil da vaga é, então, a primeira parte. Como melhor fazer isto e quais as etapas do processo? Qual o tempo médio para uma boa seleção e recrutamento?

ANA COUTO – Trabalhamos com mapeamento de perfil, pois toda vaga a ser ocupada possui particularidades. As atividades a serem desenvolvidas precisam ser detalhadas, tanto sob a ótica do síndico quanto das reais necessidades do condomínio. não é somente encontrar um candidato cujo perfil se adeque ao que a vaga pede, mas também entender muito claramente qual o perfil do condomínio e do síndico. Entender quais as expectativas, pois é comum que não saibam exatamente que características pessoais e habilidades o candidato precisará ter para desempenhar as funções que a atividade requer. Ajustar tudo isto é o segredo de uma boa seleção. É preciso ainda observar demandas obrigatórias, como são os casos das vagas para manobrista, ascensorista, guardião de piscina, porteiro-chefe, por exemplo, que exigem curso específico. Por isto, esta é uma tarefa para o profissional de recursos humanos, com especialização e experiência em seleção e recrutamento. O tempo necessário para a conclusão do processo varia de acordo com a complexidade da demanda, mas é de, em média, duas ou três semanas. É preciso tempo para as conversas com o síndico, com os candidatos e para as análises dos perfis.

LOWNDES REPORT – Qual o papel da entrevista neste processo?

ANA COUTO – A entrevista de emprego é parte decisiva da seleção. Por meio dela, temos a possibilidade de conhecer as habilidades técnicas e comportamentais dos candidatos. Além disso, ela oferece a oportunidade de, no seu decorrer, diagnosticar quais são as suas expectativas e de que forma ele poderá contribuir para o alcance dos objetivos do condomínio. Mais uma vez um olhar técnico fará a diferença, pois o objetivo principal do processo seletivo é contratar o empregado mais adequado e não o mais agradável. A pessoalidade deve ser deixada de lado.

LOWNDES REPORT – Então a afinidade não  é importante? Em condomínio é comum uma relação de proximidade maior e a empatia é um item relevante. 

ANA COUTO – Sim, a afinidade é importante, mas pode “cegar” no momento da entrevista. A imparcialidade é muito importante para que se possa ter uma avaliação mais objetiva dos candidatos. Na verdade, a nossa primeira entrevista é com o síndico, por isto. Só encaminhamos para a entrevista com o síndico aqueles que estejam mais enquadrados no perfil vaga-condomínio-síndico. Conversando, entendemos melhor que características são  mais relevantes: idade, escolaridade, experiência na carteira, se tem filhos ou não, local de moradia, motivos para a saída  de empregos anteriores. E, na outra ponta, se o condomínio tem muitos idosos, ou mais crianças, se fica em área mais nobre ou de risco, se é um comercial de grande porte, com uma circulação maior de pessoas, se recebe muita correspondência. São  detalhes que permitirão um panorama geral para melhor adequar demandas, expectativas e profissional mais adequado. É muito importante saber sobre a vivência do candidato em outros empregos, com que tipo de chefe se relaciona melhor, se tem outro emprego, entender o que a pessoa gosta de fazer, quais são as suas expectativas não apenas para o trabalho mas também para a vida. Se é um profissional melhor qualificado em uma situação financeira difícil, que está aceitando uma vaga de faxineiro emergencialmente, por exemplo. Tudo isto precisa estar claro, para que todos fiquem felizes depois. A frustração após a contratação é o primeiro sinal de que a seleção e o recrutamento foram mal feitos e que trarão  prejuízos.


Deu Certo

Do vermelho ao azul e verde

Condomínio Portofelice

Condomínio Portofelice

Ele foi subsíndico por quatro anos e formou neste período uma percepção muito clara dos problemas, das possíveis soluções e teve uma certeza: a administração tradicional de condomínio precisa ser substituída por uma que entenda o edifício como uma empresa. Paulo Sérgio Pires, há oito anos síndico do condomínio Portofelice, na Barra da Tijuca, utilizou seus conhecimentos e experiência como empresário, compartilhou decisões formando um grupo gestor em que envolveu conselho consultivo e fiscal, além de condôminos de diversas áreas, como arquitetos e paisagistas, e transformou o condomínio deficitário em superavitário e, ainda, sustentável.

Através da economia de recursos naturais e de energia garantiu economia suficiente para realizar as benfeitorias que elevaram o valor dos imóveis e ainda congelaram por três anos a cota condominial. A austeridade nas despesas ordinárias também possibilita a não cobrança aos condôminos da segunda parcela do 13º salário dos funcionários. Como resposta do trabalho, conquistou o Prêmio Secovi Rio, categoria condomínio sustentável, em 2014, e vem sendo destaque em jornais, mídias especializadas e programas de TV, citado em nove matérias diferentes que contam suas ações como exemplos de iniciativas sustentáveis para condomínios.

O sucesso foi conquistado com muito trabalho e um verdadeiro choque de gestão. Quando assumiu, ainda mandato tampão, em 2012, o prédio estava com um déficit mensal em torno de R$40.000,00. Depois de eleito, em 2013, o condomínio alcançou um superávit de mais de R$20.000,00 por mês. O primeiro ato foi ainda na assembleia de eleição. Aprovou que qualquer coisa no condomínio passasse a ser assinada por mais de uma pessoa, fosse subsíndico ou conselheiro. “Há quem pergunte se não estou abrindo mão de uma prerrogativa que é do síndico. Mas desta forma estimulo a participação. Para assinar é preciso que se saiba o que está assinando”, defende. O grupo se reúne uma vez por mês. “Muitas vezes sou voto vencido, mas fico feliz. Dividindo com profissionais, o que poderia ser uma decisão errada, trazendo prejuízos para todos, não vai adiante. Se você não quer fazer nada errado, esta é a melhor maneira de atuar”, diz.

O síndico defende ainda que elevar a cota condominial quando o condomínio está deficitário não é uma boa saída. É preciso analisar a situação primeiro. “Se gasta mais do que recebe isto é um problema de gestão”, avalia. Assim, fez o que chama de balancete mais amigável com a ajuda de um morador que é economista, auditor fiscal da Receita. Este também passou a ajudar realizando uma auditoria prévia nas contas toda vez que elas chegam da administradora. Só depois ele é apresentado ao grupo gestor, quando sou sabatinado por eles. Novamente, as ações passam por um crivo, o que impede que um problema se estenda de um mês para outro”, completa.

Abertura à Participação e Mimos

O síndico também entende que hora extra é resultado de má gestão. Reorganizou o pessoal do Portofelice e passou a conversar com os funcionários, a explicar porque as ações estavam sendo tomadas e passo a passo foi encaminhando-os para o entendimento do morador como cliente, dando ênfase à qualidade do atendimento. Também passou a ouvi-los. “Muitas vezes trazem boas ideias, soluções para problemas que somente eles, na prática, podem perceber”, diz. Uma (a ideia) de simples solução, mas que existiu desde a construção do prédio, foi a da entrada do condomínio. A grade recuada em relação a guarita atrapalhava a visão do porteiro que precisa atender ao portão da garagem e o de pedestre. “Exigia que ele se deslocasse para poder enxergar, o que tornava a identificação e a liberação dos dois portões mais lenta e menos segura”, relata. Com a sugestão do empregado, a grade mudou de lugar e o problema foi sanado. 

O mesmo acontece com os moradores. “Sempre morei em condomínio e estranhava o quanto a administração era uma espécie de caixa preta, ninguém sabia o que era feito ali. Por isto, a importância de dar participação, de abrir a informação e oferecer o máximo  de abertura para que se manifestem e vivenciem mais a vida condominial”, defende. 

Na última assembleia geral, em que foi mais uma vez reeleito, mostrou preocupação com os dissídios, porém propôs que não ocorressem aumentos. “A indicação da administradora é para um aumento da cota de 5%, mas coloquei para avaliação segurarmos por mais quatro meses. Depois veremos se é possível continuar sem aumentar. Isto, é claro, com a gente conseguindo manter as economias”, diz, acrescentando: “Somos todos sócios. A decisão  e a participação dos moradores nos trabalhos e resultados deve ser partilhada”, acrescenta. 

Nas benfeitorias o síndico trabalha com zelo para oferecer o máximo conforto. Mimos que, como diz, são para ele também. Na reforma da sauna seca, foi construída outra, a vapor, e o local ganhou ainda duas duchas e ambiente moderno e aconchegante. Ao lado foi criada uma sala de massagem, com ar condicionado, maca profissional com espaço para o rosto, som ambiente que permite uso de ipod e mp3 e iluminação para diferentes finalidades: branca e fria para procedimentos de fisioterapia e massagem recuperadora, de foco e quente para limpeza de pele e depilação, e indireta em tom azul para massagens relaxantes e meditação. O prédio também disponibilizou internet wi-fi em toda área comum do térreo com sinal aberto aos moradores. 

De 164 unidades, o Portofelice tem apenas seis unidades inadimplentes, três em juízo e três variáveis, o que considera um excelente índice. “Esta é uma percepção que o síndico precisa  ter com a questão do aumento da cota. Em Janeiro tivemos 18, mas este é um mês difícil para todos. São muitas contas a pagar e o salário não chega no final da fila, onde geralmente está a cota condominial. A gente tem que ter consciência disso. É uma saída fácil aumentar a cota, mas com isto aumentamos também o risco de ter maior inadimplência. Dá trabalho pensar, pesquisar, planejar ações corretivas, reduzir perdas, mas é um resultado de impactos positivos, ao contrário do aumento”, explica. 

Grupos de gestores do Portofelice

No que diz respeito aos inadimplentes, Paulo diz que é preciso diálogo, fazer com que entenda que vai ficar pior porque o seu pagamento ajuda o condomínio a ficar mais barato, pois depende de rateio de despesas. Depois, a dívida é atrelada ao imóvel, ele só pode ser vendido se ela for paga, e lá na frente pode levá-lo a leilão. “As demais contas podem deixá-lo com o nome sujo por um tempo. A de condomínio não. É amigável no início, mas depois implacável. Então, quem administra tem que ajudar. O melhor é o mais barato possível. Para isto é preciso ser um profissional ativo, perceber claramente que a vida tá difícil para todo mundo”, completa.

Projetos para um Futuro Próximo

A troca de elevadores é o próximo passo. são  sete equipamentos no edifício e três  jà estão  sendo pagos desde o ano passado. O item exigiu que dois intégrantes do grupo gestor se dedicassem exclusivamente a avaliar todas as ordens de serviço, identificando problemas recorrentes. “Quando negociamos com a empresa sabíamos até o nome dos técnicos que realizaram cada visita e a pressão  foi total sobre a empresa. Chegamos a trocar, fechando contrato com outra. Hoje, de um bolo de papel de mais de 10 centímetros de altura, dos anos de 2012 e 2013, com mais de uma chamada por dia, o condomínio passou a ter poucas folhas em  2014. “Caiu muito o número  de chamadas, dois terços com certeza”. Do levantamento feito pelos moradores Caio e Teomir, constatou-se que 90% das paradas se deviam a problemas com as portas. Foi contratada então a troca destas por outras modernas e automáticas. E jà estão  programadas as trocas das cabines, comandos e botoeiras. O objetivo é ter os equipamentos novos, funcionando bem e mantê-los assim. Para estes três  elevadores que atendem a área  de serviço são  72 portas e três  cabines, com um investimento de R$400 mil, já quase todo pago. 

Além desta obra de maior vulto, o síndico está atento aos pedidos dos moradores. “Uns querem uma sala para praticar Jiu-Jitsu, outras uma pista de skate, a turma da piscina quer a duplicação dos quiosques. Isto é resultado da percepção de que as coisas são feitas. Não  fosse assim eles nem sugeririam. Mas sabem que aqui a fila anda. Já iniciamos a reforma dos banheiros do play e do parquinho das crianças pequenas. E o tempo passa rápido, uma criança de 8 anos daqui a pouco estará com 18″, brinca. 

O condomínio tem 35 crianças e nenhum registro de vandalismo. Mas é com camaradagem que se procura cativar as crianças. “Placa não educa ninguém. Ela tem que vir do entendimento. É papo reto, especialmente com eles, que entendem e retribuem”, diz o síndico que, logo assim que as obras do Maracanã ficaram prontas organizou uma excursão  que levou 80 moradores para ver de perto o resultado. Acabou chamando a atenção e as crianças foram entrevistadas no local, aparecendo no jornal da noite do mesmo dia, na principal emissora de TV do país. Além das festas datadas, como Dia das Crianças e Réveillon, há opções de aulas de futebol, pilates, vôlei e até de teatro. No último ano, o síndico passou a propor a ajuda a uma entidade em que jovens universitários constroem, em mutirão, casas para pessoas em situação de risco. A arrecadação é voluntária, destacada na boleta do condomínio duas vezes por ano. “Todas estas ações visam aproximar e aumentar a percepção de pertencerem a uma coletividade. E tem dado muito certo”, conclui.

NO QUE E COMO ECONOMIZAR?

O condomínio deixou de ser devedor para ser aplicador de recursos só com a economia de recursos naturais. Mas como assim? É possível tanta economia? Item a item, saiba como o síndico fez: 

» Economia na conta de água: Em fevereiro de 2013, R$61.823,16. Em Julho de 2014, R$35.768,83. Uma diferença de R$26.054,33 mensais. Como: Uma empresa especializada em monitorar vazamentos e realizar reparos e manutenção foi contratada, depois de aceitar ser remunerada pelo êxito, recebendo um percentual da economia atingida. São 667 banheiros no prédio e todas as caixas de descarga foram reguladas para receber menos água, e muitos dos sistemas foram substituídos por válvulas de dois fluxos. Foram instalados redutores de vazão em todos os pontos de consumo de água, nas áreas comuns e dentro de cada apartamento (pias, torneiras, tanques, excluindo-se apenas o chuveiro). O condomínio se comprometeu com cada morador que se a diminuição causasse desconforto o prédio removeria os redutores. Mas o tempo passou e ninguém reclamou. Todo o trabalho de manutenção é gratuito para os moradores, o que os motiva a avisar quando há algum vazamento ou gotejamento. Os trabalhos de monitoramento são  permanentes e a leitura do hidrômetro é feita três vezes ao dia. 

» Economia na conta de luz: Em fevereiro de 2013, a conta de luz totalizou R$19.828,23. Em Janeiro de 2014, essa conta foi R$13.885,89. Uma diferença de R$5.942,34 mensalmente. Como: Todas as lâmpadas do prédio foram trocadas por lâmpadas de LED (110 mil reais) e para tanto um banco aceitou fazer um contrato de leasing, nos mesmos moldes dos contratos de equipamentos. O condomínio está  pagando R$3.800.00 por mês por um  período de 36 meses, com direito a ficar com as lâmpadas no final do contrato, que terminará em julho de 2016. Como a durabilidade média é de cinco anos, ao final as lâmpadas sairão de graça por dois anos. A economia resultante paga o leasing e ainda sobra. As LED são  de diferentes tipos, cada qual com uso especifico (de bulbo para garagens e corredores. pequenos refletores para os jardins, dicroica e par20 para a recepção e grandes refletores para a quadra esportiva). Todas com garantia total durante todo o contrato, queimou eles trocam sem custo. Foram instalados sensores de presença em todos os corredores e hall social dos andares, o que permite que as luzes fiquem apagadas na maior parte do tempo. Os três elevadores de serviço do condomínio são interligados e comandados por um software que gerencia as paradas e define qual irá para cada andar, por proximidade, o que resulta em economia de eletricidade. 

As benfeitorias realizadas pelo síndico incluíram a economia já no projeto. A academia foi erguida no sentido perpendicular à direção dos ventos, com grandes janelas em ambos os lados, criando uma corrente de vento forte e constante. Essa medida reduz o uso de ar condicionado. Foi o morador Ricardo Bravo, que é arquiteto, que a projetou e que também modernizou o hall, pintando a parede central, que antes era vinho, por amarelo 100%, e colocando espelhos a fim de ampliar a sensação de luminosidade no ambiente. As duas obras aproveitam a luz externa, o que diminui o uso da luz elétrica durante o dia. 

Economia na conta de gás: Em agosto de 2013, a conta de gás foi R$5.101,98. Em Julho de 2014, R$53,90. Economia de R$5.048,08 mensalmente. Como: O antigo sistema de aquecimento da piscina, a gás, foi trocado por um a trocador de calor elétrico e aumento da vazão da água quente. Ela aquece mais rápido e o termostato desliga automaticamente. O resultado é que o valor da conta de gás passou para a tarifa mínima. O investimento necessário para a mudança do sistema foi feito a partir de um parcelamento do equipamento com o fornecedor. Como a economia foi imediata após a instalação, as parcelas foram pagas com a economia obtida. 

O Portofelice faz coleta seletiva do lixo e a receita gerada com reciclagem é aplicada na compra de cestas básicas para os funcionários e no caixa pequeno da administração. Em todos os andares há compartimentos para despejo separadamente. O condomínio também conta com uma lixeira própria para o descarte adequado de pilhas e baterias e o óleo de frituras é recolhido separadamente e destinado à reciclagem para evitar o entupimento dos canos. No total, estas ações  resultam em uma economia mensal de R$37.044,69, que vem sendo usada exclusivamente para as benfeitorias. 

Para saber mais: O síndico autorizou a divulgação do email do condomínio para que outros síndicos possam tirar dúvidas sobre as iniciativas: [email protected]

Tome Nota

AUTOVISTORIA PARA GÁS CANALIZADO 
A Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio (Agenersa) publicou no Diário Oficial em 01/06 a Instrução Normativa (IN) CODIR n° 48, que aprova o regulamento e manual de rede de distribuição interna de gás. A nova instrução, que já está  em vigor, define que os técnicos das empresas acreditadas deverão vistoriar todas as instalações e as peças que compõem os equipamentos referentes ao sistema de fornecimento de gás natural em fogões e aquecedores. 

A responsabilidade por acreditar as empresas para a realização do serviço é do Inmetro, mas ainda não há nenhuma creditada pelo órgão até o momento. O prazo para acreditação técnica leva em média quatro meses, pois exige que as empresas sejam avaliadas e comprovem o cumprimento de requisitos de gestão estabelecidos pela ISO 17.020 e demonstrem que possuem competência técnica para realizar inspeções baseadas na norma ABNT 15923. 

Na medida em que as empresas forem acreditadas, o que só deve acontecer a partir do mês de outubro, as Concessionárias Ceg e Ceg Rio divulgarão a lista de habilitadas na sua página na internet, em suas agências de atendimento e ainda no Call Center. 

Até a divulgação dessas empresas, o consumidor pode e deve realizar a manutenção  periódica, solicitando o serviço de firmas ou profissionais de sua confiança e que estejam habilitados a realizar o serviço. Porém, esta vistoria não será válida para comprovação da vistoria quinquenal. 

A Lei estadual n° 6.890/2014 obriga a inspeção de segurança a cada cinco anos nas instalações de gás canalizado e em botijões nas residências e prédios comerciais. Todos os consumidores de gás natural canalizado das Concessionárias Ceg e Ceg Rio devem realizar a vistoria em um prazo de até cinco anos a contar da data em que a referida lei entrou em vigor, em 18 de março de 2014 Os clientes da Ceg e Ceg Rio que sentirem cheiro de gás, devem ligar imediatamente para o número  08000-240197, que funciona 24h, todos os dias da semana, para acionar o atendimento de emergência.


Ações Positivas

Consolar mais que ser consolado

O Centro Espírita Maria Angélica – CEMA, criado em 1989, é uma entidade sem fins lucrativos que realiza uma série de trabalhos assistenciais ajudando a mais de uma centena de famílias, abrindo oportunidade a todos os que desejam trabalhar no bem. Em todas as frentes de trabalho, há toda uma infraestrutura, organização e disciplina para oferecer uma experiência transformadora na vida das pessoas, moradores na região da Vargem Grande e Vargem Pequena, Barra, Recreio e Jacarepaguá. 

Os trabalhos visam atender a família em situação de carência sócio- -econômico-moral-espiritual, proporcionando não  apenas a assistência, mas também a oportunidade de exercitar o seu aprimoramento íntimo pela vivência do Evangelho. O trabalho principal do CEMA é a divulgação da doutrina espírita, através de cursos, palestras, encontros e das atividades assistenciais.

Trabalho Voluntário de Segunda a Segunda

  • Autocura – Às segundas-feiras, o CEMA recebe pessoas que estão passando por situações aflitivas, principalmente relacionadas à saúde física, emocional e espiritual. Cada ciclo dura 5 semanas com dinamizadores, que não são terapeutas, mas voluntários, que reforçam os conceitos do método de autocura proposto por Joanna de Ângelis no seu livro Plenitude, através de palestras, músicas, dinâmicas e outras atividades. 
  • Reforço escolar – De segunda a quinta, no  período da tarde, são oferecidas aulas de reforço para crianças da classe de alfabetização à 4ª série, que tenham dificuldade de aprendizado e que estejam frequentando regularmente a rede de ensino e participando da evangelização infantil. 
  • Atendimento material – Às terças-feiras, são atendidos os moradores das comunidades carentes cuja condição sócio-econômico é avaliada em uma entrevista e visita domiciliar. Entre a ajuda, as famílias recebem no segundo domingo de cada mês, a partir das doações  recebidas pelo CEMA, cestas básicas  com alimentos não  perecíveis e produtos de higiene e limpeza. Atualmente, são  cerca de 120 famílias cadastradas. 
  • Atendimento a mães  – Às terças também é oferecida orientação às mães de crianças a partir dos 4 anos sobre as dificuldades do processo de educação, responsabilidade dos pais, como lidar com a questão das drogas, gravidez na adolescência, violência doméstica e outros temas de interesse. 
  • Atendimento a gestantes – Às quartas-feiras as gestantes e mães de crianças menores de 4 anos frequentam aulas para gestantes, recebendo orientação sobre a gestação até os cuidados com higiene e alimentação, noções básicas a respeito do desenvolvimento psicomotor da criança no período de dois a quatro anos e prevenção de acidentes domésticos. As mães e as crianças recebem uma refeição no encerramento dos trabalhos do dia. 
  • Atendimento a pessoas idosas – Às sextas-feiras é o dia das pessoas idosas, previamente cadastradas. Elas participam de atividades lúdicas como dança, canto, artesanato e recebem orientações  sobre seus direitos como cidadãos. A entrada é feita às 8h30, quando é oferecido um café da manhã.
  • Atendimento aos moradores de rua – Aos sábados acontece uma ação de extensão  da Caravana da Quentinha das sextas-feiras, que distribui comida e água  aos moradores de rua. Estes moradores participam durante toda a manhã de uma série de atividades que visam ao aumento de sua autoestima, à valorização da vida e ao respeito por si próprios. Tomam banho, cortam os cabelos, recebem roupas limpas, cuidados médicos e dentários, café da manhã e almoço. Durante esse  período é promovido um “papo amigo” entre eles e os trabalhadores do Grupo Pablo, que atendem pessoas com problemas de dependências químicas, visando dar encaminhamento a quem precisa. 

Trabalho Voluntário

Acolhida no atendimento a moradores de rua vai dos cuidados de higiene e estética, com banho, corte de cabelo e roupa limpa,a alimentação e orientação para reequilibrar e permitir a pessoa se ver como cidadã: projeta necessita da doação de roupas e de alimentos

  • Atendimento a dependentes – As segundas e sábados, há orientação a pessoas portadoras de qualquer tipo de dependência e a seus familiares. O trabalho acontece em  ciclos de sete encontros, nos quais são estudados textos que têm como base o Evangelho de Jesus. 
  • Caravana do amor – Aos domingos, a equipe do CEMA leva alimentos, roupas, artigos de higiene pessoal e, acima de tudo, muito amor aos órfãos e enfermos através da presença, da conversa amiga e da prece, aos hospitais Vicente Moretti, que atende a jovens e crianças com diversas necessidades especiais, e hospital de Jacarepaguá, que pertence ao SUS e abriga pessoas acamadas que não têm para onde ir, ou que têm familiares impossibilitados de visitá-los. 

Além destas atividades há ainda cursos de informática, culinária, oficina de costura, de ponto cruz e crochê, coral e espaços de lazer e cultura, como livraria, biblioteca e um brechó. O Brechic tem roupas, sapatos e objetos seminovos que os frequentadores doam ao CEMA e que são vendidos a preços simbólicos para ajudar na manutenção das despesas da Casa. 

Para Saber Mais e Participar

Para colaborar com o CEMA, há muitas maneiras: 

  • doando algumas horas de seu tempo no trabalho voluntário da Casa; 
  • doando roupas, alimentos, material escolar e brinquedos para o trabalho assistencial junto às comunidades carentes; 
  • doando legumes para o preparo da sopa; 
  • depositando qualquer quantia mensalmente, utilizando o carnê disponível na secretaria; 
  • doando recursos financeiros de qualquer valor por meio de depósito no Banco do Brasil, agência 1251-3, conta corrente 24083-4, em nome do Centro Espírita Maria Angélica. 

As doações  de alimentos, roupas e objetos pequenos podem ser entregues diretamente na Casa. Em casos de objetos que ocupam muito espaço, como cadeira de rodas, geladeira, fogão, camas etc., deve-se entrar em contato através do telefone 2437-5947. O site da entidade também oferece todas as informações sobre cada atividade assistencial, como participar como beneficiário ou voluntário: http://www.cema.org.br. O CEMA fica na Odilon Duarte Braga, 240 – Recreio dos Bandeirantes.

Foto dos alunos no projeto CEMA

Das aulas ao uniforme,  material e alimentação, passando ainda pelas atividades lúdicas: Projeto precisa de jogos de xadrez para iniciar mais  uma atividade 


Porteiros

Uma Vida de Trabalho Acácias

José Antônio Braz
Porteiro chefe do condomínio Vivenda das Acácias

José do Antônio Braz é o porteiro chefe do Condomínio Vivenda das Acácias desde o lançamento do ­empreendimento, em 1975. Muitos anos dedicados ao edifício, que somados aos outros tantos trabalhados, somam uma vida de comprometimento e responsabilidade. A experiência longa forjou um profissional inestimável para o prédio, com conhecimento das estruturas e instalações, dos moradores e de seus familiares, das demandas de um condomínio e do trabalho de um porteiro. 

Filho de um agricultor, Antônio veio cedo para o Rio para cuidar do jardim da casa do dono da fazenda onde a família morava e trabalhava, no interior. Foi lá que mais tarde, convidado a cobrir as férias do porteiro de um prédio que também pertencia ao patrão , foi conhecendo a profissão. Passaram-se alguns anos, com o rapaz sempre muito atento às tarefas a cumprir e o funcionamento de tudo. Quando a construção  do Vivenda das Acácias estava em fase de conclusão, ainda antes do habite-se, a então noiva do José, babá de um dos proprietários, comentou que o prédio estava com dificuldades para encontrar uma pessoa de confiança. “Era preciso alguém que ficasse com as chaves, recebesse materiais e prestadores de serviços para as instalações e obras de acabamento nas unidades’’, lembra. Assim ele começou, passando três meses no prédio ainda sem morador. 

A experiência permitiu um grande conhecimento das partes comuns e das unidades. Ainda por conta disto, a relação com cada proprietário também foi desde sempre de confiança e simpatia. “Na época, cheguei a receber muita gente que vinha visitar para decidir se compraria o imóvel”, conta. Foram muitas famílias que se formaram, tiveram seus filhos, crianças que cresceram no condomínio. “Hoje não  temos tantas crianças, mas já chegamos a ter 60 no prédio. Era festa todo final de semana. Este condomínio sempre foi para mim uma enorme família”, diz. 

Por acompanhar desde as obras de instalação dos elevadores, de telefonia e de acabamentos diversos, não deixou nada escapar e é capaz de entender e saber orientar qualquer profissional que vá prestar serviços no prédio, diante de qualquer emergência. “Na época, quando não  existia celular, e nem tínhamos ainda instalado os telefones, sempre que acontecia algo importante ia para o orelhão da esquina, fosse para conversar com o síndico, que estava em horário  de trabalho, fosse para falar com uma concessionária, um fornecedor”, conta o porteiro-chefe, cuja tranquilidade e segurança é enaltecida pelo síndico. “Esta confiança, o bom relacionamento com os moradores e com a administradora, tudo isto associado ao conhecimento e segurança que ele tem no que faz, tornam Antônio um parceiro inestimável para a gestão  do condomínio”, elogia Carlos Alberto Aguiar. 

Braz, por sua vez, credita tudo isto ao apoio que sempre teve dos síndicos que se sucederam no prédio e da administradora, a mesma desde o lançamento do edifício. “É como um tinte, tudo funciona quando todos sabem que precisam uns dos outras”, afirma. 

Zelo Maior com Higiene e Bom Atendimento aos Moradores

Quanto a sua rotina de trabalho, o porteiro-chefe direciona atenção maior para a orientação aos seis empregados, quando diz que é preciso firmeza e paciência, além de sempre dar exemplo de educação. “Digo para eles que é preciso ser cego, surdo e mudo, porque o nosso papel não é o de tomar conta da vida do morador, mas cuidar para que tenham tranquilidade e segurança em sua moradia”, orienta, acrescentando que já foi chamado muitas vezes de puxa-saco. “Mas qual é o papel do zelador, do porteiro? Zelar pelo edifício. Depois, quem paga o meu salário? O nosso trabalho é cuidar que tudo esteja funcionando bem, que o ambiente esteja limpo e tranquilo, sem problemas para síndico ou morador. O que estou fazendo de diferente?”, questiona. Ele chama a atenção dos colegas para este necessário comprometimento, que segundo ele todo porteiro deve ter.

José Antônio Braz

O nosso trabalho é cuidar que tudo esteja funcionando bem, que o ambiente esteja limpo e tranquilo, sem problemas para síndico ou morador

José Antonio Braz, porteiro chefe

O trabalho começa, invariavelmente, pela portaria,seguindo para o playground e depois para os andares. Ele considerou fundamental que ao descer o morador encontre tudo limpo e organizado. O lixo é recolhido religiosamente duas vezes ao dia. A rotina só muda um pouco no dia seguinte a uma festa, quando o playground passa a ter prioridade nos cuidados com a limpeza e organização. 

Por seu comprometimento, para o síndico não poderia ter melhor porteiro. Não bastasse toda a experiência, Braz é atento aos cursos destinados aos profissionais da área  e busca manter-se atualizado. “O trabalho se aprende na prática, mas há sempre novidades. A experiência de um colega pode acrescentar, dar-nos uma ideia de como fazer diferente, melhor”, diz, acrescentando que nestes cursos sempre destaca a necessária postura sigilosa e tranquila, pois grosserias sempre acontecerão e é preciso que o profissional de portaria mantenha uma postura respeitosa.

O trabalho se aprende na prática, mas há sempre novidades. A experiência de um colega pode acrescentar, dar-nos uma ideia de como fazer diferente, melhor

Casado, pai de um filho biológico e outra adotada, tem dois netos, que moram longe. Um em Teresópolis e outro em Campos. Os filhos cresceram no prédio, fizeram faculdade, uma passou em um concurso público. “Seguiram com suas vidas, o que é normal. Tenho enorme orgulho e satisfação de saber que os eduquei bem, que puderam crescer aqui tendo mais oportunidades e se tornaram boas pessoas”, diz. Caseiro, Braz não gosta muito de sair e seus passeios se resumem a dar uma volta na praia “Me sinto melhor aqui, depois, se acontece alguma coisa, gosto de estar presente e poder resolver logo”, afirma, dizendo que parar de trabalhar não faz parte de seus planos. “E o que faria? Enquanto tiver saúde, não  vou parar”, conclui.

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